Viaturas policiais de placas reservadas e agentes à paisana chegaram a postar-se em frente à sede do Sind-UTE, o sindicato da categoria em Minas, para espionar suas lideranças, num frontal desrespeito ao direito de greve. A espionagem foi denunciada pelos líderes da paralisação à comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. Ao denunciá-la, Beatriz Alvarenga, coordenadora do sindicato, classificou o ato como uma “tentativa de intimidação por parte do Estado” contra os grevistas.
Em nota conjunta governo mineiro e a PM negaram o monitoramento contra as lideranças, e defendem as liberdades individuais e de organização sindical.”Ressaltamos que a Polícia Militar pauta seus atos pela transparência, não se prestando ao cerceamento de direitos ao realizar o seu trabalho de polícia ostensiva ou de inteligência aplicada à preservação da ordem pública e à segurança dos cidadãos”, assinala a nota.
Fato vai ser denunciado à PF e à Presidência da República
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), e o deputado Rogério Correia (PT), líder do partido e da oposição na Assembléia anunciaram que pedirão à Polícia Federal (PF) proteção para os dirigentes sindicais.
Foram eles que, em consulta aos computadores do Estado, descobriram que os carros usados no monitoramento são oficiais – as placas aparecem no sistema como de consulta restrita. Durval Ângelo anunciou que vai comunicar o fato à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Os professores também decidiram pedir apuração do fato à Polícia Civil.
A paralisação dos professores de Minas completa hoje 93 dias e deixa cerca de 1 milhão de estudantes sem aulas, de um total de 2,3 milhões de alunos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual. O número é calculado pela Federação de pais.
A categoria reivindica o piso salarial nacional instituído pelo governo Lula, hoje de R$ 1.187 para 40 horas semanais. Esse piso deve ser pago pelo vencimento básico, sem incluir as gratificações. O governo tucano de Minas soma gratificações para se aproximar do teto desse piso. Descumpre a lei e continua a desrespeitá-la mesmo depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou na semana passada que cumprisse.
Uma das mais longas greves de professores da história
Em nota publicada nos jornais mineiros nesta 5ª feira, o governo Anastasia retoma os velhos e típicos argumentos tucanos em situações dessa natureza: diz esperar que “os professores que participam do movimento do Sind-UTE deixem questões político-partidárias de lado, retornem à sala de aula e cumpram seu compromisso com alunos e pais.”
O Sind-UTE rebateu com anúncio no qual afirma que “o governo do Estado não cumpre a lei federal e acaba com a carreira dos profissionais da educação”. Não adianta o governo tucano mineiro publicar nota paga nos jornais, nem acusações de cunho político-ideológico ao movimento.
O fato concreto é que uma greve de professores que se aproxima dos seus 100 dias – uma das mais longas da história do país – demonstra o fracasso em Minas da gestão tucana comandada pelo governador Antônio Anastasia, afilhado político eleito pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Fonte:Minuto de Notícia.
3 comentários:
O PSDBostas paga mal os funcionários públicos, para lhes sobrar mais grana para ROUBAR!!!
Esses LADRÕES desavergonhados!!!
Tia Nastácia segue a cartilha do Aébrio Never e espiona sindicatos e censura a imprensa de Minas.
Coronelada de Minas tá precisando de passa-moleque URGENTE.
Já passou da hora de mostrarmos um pouco mais de respeito aos professores do Brasil. Onde nós estamos?! Tratar dessa maneira vil e acintosa uma categoria profissional assim tão relevante para o futuro de nossa gente. Chega desse tipo de malandragem! Queremos dignidade para os professores brasileiros!
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