Em Nova York desde o dia 18 para compromissos da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff será homenageada nesta terça-feira 20 com o prêmio “Woodrow Wilson for Public Service”, outorgado pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars, na categoria Serviço Público. O órgão premia as personalidades que colaboram para os avanços intelectuais e científicos, e é concedido a políticos, empresários, líderes de organizações cívicas, artistas e pesquisadores que atuam para melhorar o mundo. A inspiração para a homenagem são as orientações pregadas pelo ex-presidente norte-americano Woodrow Wilson (1913 -1921), que recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Hoje, ao longo do dia, ela se reúne com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do México, Felipe Calderón. Na pauta dos encontros estão os impactos da crise econômica mundial. Nas conversas, a presidenta deverá mencionar suas preocupações com eventuais prejuízos gerados pela crise, segundo assessores que a acompanham em Nova York.
Nas reuniões com os presidentes, Dilma deverá dizer que é fundamental preservar acordos e buscar a manutenção da estabilidade econômica para evitar efeitos nos projetos sociais. Na conversa com Obama, segundo diplomatas, a presidente pretende confirmar sua visita em 2012 aos Estados Unidos, em retribuição à viagem que o norte-americano fez ao Brasil em março.
Inicialmente, Dilma se reúne com Obama e Calderón. Depois, eles participam da abertura dos debates do grupo denominado Governo Aberto – que engloba 60 países que se comprometem a discutir e a executar políticas públicas transparentes. A partir dessa ação, os países que integram o grupo pretendem por em prática medidas internas de tranparência e prestação de contas. A próxima reunião do chamado Governo Aberto ocorrerá em 2012 no Brasil. A Controladoria-Geral da União (CGU) organiza o evento.
Paralelamente à abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, Dilma tem uma série de encontros bilaterais com presidentes e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Há reuniões agendadas para quarta-feira com os presidentes da França, Nicolas Sarkozy; do Chile, Sebastián Piñera; do Peru, Ollanta Humala; e da Colômbia, Juan Manuel Santos.
Na segunda-feira 19, Dilma participou de dois grandes eventos – um destinado à discussão sobre doenças crônicas não transmissíveis e outro sobre a presença das mulheres em discussões políticas. Bem-humorada, a presidenta confessou que “dá um frio na barriga” fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.
“Sempre dá um frio na barriga. Qualquer um que vai falar para um público de pouco mais de algumas pessoas fica emocionado. Esse é o momento em que você tem de representar o que está fazendo. Tenho de representar o Brasil. Então, é uma emoção muito grande”, disse ela.
No discurso que fará amanhã, na abertura dos trabalhos da Assembleia Geral da ONU, a presidenta disse que pretende dar um tom de “esperança”. “É a fala de esperança”, resumiu ela, que pretende abordar a preocupação com os conflitos nos países muçulmanos, a necessidade de adotar medidas relativas ao desenvolvimento sustentável – lembrando a Conferência Rio+20, que ocorrerá em 2012 no Rio de Janeiro – e a defesa da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Com informações da Agência Brasil
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