Vice de Kassab critica Covas e diz que Alckmin quer ser presidente
Mauricio Stycer, especial para o Último Segundo
Quarta-feira, 9hs da manhã. Alda Marco Antônio (PMDB), candidata a vice-prefeita de Gilberto Kassab (DEM), vai fazer campanha na Vila Penteado, bairro muito pobre, na zona norte de São Paulo, contíguo à Brasilândia, uma das maiores favelas da cidade. O encontro com os seus apoiadores foi estrategicamente marcado para a porta do Circo-escola, entidade de assistência social criada durante a gestão de Alda à frente da Secretaria do Menor, no governo de Orestes Quércia (1987-1990).
“Dona Alda”, como é chamada, chega carregando fotos antigas, de crianças que participaram do projeto na década de 80. “Você sabe que eu sou candidata?”, ela pergunta. “Não, tô sabendo agora”, responde um homem. “Sou vice do Kassab”.
Quarta-feira, 9hs da manhã. Alda Marco Antônio (PMDB), candidata a vice-prefeita de Gilberto Kassab (DEM), vai fazer campanha na Vila Penteado, bairro muito pobre, na zona norte de São Paulo, contíguo à Brasilândia, uma das maiores favelas da cidade. O encontro com os seus apoiadores foi estrategicamente marcado para a porta do Circo-escola, entidade de assistência social criada durante a gestão de Alda à frente da Secretaria do Menor, no governo de Orestes Quércia (1987-1990).
“Dona Alda”, como é chamada, chega carregando fotos antigas, de crianças que participaram do projeto na década de 80. “Você sabe que eu sou candidata?”, ela pergunta. “Não, tô sabendo agora”, responde um homem. “Sou vice do Kassab”.
Alda evita entrar no circo-escola, mas conversa com funcionários, que estão lá dentro, e com moradores da região. “Acabaram com o projeto”, lamenta. Ao final da visita, em entrevista ao iG, ela fará uma crítica direta ao ex-governador Mario Covas (PSDB), o padrinho político de Geraldo Alckmin. Covas elegeu-se governador do Estado em 1994, encerrando um domínio quercista de oito anos (iniciado pelo próprio Quércia e seguido pelo seu então parceiro Luiz Antônio Fleury Filho).
Alda Marco Antônio, em campanha em SPO repórter indaga à candidata como ela reagiria se, por hipótese, dentro do seu partido, um grupo de vereadores e militantes estivesse apoiando um candidato diferente do seu. “Já vivemos isso no passado. Quando Quércia se candidatou ao governo do Estado, tivemos companheiros do partido que apoiaram Antonio Ermírio. Fizeram até comitê juntos. O que a gente faz quando isso acontece? A gente trabalha mais. Estimula. Dá vontade de vencer. Não dá para parar e brigar. Foi o que fizemos e o Quércia virou e acabou vencendo aquelas eleições.”
Alda faz referência às eleições de 1986. Naquela ocasião, Quércia saiu candidato ao governo do Estado pelo PMDB contra a vontade de alguns caciques do partido, especialmente Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Mário Covas. Insatisfeitos com os rumos do PMDB paulista, o trio chegou a apoiar o empresário Antônio Ermírio de Moraes, candidato ao governo de São Paulo pelo PTB. Ermírio perdeu a eleição para Quércia e os dissidentes, sem espaço, fundaram o PSDB, em 1988.
Afilhada política de Quércia, Alda já aceitou várias tarefas em nome dos interesses do PMDB. Foi candidata a deputada federal em 1994, candidata a vice-governadora em 2002 e candidata ao Senado em 2006. Fracassou nas três ocasiões. Desta vez, aceitou ser vice de Kassab sem ao menos conhecer o atual prefeito de São Paulo. O que, na visão dela, não representa problema algum. “Não o conhecia como pessoa. Estou tendo, agora, chance de conhecê-lo. E o ser humano Gilberto Kassab está sendo uma grata surpresa.”
Segundo Alda, o acordo PMDB-DEM que a levou a ser candidata a vice-prefeita não estabelece cotas para o seu partido em caso de vitória: “Isso não foi discutido”, diz ela. O que está acertado entre os dois partidos, afirma, é o apoio do DEM à eleição de Quércia ao Senado em 2010. “Ele será o principal candidato do PMDB e do DEM. Isso pra nós é importantíssimo”, diz.
Mineira, 63 anos, solteira, Alda é formada em engenharia civil em Uberaba, turma de 1969. Veio para São Paulo em seguida, onde trabalhou no Fomento Estadual de Saneamento Básico (Fesb), órgão que deu lugar à Sabesp. Fez faculdade de saúde pública na USP, tornando-se especialista em saneamento.
“Eu e o Kassab temos afinidade de profissão: somos engenheiros. O engenheiro prima pelo planejamento. O pensamento que ele tem de que ‘se não vai fazer bem feito, é melhor não fazer alguma coisa’, é muito de engenheiro. E é meu também. Usamos sempre coeficiente de segurança”, diz.
Em 1970, Alda conheceu Ulisses Guimarães. “Era uma espécie de orientador, pra mim”. Militou no MDB, ajudou na campanha de Quércia ao Senado (1974) e na de Montoro para o governo do Estado (1982). No último ano do governo Montoro foi convidada para comandar a Secretaria do Trabalho. Quércia a chamou para criar a Secretaria do Menor, que ocupou por todo o governo (1987-1990) e mais dois anos do governo Fleury (91-92). Convidada pelo presidente Itamar Franco, presidiu a Fundação Centro Brasileiro para Infância e Adolescência (FCBIA), a antiga Funabem.
Ao pedir para Alda descrever a sua trajetória, ela menciona também, sem muita ênfase, que foi secretária de Assistência Social “do município”. Não diz o nome do prefeito que dirigia a cidade à época. Trata-se, curiosamente, do mesmo homem que levou Gilberto Kassab para o seu primeiro cargo executivo, o de secretário do Planejamento, o ex-discípulo de Paulo Maluf, o hoje execrado Celso Pitta.
“Quero ser um vice padrão Kassab: discreta”, ela explica.
Comentários.
Briguem tucanos.
Briguem DEMentes.
Briguem peemedebista.
Briguem petebista.
Briguem verde.
Eu quero ver "sangue".
Mas não entendi direito, a vice de Kassab disse que Geraldo é candidato a presidente?
Presidente de quê?
Só se for de Liga de Dominó.E olhe lá.
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