Dilma afirma que defesa de Lula foi fala institucional de um líder do PT
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que "há um salto mortal" entre a sua campanha e o vazamento de dados de pessoas ligadas ao PSDB dentro da Receita Federal.
A petista disse ainda que a sua defesa feita ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu programa de TV foi uma fala "institucional" de um líder do PT.
Segundo Dilma, a Justiça Eleitoral, ao arquivar uma ação do PSDB que pedido a cassação do registro de sua candidatura, reconheceu que não há ligação de sua campanha com a quebra de sigilo na Receita.
"Você sabe que nessa questão da legalidade é interessante que tem um salto mortal entre o vazamento da Receita e a minha campanha. E essa legalidade, o TSE reconheceu ao dizer que não tinha nenhuma evidência, nenhuma prova. O TSE, que nesse caso do processo eleitoral é depositário da legalidade, disse isso com todas as letras", afirmou.
Dilma disse que sua campanha não está preocupada com o impacto do caso da Receita nas urnas.
"Posso te falar uma coisa: é mais um factóide [preocupação com o caso]. Se acharem que esta caindo, espere para ver. Estamos tranquilos com a situação presente. A nossa avaliação não é essa. A nossa avaliação é que o brasileiro é um povo pacífico e gosta de dialogo e detesta agressão", afirmou.
A candidata afirmou ainda que o presidente Lula não partiu para baixaria ao ocupar parte de seu programa para atacar a candidatura de Serra por conta das críticas que se sucederam à quebra de sigilo de dados fiscais na Receita.
"Lula fez uma fala institucional, muito clara, de boa qualidade. Ele não baixou o nível em nenhum momento. Falar em baixaria eu também falo. Eu falo que o candidato adversário faz baixarias, factóides e falsidades contra mim, mas nem por isso estou descendo o nível.
Dilma disse que não precisa de que ninguém fale por ela. "Não [falou por mim]. Ele falou por ele. Ele é do meu partido. Ele é líder do PT, ele falou pelo meu partido.
A petista evitou dizer se acredita que o vazamento na Receita tenha sido produto da disputa interna do PSDB para a definição do candidato à Presidência, que envolveu Serra e o ex-governador Aécio Neves.
"Não faço ilações, não faço acusações. Agora, pedimos investigação. Em 2009, em setembro ou abril ou outubro não existia campanha ou pré-campanha. Não existia candidatura ou pré-candidatura, então, tem um problema que é de base material".Folha.
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