Acusações e condenações
Financiamento da UNE
O governador também financiou o presidente da UNE, Daniel Iliescu em 500 mil reais do governo estadual para financiar o congresso da organização em 2013.5
Recebimento de propina
Em inquérito6 aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), Marconi Perillo é investigado pela suspeita de ter recebido R$ 2 milhões de propina na época em que foi governador do estado de Goiás entre 1999 a 2006.
A denúncia (Inquérito 2481)6 foi feita a partir de interceptações telefônicas, em que um grupo de empresários do ramo de proteína animal negociava pagamento de propina para o então governador. Três meses depois dessas ligações, o governador aprova desconto fiscal de 7% para as empresas, um de vários incentivos fiscais a diversos setores produtivos.7 8
Corrupção
O jornalista e radialista Jorge Kajuru, ex-proprietário da Rádio K, publicou em 2002 o livro Dossiê K9 que contém denúncias de corrupção do atual governador e candidato à reeleição na época, Marconi Perillo. A trajetória narrada compreende o período entre janeiro de 1998 e setembro de 2002. O livro foi apreendido pela justiça de Goiás, antes do final das eleições de 2002.10 11
Envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira
A chefe de gabinete de Marconi Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, pediu demissão após ter tido conversas telefônicas dela com Carlinhos Cachoeira interceptadas, nas quais, é avisada pelo bicheiro sobre uma ação da Polícia Federal que seria desencadeada em 13 de maio de 2011 e que tinha como objetivo combater um esquema de fraudes contra a Receita Federal em diversos estados, incluindo Goiás.12 A própria Eliane confirmou que mantém "vínculos de amizade" que considera "exclusivamente pessoais com pessoas indiciadas" na Operação Monte Carlo.13 Os dados, passados a Eliane por Cachoeira, diziam respeito a alvos da Operação Apate, que investigou no ano passado supostas fraudes tributárias em prefeituras do interior de Goiás.13 Antes do pedido de exoneração, Perillo chegou a defender a sua chefe de gabinete.14 15 O patrimônio de Eliane se multiplicou por sete no primeiro ano da gestão de Marconi.16
Nesse escândalo, o senador Demóstenes Torres pediu a desfiliação do DEM-GO por também estar envolvido em relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira.13 Assim como o parlamentar, Eliane usava um rádio Nextel com linha habilitada nos Estados Unidos para se comunicar com o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás.13
O próprio Marconi Perillo admitiu conhecer o bicheiro Cachoeira e ter se encontrado com ele por três vezes em "reuniões festivas", uma delas na casa do senador Demóstenes Torres (DEM-GO).17 18 19
Em entrevista20 à TV Anhanguera (afilada da Rede Globo), Marconi atacou toda a imprensa do Rio de Janeiro e, ao ser questionado se havia vendido uma casa para o bicheiro, respondeu:
Eu tenho a informação de que um famoso bicheiro no Rio de janeiro foi preso na casa de um dirigente de uma grande empresa de televisão do Brasil. Será que quem vendeu a casa tem culpa disso? |
— Marconi Perillo, em entrevista20 à TV Anhanguera
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Relatório da PF (obtido pela Revista Época) concluiu que, logo após assumir o governo de Goiás, em 2011, Perillo e a Delta firmaram um compromisso, intermediado por Cachoeira: a Delta receberia em dia o que era devido pelo governo goiano, desde que a construtora pagasse Perillo.21
Venda de casa a Cachoeira
Contradizendo a versão de que Perillo relacionou-se apenas casualmente com Cachoeira, a Polícia Federal indicia que Perillo teria vendido uma casa sua no valor de R$ 1,4 milhão a Cachoeira, em operação intermediada pelo empresário Walter Paulo de Oliveira Santiago, dono da Faculdade Padrão.22
Em depoimento à CPMI, Santiago negou ter vendido a casa que era de Perillo para Cachoeira. Disse também que havia pago a Perillo em "pacotinhos" de notas de R$ 50 e R$ 100 emprestados, e que não sabia quem lhe emprestou o dinheiro para a compra da casa de Perillo.22
O empresário disse ainda que o pagamento pela casa foi entregue a Lúcio Gouthier Fiúza, assessor do governador Perillo, e ao ex-vereador Wladimir Garcez, apontado como um dos principais assessores de Cachoeira.22
