quarta-feira, 17 de julho de 2013

Uma voz sensata no PiG

Que loucura é essa?



Publicado em 17/07/2013


Não há precedente de queda de popularidade tão repentina de um governante e em percentual tão desproporcional de tempo, nos últimos 20 anos. O último, certamente, Fernando Collor, por razões óbvias, e que, por isso mesmo não pode ser feito o paralelo. A avaliação do governo Dilma (PT) havia apresentado queda (63% para 57%) antes do pico das manifestações de ruas, que transfomou-se em rebelião difusa pelo País, a partir da violência da polícia de São Paulo. O Datafolha, em 29 de junho, apontara uma queda de aprovação de 57% para 30% em três semanas. Agora, a CNT confirma: a aprovação recuou de 54,2% para 31,3%. A pessoal de 73,75% para 49,3%.

Exceto a explosão das ruas, não houve um fato específico que explique tamanha perda de popularidade. O crescimento pífio do PIB e os indicadores de elevação da inflação já tinham dado o alerta, embora sob controle, sem repercutir nas pesquisas. Nas ruas, não houve o ‘fora Dilma’. Paralelamente, em um mundo numa prolongada crise econômica e de desemprego, o Brasil mantém um quadro de pleno emprego. Como então explicar a queda?

Na política, uma ascensão repentina pode ser uma ‘bolha’ de ar sem base para se sustentar, assim como a uma queda sem causa (s) definida (s) e lógica. Na gestão, não. À Dilma foram atribuídos todos os males? Os que chegaram a dar 63% de aprovação, não sabem o que querem? As demandas das ruas foram muitas e difusas na origem e nos interesses. Vai ser preciso esperar. Ainda não dá para profetizar.


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