O risco de retrocesso na ABL
E por estas bandas, depois da perda irreparável que representou a morte do escritor Moacir Scliar (foto), um expoente da literatura brasileira, começa a corrida na Academia Brasileira de Letras para o preenchimento da vaga deixada por ele.
Nos últimos anos até que a ABL estava deixando para trás os tempos em que até um general da ditadura brasileira, Aurélio Lira Tavares, ocupou uma cadeira. Nomes do primeiro time foram escolhidos nos últimos anos. Por lá passaram, entre outros, Darci Ribeiro, que dispensa apresentação, e seguem Ana Maria Machado, Nélida Piñon e Cícero Sandroni, entre outros.
Pois bem, não é que agora aparece um pleiteante, uma figura que representaria um retrocesso para a ABL se fosse escolhido. Trata-se do colunista de O Globo, Merval Pereira, autor de um livro intitulado “Lulismo no Poder”, um trabalho que politicamente se inscreve na categoria de panfleto de direita. E só.
Para se ter uma ideia, o referido jornalista, em setembro do ano passado, portanto, em plena campanha eleitoral, esteve no Clube Militar junto com Reinaldo Azevedo, da Veja, destilando ódio contra o então Presidente Lula e fazendo proselitismo reacionário contra a candidata Dilma Rousseff. Foi ovacionado por vários oficiais da reserva que rezam a mesma cartilha de Merval Pereira e do outro. Parte do receituário apresentado aos que tinham comando durante a ditadura encontra-se no livro que ele apresenta e com isso pretende pleitear a vaga de Scliar.
Espera-se que os acadêmicos não se dobrem ao esquema plim-plim, que além de um retrocesso representaria uma ofensa à memória de Moacir Scliar e à própria literatura brasileira. Eles farão justiça e dignificarão a Casa se escolherem, agora em abril, o escritor, aí sim um escritor na verdadeira acepção da palavra, baiano radicado no Rio de Janeiro, Antonio Torres, autor de consagradas obras, algumas circulando no exterior, como “Essa Terra”, “Um cão uivando para a Lua”, “Balada da infância perdida” e “Um táxi para Viena d’Áustria”, entre outras.
Não há grau de comparação entre um e outro. Com a palavra os acadêmicos.
Em matéria de democratização da comunicação foi dado um passo adiante com a reunião no Congresso da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular. Do grupo que está sendo criado participam parlamentares e representantes de movimentos que lutam pela democratização da mídia.
Estiveram presentes, entre outros a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS). Como representantes de entidades da sociedade civil compareceram, entre outras, a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), a Campanha Ética na TV, o Centro de Estudos da Mídi Barão de Itararé, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
E, como afirmou Erundina, “a liberdade de expressão e o direito à comunicação são condição para o pleno exercício da democracia no Brasil”. Sem isso, podem crer, não há democracia na pura acepção da palavra, apenas a “democracia” defendida pela mídia de mercado.
Enquanto isso, na Líbia permanece o impasse nos confrontos entre as forças leais a Muammar Khadafi e os insurgentes que anunciaram a instalação de um governo na cidade de Benghazi, já reconhecido pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy. Os países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), capitaneados pelos Estados Unidos, seguem os preparativos para desencadearem algum tipo de ação militar que vai agravar a situação. As últimas informações indicam uma retomada de áreas pelas forças leais a Khadafi.
A Secretária de Estado (ou será Sectária de Estado?) norte-americana, cinicamente diz que o seu país não vai abandonar o povo líbio. Clinton e os seus seguidores têm menosprezo pelos líbios ou qualquer outro povo, pois o negócio deles é escoar armas e pegar o petróleo em regiões ricas pelo mundo a fora.
O Brasil que se cuide com o pré-sal, muito cobiçado pelos Estados Unidos, tanto assim que Barack Obama está vindo por aqui, isso se não acontecer nenhum adiamento da visita em função dos acontecimentos na Líbia.
Antes de falar qualquer coisa, Clinton deveria dizer a verdade segundo a qual a indústria armamentista estadunidense desovou material. bélico na Líbia, o mesmo que está sendo usado nos confrontos. Afinal de contas, para os comerciantes da morte, negócios são negócios. Agora vir com a história de que o governo estadunidense está preocupado com o povo líbio é conversa para enganar eventuais incautos e abastecer as editorias internacionais dos jornalões e telejornalões. Vamos ver o que vem por aí.
A tragédia da natureza no Japão colocou a Líbia em segundo plano nos telejornalões
Mário Augusto Jakobskind É correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE Direto da Redação.
7 comentários:
terror. se é prá fuder.sou mais a bruna surfistinha.
Cao, pois é.
Cumpadi,
Esses cara vévi de brincadêra com nóis... Mái... vá pastar seu Mervá!
Abs!
Cumpadi, faça uma macumba para ele sumir do mapa.KKKKKKKKKKKK
A bronca, cumpadi, é que a macumba só vale se o cara doar uns bois zebus... aí o bixo pega!... rsrs
Abs!
FHC não estava sendo cotado para ficar com a vaga deixada por José Mindlin????
Tudo é possível!!!!
O Merval e O FHC tem duas em comum: os que eles escrevem não servem pra nada. A diferença é que o FHC já assumiu que não serve pra nada e mandou que esqueçam o que ele escreveu!!! Cuma diz aqui no Nordeste: um bom dia pra todos os cumpadis aqui do blog.
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