Por: Rodrigo Bruder
Especialistas consultados pelo ABCD MAIOR acreditam na vitória da candidata petista, Dilma Rousseff
A um mês das eleições, o presidenciável José Serra (PSDB) tem esboçado uma mudança de discurso na campanha ao admitir a substancial diferença de pontos diante de sua adversária Dilma Rousseff (PT), como mostram as últimas pesquisas de intenção de voto – uma nova sondagem Ibop/Estadão/TV Globo deve ser divulgada nesta sexta-feira (03/09). De acordo com os últimos levantamentos, a candidata governista disparou na dianteira, e mantém a preferência de, ao menos, 50% dos votos válidos.
Em seu site de campanha, Serra grafou o mote “É a hora da virada”, e tem reforçado isso durante suas andanças pelo país, dizendo que a campanha começa para valer neste mês, na reta final. Entretanto, especialistas ponderam que, para o tucano virar o jogo, terá de contar com algum fato inusitado na campanha, que o faça crescer.
Do contrário, tende a amargar sua segunda derrota como candidato à Presidência. “A diferença entre Dilma e Serra já é tão grande, e com a Dilma tendo a maioria dos votos válidos, ela só perde se acontecer alguma coisa nas próximas semanas que produza algum impacto negativo”, avalia o cientista político e professor da UnB (Universidade de Brasília) David Fleischer. Para reverter esse cenário, o tucano teria de reconquistar a preferência do eleitor em regiões antes “dominadas” por sua agremiação, como o Sudeste e o Sul, onde a petista já assumiu a dianteira em alguns Estados e se igualou ao rival em outros.
Além disso, o tucano teria de diminuir a desvantagem em outros colégios eleitorais no Centro-Oeste e Nordeste, por exemplo. E, para isso, precisará de mais empenho de seus aliados, que parecem estar cada vez mais se distanciando do ex-governador de São Paulo. “Por causa do prestígio do governo Lula, muitos candidatos aos governos estaduais da oposição passaram a esconder o Serra, e ele ficou sem entrada nos Estados. O próprio Aécio Neves (ex-governador de Minas Gerais e candidato ao Senado) tem demonstrado não se associar muito a ele. Há um abandono em Pernambuco e na Paraíba, onde você praticamente não vê nada do Serra. Isso porque ele não cresce nas pesquisas, até pelo contrário, e também não entra dinheiro na campanha dele”, avalia José Paulo Martins Junior, cientista político e professor da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
Os especialistas avaliam que a queda acentuada do tucano nos últimos meses – Serra chegou a largar na frente no período pré-eleitoral – se deve a diversos problemas dentro da coligação, tendo o DEM, PTB, PPS e PT do B como aliados. “O José Serra tateou muito para decidir sua chapa, acreditava que o Aécio deveria aceitar ser o seu vice. Tiveram um corre-corre bagunçado para recrutar um vice, e isso mostrou que a campanha dele não é muito bem organizada”, avalia David Fleischer. Embora o cenário seja muito favorável a Dilma, José Paulo Martins Júnior diz que o clima de “já ganhou” não deve se disseminar na campanha petista. “Na política, tudo pode acontecer. Mas, ela (Dilma) deve ser eleita e ter um governo coeso”, diz o especialista.
Dilma demonstra ter ‘luz própria’
A ascensão vertiginosa da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência não se deve somente a supostos tropeções de seu adversário José Serra (PSDB). Para os especialistas, a petista foi catapultada pelo elevado prestígio do governo Lula, aprovado por 80% dos eleitores, mas também tem se revelado como uma candidata com luz própria. Isso ficou evidente ao longo dos debates e carreatas. “Isso era uma grande questão: como ela se sairia nos debates? E ela não se comprometeu”, analisa José Paulo Martins Junior, cientista político e professor da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
Embora a candidata governista tenha dito que não senta na cadeira antes da hora “porque dá azar”, as expectativas dos aliados em conquistar espaço no governo começam a ficar mais evidentes nessa fase da campanha. De acordo com o cientista político David Fleischer, se a petista consolidar sua candidatura, ela deverá contar com um cenário bem confortável no Congresso, com a predominância de aliados na Câmara e Senado. Fonte:ABBDmaior
Especialistas consultados pelo ABCD MAIOR acreditam na vitória da candidata petista, Dilma Rousseff
A um mês das eleições, o presidenciável José Serra (PSDB) tem esboçado uma mudança de discurso na campanha ao admitir a substancial diferença de pontos diante de sua adversária Dilma Rousseff (PT), como mostram as últimas pesquisas de intenção de voto – uma nova sondagem Ibop/Estadão/TV Globo deve ser divulgada nesta sexta-feira (03/09). De acordo com os últimos levantamentos, a candidata governista disparou na dianteira, e mantém a preferência de, ao menos, 50% dos votos válidos.
