Liga o Vasco, a bordo de um veleiro no Alto Tâmisa, a se refrescar com um Pimm’s.
– Você viu o PiG (*) ?
– Evito, Vasco.
– Estão dando destaque a essa palhaçada do advogado do Jefferson dizendo que a culpa é do Lula.
– O que você queria do PiG, Vasco ?
– É, você tem razão. Eles antes deram crédito à palhaçada do mensalão. Agora é bem capaz de darem crédito a essa palhaçada da culpa do Lula.
– Meu querido, o PiG está pendurado no mensalão. Se o mensalão se afogar, eles se afogam junto.
– Eu gostei daquela tua história com a Lo Prete: os jornalistas que se doparam com o mensalão agora estao com medo do exame anti-dopping.
– Modestamente …
– Você se lembra de quando o Jefferson disse que o Lula é inocente
– Não tenho idade pra isso, Vasco.
– Tem sim, não vem com essa não.
– Quando ele falou que o Lula era inocente ?
– Foi assim, olha só: “Sai daí, Zé. Sai daí logo antes que você faça réu um homem inocente, o presidente Lula” .
– Quando foi isso, Vasco ?
– Foi no depoimento dele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em 14/06/2005. Ele pede para o Dirceu sair do governo para não envolver o Presidente da República, um inocente.
– Será que o advogado dele, esse de hoje, sabia disso, Vasco ?
– Meu caro, esse julgamento do mensalão vai acabar como fim de feira.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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