Publicada em:16/02/2009
OS CRITÉRIOS DA TV
Miami (EUA) - Mesmo morando em outro país, não deixo de acompanhar o que se passa no futebol do Brasil. Por isso, vou meter a colher num assunto delicado - pois mexe com a paixão de milhões de torcedores - que é o critério que as TVs adotam para escolher o jogo que será transmitido nacionalmente. E nesse ponto não posso deixar de me solidarizar com as queixas dos torcedores do Sport Club do Recife que não poderão ver a estréia ao vivo da equipe na Copa Libertadores da América, que enfrenta o Colo Colo do Chile, porque a SporTV decidiu privilegiar o jogo entre o Fluminense, do Rio de Janeiro, contra o “poderoso” Nacional da Paraíba pela primeira rodada da Copa do Brasil.
Vários e-mails foram enviados aos jornais e ao canal por assinatura protestando contra esta decisão da direção da emissora, alegando preconceito contra a região Nordeste. E muitos fizeram questão de frisar que a Grande Recife é hoje a quinta maior área metropolitana do país, reunindo uma população com bom poder aquisitivo. Ou seja, além de ter falhado no aspecto esportivo, a emissora estaria pecando ainda do ponto de vista comercial, uma vez que um jogo por um torneio internacional tem muito mais atrativos do que uma partida na qual o Tricolor carioca é franco favorito.
A direção da emissora sequer considerou os telespectadores residuais, isto é, aqueles que são apreciadores de futebol e teriam interesse de ver a partida ao vivo – sobretudo os palmeirenses que teriam a oportunidade de analisar os outros dois adversários do Grupo 1, após ter enfrentado na abertura da competição a LDU do Equador, atual campeã do torneio, em Quito. Claro que a torcida do Fluminense merece respeito e, mesmo os torcedores dos co-irmãos cariocas, poderão assistir à partida para, pelo menos, torcer por uma surpresa da brava equipe paraibana, mas, convenhamos, pouca gente apostaria numa vitória do adversário do Flu.
Esse tipo de atitude também se repete por aqui. Se quiser assistir a algum jogo internacional, o jeito é torcer para seu time enfrentar uma equipe mexicana. Os canais em espanhol privilegiam ostensivamente o futebol mexicano em detrimento dos demais. Analisando friamente, faz sentido. Cerca de 80% dos imigrantes são mexicanos, portanto, eles formam o grande grupo de consumidores e todos querem agradá-los. Muitas vezes somos obrigados a assistir partidas inexpressivas da Copa Merconorte com equipes medianas do México e da América Central em vez de ver jogos importantes com times sul-americanos pela Copa Libertadores da América.
Portanto, é evidente que as emissoras sempre visam atender aos interesses de seus telespectadores para satisfazer os patrocinadores que colocam dinheiro para viabilizar as transmissões esportivas.
Por falar nisso, os fãs do tênis também protestaram com a interrupção da partida na qual o brasileiro Thomaz Bellucci estava enfrentando – e venceu – o espanhol Juan Carlos Ferrero, que chegou até mesmo a ser o nº 1 do mundo por breves semanas, para transmitir uma partida entre duas equipes pequenas do Campeonato Paulista. Será que foi a decisão mais acertada? Tenho dúvidas. Porque os amantes do tênis formam um público pequeno, mas fiel e teoricamente com bom poder aquisitivo. Além do mais, reforça ainda mais o estigma do Brasil ser um país de monocultura esportiva, no momento em que todos torcem para o surgimento de um novo Guga no cenário tenístico mundial. Analisando estes fatos, fica a pergunta; quais são os critérios para se decidir transmitir o evento X ou Y?
Em tempo. O bravo Bellucci ficou com o vice-campeonato do Brasil Open, o único torneio do circuito ATP disputado no país, ao ser derrotado na final pelo espanhol Tommy Robredo, o favorito para ficar com o título.