Em seu site de campanha, Serra grafou o mote “É a hora da virada”, e tem reforçado isso durante suas andanças pelo país, dizendo que a campanha começa para valer neste mês, na reta final. Entretanto, especialistas ponderam que, para o tucano virar o jogo, terá de contar com algum fato inusitado na campanha, que o faça crescer.
Do contrário, tende a amargar sua segunda derrota como candidato à Presidência. “A diferença entre Dilma e Serra já é tão grande, e com a Dilma tendo a maioria dos votos válidos, ela só perde se acontecer alguma coisa nas próximas semanas que produza algum impacto negativo”, avalia o cientista político e professor da UnB (Universidade de Brasília) David Fleischer. Para reverter esse cenário, o tucano teria de reconquistar a preferência do eleitor em regiões antes “dominadas” por sua agremiação, como o Sudeste e o Sul, onde a petista já assumiu a dianteira em alguns Estados e se igualou ao rival em outros.
Além disso, o tucano teria de diminuir a desvantagem em outros colégios eleitorais no Centro-Oeste e Nordeste, por exemplo. E, para isso, precisará de mais empenho de seus aliados, que parecem estar cada vez mais se distanciando do ex-governador de São Paulo. “Por causa do prestígio do governo Lula, muitos candidatos aos governos estaduais da oposição passaram a esconder o Serra, e ele ficou sem entrada nos Estados. O próprio Aécio Neves (ex-governador de Minas Gerais e candidato ao Senado) tem demonstrado não se associar muito a ele. Há um abandono em Pernambuco e na Paraíba, onde você praticamente não vê nada do Serra. Isso porque ele não cresce nas pesquisas, até pelo contrário, e também não entra dinheiro na campanha dele”, avalia José Paulo Martins Junior, cientista político e professor da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
Os especialistas avaliam que a queda acentuada do tucano nos últimos meses – Serra chegou a largar na frente no período pré-eleitoral – se deve a diversos problemas dentro da coligação, tendo o DEM, PTB, PPS e PT do B como aliados. “O José Serra tateou muito para decidir sua chapa, acreditava que o Aécio deveria aceitar ser o seu vice. Tiveram um corre-corre bagunçado para recrutar um vice, e isso mostrou que a campanha dele não é muito bem organizada”, avalia David Fleischer. Embora o cenário seja muito favorável a Dilma, José Paulo Martins Júnior diz que o clima de “já ganhou” não deve se disseminar na campanha petista. “Na política, tudo pode acontecer. Mas, ela (Dilma) deve ser eleita e ter um governo coeso”, diz o especialista.
Dilma demonstra ter ‘luz própria’
A ascensão vertiginosa da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência não se deve somente a supostos tropeções de seu adversário José Serra (PSDB). Para os especialistas, a petista foi catapultada pelo elevado prestígio do governo Lula, aprovado por 80% dos eleitores, mas também tem se revelado como uma candidata com luz própria. Isso ficou evidente ao longo dos debates e carreatas. “Isso era uma grande questão: como ela se sairia nos debates? E ela não se comprometeu”, analisa José Paulo Martins Junior, cientista político e professor da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
Embora a candidata governista tenha dito que não senta na cadeira antes da hora “porque dá azar”, as expectativas dos aliados em conquistar espaço no governo começam a ficar mais evidentes nessa fase da campanha. De acordo com o cientista político David Fleischer, se a petista consolidar sua candidatura, ela deverá contar com um cenário bem confortável no Congresso, com a predominância de aliados na Câmara e Senado. Fonte:ABBDmaior
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