O depoimento contraria a versão apresentada pelo governador Marconi Perillo, que informou ter recebido o pagamento pela venda de sua casa em cheques.23
Na casa, morava o empresário Carlinhos Cachoeira. Foi nessa casa que Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro de 2012, pela PF.22
Financiamento de campanha
O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que coordenou a propaganda eleitoral no rádio de Marconi Perillo em 2010, acusa Perillo de ter pago seus honorários através de empresa ligada a Carlinhos Cachoeira. Bordoni afirma ter negociado diretamente com Perillo o pagamento de R$ 120 mil pela atuação na campanha.24
Bordoni acusa Perillo de ter feito o pagamento através da Alberto & Pantoja Construções e Transporte (apontada pela PF como empresa fantasma controlada por Cachoeira), e que o depósito de metade da dívida total, de R$ 90 mil, foi comandado por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo. Perillo nega todas as acusações e diz que o valor pago a Bordoni foi de apenas R$ 33,3 mil.25 26
Quer dizer que durante todas as campanhas que eu fiz (para Marconi Perillo) eu era o bom e o maravilhoso, e agora eu sou o mentiroso e o irresponsável? Talvez então eu tenha sido mentiroso e irresponsável ao pedir voto para ele? |
— Bordoni, ex-coordenador de propaganda eleitoral de Marconi Perillo24
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Esgotamento de revista que denunciava o escândalo
Logo no início da divulgação do escândalo, a revista CartaCapital publicou reportagem acusando Marconi de envolvimento no escândalo Carlinhos Cachoeira (bicheiro),27 28 porém a revista começou a desaparecer das bancas de Goiânia. Segundo muitos leitores, ao tentar adquirir o semanário, a resposta era sempre de que a publicação estava esgotada. Houve inúmeros relatos de venda de um grande número de revistas a poucos indivíduos, dentre eles, o do deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh.29 30 31
Beneficiamento da esposa
Valéria Perillo ganhava, em 2000, uma gratificação de R$ 3.500 por força de um decreto de Marconi Perillo, seu marido e então governador de Goiás.32 33 Primeiras-damas não são remuneradas.33 Sobre o caso, Valéria deu entrevista argumentando:
Eu também tenho de cuidar das minhas filhas, que não contam com a presença constante do pai. |
— Valéria Perillo, em entrevista à Revista Veja32
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Também durante a gestão de seu esposo, com recursos públicos, Valéria mandou fazer uma "foto oficial" de si própria, do mesmo tamanho da do marido, e mandou três cópias para cada um dos 251 municípios de Goiás; acompanhava as fotos a orientação para que fossem afixadas no gabinete do prefeito, na presidência da Câmara Municipal e na sala da primeira-dama de cada cidade.32 Após a denúncia, Marconi Perillo deu ordem para que as fotos fossem recolhidas.32
Turma exclusiva para curso de direito
Em 2007, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, em desfavor da Faculdade Alves Faria (Alfa), Marconi Perillo (então senador da República), Valéria Perillo e União Federal, por concessão de tratamento privilegiado a agente político. De acordo com a procuradora da república Mariane Guimarães de Mello Oliveira, a Faculdade Alfa, localizada em Goiânia, sob a justificativa de atender necessidades especiais de Marconi Perillo, montou uma turma especial no curso de direito com apenas dois alunos: o senador e sua esposa Valéria Perillo.34 35 36
Para o MPF/GO o fato viola os princípios da isonomia e da generalidade na prestação de serviços públicos, configura tratamento seletivo e privilegiado sem previsão constitucional ou legal e viola as diretrizes e bases da educação nacional, previstas na Constituição da República e na Lei n.º 9.394/96.34
O MPF/GO pediu que a Alfa, Marconi Perillo e Valéria Perillo sejam condenados a pagar indenização, a ser revertida para os alunos daquela faculdade.34
A ação tramita na Justiça Federal de Goiás, processo nº 2007.35.00.022088-0, sob apreciação do Juiz Euler de Almeida Silva Júnior (9ª Vara Federal de Goiânia), desde 2007.37
Condenação por propaganda antecipada
