sábado, 23 de agosto de 2008

MAIS BRONCA PRO LADO DE YEDA CRUZES

Pressão ambientalista

Quatro entidades de defesa do meio ambiente no Rio Grande do Sul ingressaram hoje com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra a presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Ana Maria Pellini. Numa ação inédita no estado, as entidades pedem que a presidente seja destituída do cargo em consequência de medidas tomadas na elaboração do zoneamento ambiental gaúcho, na concessão de licenças ambientais e na autorização da quadruplicação da fábrica de celulose da Aracruz.


Assinam ação civil a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), a Sociedade Amigos das Águas Limpas e do Verde (Saalve), a Associação Sócio-Ambientalista (Igré), o Instituto Biofilia e o Projeto Mira-Serra. Segundo o documento assinado pelas ONGs, a presidente da Fepam teria praticado assédio moral, ameaçando verbalmente transferindo de postos, sem justificativa, técnicos da Fundação que se opuseram a mudar pareceres em favor da Aracruz.

Os fatos foram narrados em reportagem do Correio publicada no dia 4 de maio, na série "O preço da devastação". A série mostrou o avanço das papeleiras no Rio Grande do Sul, onde pretendem implantar 450 mil hectares de eucaliptos nos próximos cinco anos. O governo gaúcho atropelou a legislação e as autoridades ambientalistas para facilitar o projeto das empresas de celulose, que prometem investir R$ 10 bilhões no estado.

"Esperamos que o Poder Judiciário tutele o meio ambiente e os princípios da Administração, deixando claro que o Estado Democrático de Direito e a sociedade não admitem improbidade administrativa na gestão ambiental", justifica o advogado Christiano Ribeiro na ação.

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