sábado, 10 de setembro de 2011

Governo tucano de Minas espiona professores em greve


É esse tipo de gente que pretende ser presidente do Brasil.



Uma aberração e um ato arbitrário inconcebível num Estado de Direito democrático a espionagem que o governo tucano de Minas Gerais, comandado pelo governador Antônio Anastasia (PSDB) desencadeou contra líderes da greve de 93 dias dos professores da rede pública de ensino.


Viaturas policiais de placas reservadas e agentes à paisana chegaram a postar-se em frente à sede do Sind-UTE, o sindicato da categoria em Minas, para espionar suas lideranças, num frontal desrespeito ao direito de greve. A espionagem foi denunciada pelos líderes da paralisação à comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. Ao denunciá-la, Beatriz Alvarenga, coordenadora do sindicato, classificou o ato como uma “tentativa de intimidação por parte do Estado” contra os grevistas.


Em nota conjunta governo mineiro e a PM negaram o monitoramento contra as lideranças, e defendem as liberdades individuais e de organização sindical.”Ressaltamos que a Polícia Militar pauta seus atos pela transparência, não se prestando ao cerceamento de direitos ao realizar o seu trabalho de polícia ostensiva ou de inteligência aplicada à preservação da ordem pública e à segurança dos cidadãos”, assinala a nota.


Fato vai ser denunciado à PF e à Presidência da República



O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), e o deputado Rogério Correia (PT), líder do partido e da oposição na Assembléia anunciaram que pedirão à Polícia Federal (PF) proteção para os dirigentes sindicais.


Foram eles que, em consulta aos computadores do Estado, descobriram que os carros usados no monitoramento são oficiais – as placas aparecem no sistema como de consulta restrita. Durval Ângelo anunciou que vai comunicar o fato à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Os professores também decidiram pedir apuração do fato à Polícia Civil.


A paralisação dos professores de Minas completa hoje 93 dias e deixa cerca de 1 milhão de estudantes sem aulas, de um total de 2,3 milhões de alunos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual. O número é calculado pela Federação de pais.


A categoria reivindica o piso salarial nacional instituído pelo governo Lula, hoje de R$ 1.187 para 40 horas semanais. Esse piso deve ser pago pelo vencimento básico, sem incluir as gratificações. O governo tucano de Minas soma gratificações para se aproximar do teto desse piso. Descumpre a lei e continua a desrespeitá-la mesmo depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou na semana passada que cumprisse.



Uma das mais longas greves de professores da história



Em nota publicada nos jornais mineiros nesta 5ª feira, o governo Anastasia retoma os velhos e típicos argumentos tucanos em situações dessa natureza: diz esperar que “os professores que participam do movimento do Sind-UTE deixem questões político-partidárias de lado, retornem à sala de aula e cumpram seu compromisso com alunos e pais.”


O Sind-UTE rebateu com anúncio no qual afirma que “o governo do Estado não cumpre a lei federal e acaba com a carreira dos profissionais da educação”. Não adianta o governo tucano mineiro publicar nota paga nos jornais, nem acusações de cunho político-ideológico ao movimento.


O fato concreto é que uma greve de professores que se aproxima dos seus 100 dias – uma das mais longas da história do país – demonstra o fracasso em Minas da gestão tucana comandada pelo governador Antônio Anastasia, afilhado político eleito pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Fonte:Minuto de Notícia.

3 comentários:

VERA disse...

O PSDBostas paga mal os funcionários públicos, para lhes sobrar mais grana para ROUBAR!!!

Esses LADRÕES desavergonhados!!!

Zé disse...

Tia Nastácia segue a cartilha do Aébrio Never e espiona sindicatos e censura a imprensa de Minas.

Coronelada de Minas tá precisando de passa-moleque URGENTE.

Vania disse...

Já passou da hora de mostrarmos um pouco mais de respeito aos professores do Brasil. Onde nós estamos?! Tratar dessa maneira vil e acintosa uma categoria profissional assim tão relevante para o futuro de nossa gente. Chega desse tipo de malandragem! Queremos dignidade para os professores brasileiros!