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, em 2008, a condenação de Marconi Perillo ao pagamento de uma multa de R$ 53.205,00 por propaganda antecipada no pleito de 2006, veiculada na forma de propaganda institucional do governo de Goiás. A propaganda instistucional foi publicada nos jornais O Popular e Diário da Manhã e, segundo o Ministério Público, terminou por fortalecer a pré-candidatura de Perillo a senador por Goiás.38 39
Nepotismo
Segundo o jornal O Anápolis40 , há uma lista de parentes diretos ou próximos de Marconi Perillo e de Valéria Perillo nomeados em comissão entre 1999 e 2006, em diversas esferas do poder, tais como Adriana Moraes Perillo Bragança e Vânia Pires Perillo Cardoso.41
Também é acusado de nepotismo cruzado em favor do bicheiro Carlinhos Cachoeira, dentro da Secretaria de Indústria de Comércio, onde trabalhariam seis parentes de Cachoeira e do ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladimir Garcez, apontado pela PF como arrecadador de campanha de Perillo.42
Agressão
No dia 9 de outubro de 2011, durante a Missa de Ação de Graças da tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário, em Catalão, Perillo entrou em discussão com o presidente da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, Leonardo Bueno. O incidente teria ocorrido devido a Leonardo Bueno não ter feito agradecimentos à presença de Perillo à festa. Perillo se irritou por ter feito uma doação de R$ 100 mil à associação e mesmo assim não ter recebido a deferência durante o evento religioso.43
Ao término do evento, que reuniu aproximadamente 10 mil pessoas, quando o presidente da Irmandade desceu do palanque, o governador questionou a ausência do agradecimento. Marconi teria então agredido-o verbalmente de "ladrão, vagabundo, safado", prosseguindo com um empurrão, auxiliado por seus seguranças pessoais.43 Isanulfo Cordeiro, assessor de Perillo, negou que Marconi tivesse chegado a agredir fisicamente Leonardo Bueno, mas apenas utilizado "palavras ríspidas" durante o bate-boca.44
Processo judicial contra a Wikipédia,Twitter e Facebook, CartaCapital
O governador Marconi Perillo, que move ao menos 30 ações judiciais contra políticos, jornalistas, blogueiros e tuiteiros, interpelou as redes sociais Twitter e Facebook e o site de conteúdo colaborativo Wikipédia, segundo informações do blog da Fabiana Pulcineli, repórter do Jornal O Popular.
As ações, segundo argumenta o advogado do governador, visam “a correção de informações sobre sua biografia”, no caso da Wikipédia e a identificação de perfis nas redes sociais que fariam “ataques a Perillo”.
O governador Marconi Perillo (PSDB) protocolou interpelações e notificação na Justiça contra o site Wikipedia e as redes sociais Facebook e Twitter. Ao primeiro, o governador solicita a correção de informações sobre sua biografia. O site traz tópicos como Recebimento de propina; Corrupção; Envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira; Agressão; Nepotismo e Turma exclusiva para curso de direito.
Já sobre as redes sociais, o governador fez interpelação para que os sites forneçam a identidade dos autores de perfis que fazem ataques a ele. O advogado de Marconi, João Paulo Brzezinski, diz que a intenção é acionar judicialmente os responsáveis, daí os pedidos de dados.
O advogado afirma que o Wikipedia traz informações incorretas, como de indiciamento do governador no caso da Operação Monte Carlo e de processos que não existem. "São alusões que fogem da realidade. São erros elementares", diz. Ele afirma que a assessoria tentou a edição através do próprio site, que recebe informações de colaboradores, mas que mediadores não deram resposta nem fizeram mudanças no texto.
Brzezinski diz que foram anexados documentos que provam as informações incorretas. Se o Wikipedia não atender a notificação, o advogado afirma que o governador deve entrar com ação cominatória. "Estamos dando uma chance para que corrijam amigavelmente."
Questionado sobre as dificuldades de identificar os autores de perfis, o advogado disse que cabe à equipe primeiramente solicitar aos sites as informações, e que, após as respostas, vai avaliar o próximo passo."
Fonte:Wikipedia
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