presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (27), no Palácio do Planalto, durante café da manhã com jornalistas, que a redução dos juros e da carga tributária e os investimentos em infraestrutura e educação foram os pontos que marcaram seu governo nestes dois anos de mandato. Segundo ela, todas estas medidas vão gerar um crescimento sustentável nos próximos anos.
“Eu acredito que o Brasil, em 2013, vai crescer. O Brasil vai crescer, e mais, nós estamos abrindo um caminho, não só de crescimento, mas de melhoria de oportunidades. O Brasil vai se dedicar muito a melhorar as condições de educação da nossa população. Acredito também que o ano que vem vai ser um ano muito bom, porque nós vamos continuar superando a pobreza extrema, que é o compromisso do meu governo até 2014″, disse.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
Energia
Eu acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento (…) Não tem crise de energia no país. Aliás, pelo contrário, o Brasil hoje é um país que não tem a menor crise de racionamento. Nós estamos fazendo todo o possível. E eu quero dizer que é meu compromisso e, insistir junto ao setor elétrico, para também que essas interrupções na área de transmissão de energia e na área de distribuição de energia sejam superadas.
Impostos
O Brasil precisa reduzir os impostos. Quando você reduz a carga dos juros, você tem condições de reduzir os impostos. Nós optamos por uma redução da tributação sobre folha de pagamento porque implicaria em reduzir o custo do trabalho porque era um fator extremamente estranho no Brasil. A gente tributava quem mais empregava. É algo que não é consistente com um crescimento sustentável de médio prazo. Queremos fazer reduções.
Juros e competitividade
Este foi o ano da competitividade, de buscar a competitividade. Eu sei que buscar a competitividade vai ser algo que nós teremos de fazer permanentemente ao longo de todos os anos. Mas, a partida foi dada este ano. Primeiro com a redução dos juros. O Brasil precisava buscar um patamar de juros compatível com o que é praticado internacionalmente.
Infraestrutura
Ninguém faz infraestrutura em um ano. É uma simplificação que nós não podemos nos permitir. A infraestrutura dos países, ela é feita ao longo de anos. Eu estava olhando alguns países da União Europeia – você olha que eles tiveram 20 anos para fazer a infraestrutura que têm – nós, recém-começamos esse processo de investir em infraestrutura no Brasil. Paramos 20 anos. Agora, tem que virar uma obsessão do país, investir em infraestrutura.
Educação
O Brasil não terá um crescimento sustentável se não investir em educação, e muito (…) nos anos iniciais eu preciso de um tratamento que implica em gastos, não só para creche, mas, sobretudo, para alfabetização na idade certa. E além de alfabetização na idade certa, nós precisamos de escola integral.
Crise internacional
Não tem nada melhor do que a gente também cuidar da gente, porque nós somos uma economia que pode caminhar pelos seus pés. Por isso, não basta só a gente ficar esperando melhorar a economia internacional, nós temos de fazer por onde, por isso que eu fiz aquele apelo, no meu programa de Natal para que houvesse uma determinação no país, no sentido de aproveitar suas oportunidades para ter um desempenho melhor.
Fonte: Blog do Planalto
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