OS CRITÉRIOS DA TV
Miami (EUA) - Mesmo morando em outro país, não deixo de acompanhar o que se passa no futebol do Brasil. Por isso, vou meter a colher num assunto delicado - pois mexe com a paixão de milhões de torcedores - que é o critério que as TVs adotam para escolher o jogo que será transmitido nacionalmente. E nesse ponto não posso deixar de me solidarizar com as queixas dos torcedores do Sport Club do Recife que não poderão ver a estréia ao vivo da equipe na Copa Libertadores da América, que enfrenta o Colo Colo do Chile, porque a SporTV decidiu privilegiar o jogo entre o Fluminense, do Rio de Janeiro, contra o “poderoso” Nacional da Paraíba pela primeira rodada da Copa do Brasil.
Vários e-mails foram enviados aos jornais e ao canal por assinatura protestando contra esta decisão da direção da emissora, alegando preconceito contra a região Nordeste. E muitos fizeram questão de frisar que a Grande Recife é hoje a quinta maior área metropolitana do país, reunindo uma população com bom poder aquisitivo. Ou seja, além de ter falhado no aspecto esportivo, a emissora estaria pecando ainda do ponto de vista comercial, uma vez que um jogo por um torneio internacional tem muito mais atrativos do que uma partida na qual o Tricolor carioca é franco favorito.
A direção da emissora sequer considerou os telespectadores residuais, isto é, aqueles que são apreciadores de futebol e teriam interesse de ver a partida ao vivo – sobretudo os palmeirenses que teriam a oportunidade de analisar os outros dois adversários do Grupo 1, após ter enfrentado na abertura da competição a LDU do Equador, atual campeã do torneio, em Quito. Claro que a torcida do Fluminense merece respeito e, mesmo os torcedores dos co-irmãos cariocas, poderão assistir à partida para, pelo menos, torcer por uma surpresa da brava equipe paraibana, mas, convenhamos, pouca gente apostaria numa vitória do adversário do Flu.
Esse tipo de atitude também se repete por aqui. Se quiser assistir a algum jogo internacional, o jeito é torcer para seu time enfrentar uma equipe mexicana. Os canais em espanhol privilegiam ostensivamente o futebol mexicano em detrimento dos demais. Analisando friamente, faz sentido. Cerca de 80% dos imigrantes são mexicanos, portanto, eles formam o grande grupo de consumidores e todos querem agradá-los. Muitas vezes somos obrigados a assistir partidas inexpressivas da Copa Merconorte com equipes medianas do México e da América Central em vez de ver jogos importantes com times sul-americanos pela Copa Libertadores da América.
Portanto, é evidente que as emissoras sempre visam atender aos interesses de seus telespectadores para satisfazer os patrocinadores que colocam dinheiro para viabilizar as transmissões esportivas.
Por falar nisso, os fãs do tênis também protestaram com a interrupção da partida na qual o brasileiro Thomaz Bellucci estava enfrentando – e venceu – o espanhol Juan Carlos Ferrero, que chegou até mesmo a ser o nº 1 do mundo por breves semanas, para transmitir uma partida entre duas equipes pequenas do Campeonato Paulista. Será que foi a decisão mais acertada? Tenho dúvidas. Porque os amantes do tênis formam um público pequeno, mas fiel e teoricamente com bom poder aquisitivo. Além do mais, reforça ainda mais o estigma do Brasil ser um país de monocultura esportiva, no momento em que todos torcem para o surgimento de um novo Guga no cenário tenístico mundial. Analisando estes fatos, fica a pergunta; quais são os critérios para se decidir transmitir o evento X ou Y?
Em tempo. O bravo Bellucci ficou com o vice-campeonato do Brasil Open, o único torneio do circuito ATP disputado no país, ao ser derrotado na final pelo espanhol Tommy Robredo, o favorito para ficar com o título.
Antônio Tozzi, Direto da Redação.
Comentário.
Sem TV ou com TV, o importante é que o SPORT RECIFE sairá vencedor no jogo.
2 comentários:
Discordo hahahahaha.. Caro terrorista..
Um vexame desses não poderá passar pra outras localidades do mundo.. Deixa só os pernambucanos mesmos acompanharem a derrota para o Colo-Colo. Viva Chile, Viva Colo-Colo, Sds Alvirrubras..
Contra o Sport Tudo hahahaha
Marcelo, o Sport vai, seguramente, fazer bonito nas Libertadores das Américas.Os torcedores do Náutico e do Santa Cruz vão ter que engolir o leão da ilha.Rubro-negras saudações.
PELO SPORT TUDO!
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