CADU AMARAL
É tática comum de colunistas de jornal quando desejam defender alguma posição, mas não podem, ou não querem assumir para si o que dizem, colocar palavras na boca dos outros
É tática comum de colunistas de jornal quando desejam defender alguma posição, mas não podem, ou não querem assumir para si o que dizem, colocar palavras na boca dos outros. "Fulano disse isso", "na rua disseram aquilo" e por aí vai. Isso em todo o país.
O colunista de O Globo, Ancelmo Gois, disse que disseram no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, que "quem votar no Lula e na Dilma é FDP". Tal dito teria sido proferido por um passageiro da American Airlines.
Sobre as quedas de energia nos aeroportos do Rio de Janeiro, eles ocorrem no Verão. No Rio as temperaturas passam dos 40º. Aumenta o uso de ar-condicionados e, para quem ainda não sabe, a Ligth é ligada à Cemig, empresa mineira de energia suspeita de sabotagem em falhas do sistema ainda este ano. É assim que as elites e seus prepostos fazem: sabotam o que puderem sabotar.
Não tem muito tempo ocorreram panes em vários aeroportos nos Estados Unidos. Nunca vi um comentário do Alexandre "GaGarcia" ou a Miriam "não acerto uma" Leitão sobre o temor de as pessoas ficarem presas em terminais por lá.
A Polícia Federal vai investigar essas panes na energia nos aeroportos do Rio de Janeiro.
O overbooking das empresas aéreas não é nem citado como um dos causadores de problemas em aeroportos pela "grande imprensa".
Sobre votar em Lula ou Dilma ser "FDP", como Ancelmo disse que disseram – aliás, essa fórmula do disse que disseram é típica do jornalismo de esgoto –, vejamos: só no governo Dilma, 16 milhões de pessoas saíram da miséria; desde o governo Lula, o salário mínimo obteve valorizações reais nunca vistos; nunca se construiu tantas universidades e escolas técnicas; estamos em pleno emprego; o país é respeitado internacionalmente; os órgãos de fiscalização e controle funcionam, doa a quem doer; e acabou de ser aprovado o vale-cultura para estimular a presença de trabalhadores em cinemas, teatros e eventos artísticos; agora tem negro em cursos de Medicina, Direito e Engenharia; agora o povo viaja de avião e a casta "cheirosa" divide os terminais com a "ralé".
Realmente dá para entender o ódio de classe que Lula e Dilma sofrem.
E ainda há muito por fazer. O Brasil não é um mar de rosas, mas não somos mais o pântano que éramos até 2002.
Eu ouvi de alguém que leu a coluna do Ancelmo Gois que quem lê, assiste ou ouve qualquer coisa das Organizações Globo é que era um FDP. "Quem lê e acredita em qualquer coisa publicada nos veículos da família Marinho é um FDP!", esbravejaram no meio da rua.
Se o Ancelmo pode, eu também posso.
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