quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dutra: data da quebra de sigilos desmonta armação do PSDB


Em entrevista ao Terra, o presidente do PT e coordenador da campanha de Dilma, José Eduardo Dutra, afirma que o candidato José Serra e o PSDB empreendem uma "armação eleitoral" para vincular os petistas à violação dos dados fiscais de Verônica Serra. "Simplesmente dizer que, porque é do PSDB, é vinculado a Serra e tem objetivo eleitoral e quem fez foi nossa campanha? A partir daí foi um absurdo do ponto de vista eleitoral", critica Dutra.


Segundo o petista, a data da violação do sigilo da filha de Serra, numa agência da Receita Federal em Santo André (SP), desmonta a hipótese de crime com finalidade eleitoral. "Em setembro, eu estava correndo o Brasil todo com mais cinco candidatos do PT, no processo de renovação da direção do partido. A eleição ocorreu em 22 de novembro, quando fui eleito. Em setembro, não tinha candidata, pré-candidata, nem coordenação de campanha", sustenta.

Leia a entrevista.

Terra - Como o senhor analisa a crise aberta pela violação dos dados fiscais da filha do candidato José Serra, Verônica? O PT fez duas novas representações na Justiça Eleitoral, mas enfrenta as acusações do PSDB, que vê motivação eleitoral.


José Eduardo Dutra - Primeiro, o seguinte: acho absolutamente natural que alguém que tenha qualquer tipo de sigilo violado, manifeste indignação. É legítimo, natural e correto. O absurdo é transformar isso numa peça eleitoral e numa acusação a nós. Simplesmente dizer que, porque é do PSDB, é vinculado a Serra e tem objetivo eleitoral e quem fez foi nossa campanha? A partir daí foi um absurdo do ponto de vista eleitoral. Se quisessem violar o sigilo de alguém, com objetivo eleitoral, o mais provável é que fosse do próprio Serra e dos vinculados a ele. A acusação é genérica. O problema no Brasil é que qualquer um pode acusar alguém sem ter nenhuma prova. Qual o elemento que eles têm de que qualquer membro da coordenação teve acesso a documentos e informações? São acusações caluniosas. Nós vamos continuar buscando reparação na Justiça.

Terra - Uma das leituras da violação do sigilo é que pessoas do PSDB estariam também interessadas nesses dados, em setembro de 2009. Qual análise o senhor faz?


Dutra - Não, eu não... Já ouvi essas conversas, mas não vou ser irresponsável. Eu sou presidente do PT hoje. Em setembro, eu estava correndo o Brasil todo com mais cinco candidatos do PT, no processo de renovação da direção do partido. A eleição ocorreu em 22 de novembro, quando fui eleito. Em setembro, não tinha candidata, pré-candidata, nem coordenação de campanha. O partido estava mobilizado para a renovação da sua direção. O próprio calendário desmonta os que querem transformar em dossiês, "Aloprados 2". E, no caso dos aloprados, em 2006, ainda tinha dinheiro, dossiê, a pessoa que foi presa. Agora não tem isso.

Terra - Como o PT avalia o pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff, feita pelo PSDB?


Dutra - É uma peça ridícula. Estamos entrando com uma ação em relação a isso, porque o Código Penal prevê pena para quem possa utilizar com má fé um processo de natureza eleitoral.

Terra - Qual a estratégia da campanha de Dilma nessa crise?


Dutra - A campanha vai continuar no mesmo rumo. Vamos viajar, fazer comícios... Serra devia fazer um comiciozinho sequer, uma manifestação de rua. Mas, não. Serra só faz nos atacar...

Terra - Por que Serra não faz comício?


Dutra - Isso é melhor você perguntar a ele.

Terra - O PT vai insistir no pedido de investigação da Receita e da Polícia Federal?


Dutra - Só quem pediu a investigação da Polícia Federal foi o PT, quando isso saiu em junho. Queremos que esse assunto seja o mais rapidamente possível esclarecido, para que sejam identificados os responsáveis, quem fez e quem não fez, pra evitar essa exploração e acabar, de uma vez por todas, a tentativa de armação eleitoral.

Terra - O senhor e a candidata Dilma se referiram à violação de dados sigilosos de diretores da Petrobras. Isso se vincula a...


Dutra - Que, aliás, não mereceu nenhuma indignação da oposição. Ao contrário. Depois que saiu a matéria, Alvaro Dias foi à tribuna não para protestar, mas para pedir as declarações, dizer que era Sheik, era marajá...

Terra - Refere-se ao diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrela?


Dutra - Do Estrela, do Renato Duque... Estrela é filiado ao PT. Outro argumento que usam: ninguém do PT teve o sigilo violado. Três meses antes disso Guilherme Estrela teve o sigilo violado! E Estrela é filiado ao PT.

Fonte: Terra Magazine

2 comentários:

cao@dino disse...

o sequelado não faz comícios porque a população quer ver o diabo, mas não quer ver o serrágio.o silvícola tonto
(vice)convocou 1 milhão de apoiadores "solidários" para a campanha,o debilóide deveria saber que essa turma só é solidária no câncer.
o zé mané morreu e esqueceu de deitar,DÁ LHE DILMA.......

O TERROR DO NORDESTE disse...

Cao, realmente, Serra não faz um comício.