sábado, 20 de setembro de 2008

BRIGA DE TUCANO GRANDE

Serra reage aos ataques de Alckmin e defende Kassab


ANA FLORCATIA SEABRAda Folha de S.Paulo

Chamado para a arena da desgastante briga do PSDB/ DEM, o governador José Serra contestou ontem Geraldo Alckmin, candidato de seu próprio partido, e saiu em defesa do prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM). Pela manhã, Alckmin afirmou que a indicação de Kassab para a vice de Serra em 2004 fora produto de um golpe.

Irritado com a menção de seu nome, Serra reagiu só à noite e por intermédio da assessoria:"Lamento que a febre da disputa eleitoral acabe me envolvendo em ataques de campanha. A afirmação não é correta. Não houve golpe na indicação do nome, que foi feita pelo PFL, até porque quem me conhece sabe que pressão comigo não funciona. Por outro lado, como já afirmei em outras ocasiões, o Gilberto Kassab foi um vice leal e solidário. E, à frente da prefeitura, seguiu à risca nosso programa de governo".

No Palácio dos Bandeirantes, a avaliação é que Alckmin obrigou uma manifestação de Serra.

Pela manhã, Alckmin afirmou que Serra não queria Kassab como vice e ameaçou desistir de concorrer quando o nome foi escolhido. "O Serra queria como candidato o Lars Grael [hoje no PPS, na época no PFL]. Depois se acertou, e já estava escolhido praticamente o Alexandre [de] Moraes [secretário municipal dos Transportes]. Houve um golpe na véspera da convenção, o Serra quase desistiu de ser candidato. Não é a forma adequada de fazer as coisas", acusou.

Alckmin também citou uma ferida antiga: a aliança entre DEM (PFL) e o PT pela eleição de Rodrigo Garcia para presidente da Assembléia Legislativa, em 2005.

"Deram [o DEM] um golpe junto com o PT na véspera da convenção, o sr. Rodrigo Garcia, que hoje está na prefeitura também. Nos derrotou unido com o PT."

Contido pelo coordenador de comunicação da campanha, Luiz Gonzalez, Kassab limitou-se a lembrar que Alckmin participara do processo de escolha de seu nome para a vice de Serra.
"Na época, ele [Alckmin] compunha a aliança, que foi muito importante para eleger o José Serra, eleger o Kassab, e ele estava também participando desse processo."

Em suas conversas, Kassab acusa Alckmin de comportamento "indigno". O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), alfinetou: "O eleitor não espera uma atitude tão agressiva de um homem de Deus, que dizem ser ligado à Opus Dei".
Comentário.
Sobre Serra, basta ler o que Flavio Flores da Cunha Bierrenbach, seu ex-amigo e ex-aliado disse em relação a ele.
A única possibilidade de conversa civilizada que eu tenho com José Serra é o silêncio.
O Terror já reproduziu a matéria aqui, mas não custa nada relembrar:

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