03/02/2009
Favela onde ocorreu confronto está em zona campeã de desemprego em SP
da Folha de S.Paulo
A favela de Paraisópolis, que está ocupada pela polícia desde confronto ocorrido ontem, está no pedaço menos escolarizado da capital paulista: 54% dos moradores da região da Vila Andrade chegaram só até o ensino fundamental e apenas 7% entraram na faculdade, o menor índice de estudo entre os 96 distritos da cidade, segundo dados do Datafolha em 2007.
O desemprego na região é também o maior de São Paulo, de 25%, de acordo com o mesmo levantamento.
Ocupada desde 1960, a favela (que engloba outras duas menores, Porto Seguro e Jardim Colombo) é onde vive a maior parte da população do distrito. Segundo a Prefeitura de São Paulo, lá estão cerca de 60 mil dos 85 mil moradores da Vila Andrade. Com 800 mil metros quadrados de área, é hoje a segunda maior favela de São Paulo, com quase 17,2 mil imóveis, atrás só de Heliópolis (18 mil).
A única agência bancária, do Bradesco, chegou ali recentemente, com a primeira loja da rede de varejo Casas Bahia.
Segundo Gil Rodrigues, presidente da associação de moradores local, há apenas um campo de futebol na favela e o forró predomina nas festas, devido à predominância de população nordestina. "Há carência de lazer, mas o pior aqui é a falta de creches", diz ele.
A renda do distrito de Vila Andrade é a terceira pior da cidade (47% ganham até dois salários mínimos por mês).
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