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Na semana passada, a Justiça de Minas Gerais decidiu bloquear R$ 41 milhões que a empresa Vale pagou para uma quadrilha de grilagem de terras no estado. A decisão se deu após operação da Polícia Federal, que prendeu nove pessoas que comercializavam áreas públicas ricas em minério – entre eles, um empresário, uma tabeliã e dois diretores do órgão estadual de re...gulação fundiária (Iter).
A transferência eletrônica do dinheiro da mineradora para a quadrilha foi identificada em 28 de agosto pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda. Mesmo assim, relata o jornal Estadão, a Vale “negou ter feito a transação no valor e nas condições apontadas e disse agir com rigor ao adquirir terras”.
O impacto da “operação grilo”
A chamada Operação Grilo, desencadeada pela PF, constatou que o esquema fraudulento de apropriação de terras públicas em Minas Gerais envolve grandes interesses e gente graúda. As áreas griladas, no norte do estado, são ricas em minério de ferro. A mineradora, privatizada no reinado de FHC, tem bilionários negócios na região. A sua relação com políticos também é intensa.
Em petições do Ministério Público estadual, às quais a Folha teve acesso, os promotores apontaram como suspeitos os prefeitos de Indaiabira e Vargem Grande do Rio Pardo, os irmãos Marcus (DEM) e Virgílio Penalva Costa (DEM). Já o governo tucano de Minas Gerais afastou o secretário de Regulação Fundiária, Manoel Costa, e exonerou os dois funcionários presos do Iter.
“Terras subtraídas criminosamente”
As investigações indicam que os suspeitos utilizavam documentos emitidos pelo Iter para dar a posse de terrenos a laranjas, que depois transferiam as terras para intermediários da organização criminosa. Documento do Ministério Público descreve que, "em apenas um dos casos sob investigação, a Vale S/A comprou – efetuando pagamento único e em espécie – vasta extensão de terras subtraídas criminosamente do Estado de Minas Gerais pelo espantoso valor de R$ 41 milhões".
Segundo a Folha, “os promotores acusam a Vale e a empresa Floresta Empreendimentos de ‘patrocinar’ a disputa por terras no norte de Minas”. O Ministério Público afirma que a Floresta Empreendimentos é uma empresa de fachada, cujos sócios estão sediados no Uruguai. O caso é dos mais graves. Envolve a poderosa Vale, prefeitos do DEM e o governo tucano de Minas Gerais.
Um dos maiores anunciantes da mídia
Será que o escândalo será investigado a fundo? Num momento em que se fala tanto em “faxina” e “marchas contra a corrupção”, este esquema de grilagem e relações com políticos, descoberto pela Polícia Federal, propiciaria um excelente trabalho jornalístico. Será que a imprensa topa investigar a poderosa Vale, uma das maiores anunciantes da mídia brasileira?
Postado por Miro
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http://altamiroborges.blogspot
4 comentários:
Não se iludam. Processo em Minas Gerais, contra os tucanos e os demos, não dá em nada. Aécio Cachaceiro Rei do Pó é quem manda na justiça e na imprensa de lá, que é toda amordaçada e só publica o que ele bem entende.
Jamais a imprensa mineira, e o PIG em geral, comentou as noitadas de bebedeira que Aécio costuma fazer no Rio nem as overdoses que ele costumava tomar quando governador e costuma tomar agora, como senador. Não se iludam portanto. Nada disso vai sair.
Verdade, anônimo. Minas virou coronelado da tucanalha.
VERGONHA !!!!!!!!!
Não falei???
Em todo lugar onde há CORRUPÇÃO, os PSDBostas estão envolvidos!!!
É impressionante!!!
Mas onde existe CORRUPÇÃO, os PSDBOSTAS/demos estão no meio!!!
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