Gastos militares globais bateram recorde em 2008, diz ONG
Pesquisa indica que gastos com armas cresceram 4% no ano passado
Pesquisa indica que gastos com armas cresceram 4% no ano passado
Os gastos militares globais bateram um novo recorde em 2008, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira pela ONG sueca Stockholm International Peace Research Institute (Sipri).
A entidade afirma que cerca de US$ 1,4 trilhão foram gastos em armamentos em 2008, o que representaria um aumento de 4% em relação a 2007 e 45% em relação a 1999.
De acordo com pesquisa da ONG, os Estados Unidos contribuíram com 58% do aumento entre 1999 e 2008. Rússia e China quase triplicaram seus gastos militares durantes o período.
O estudo anual do Sipri calcula que os gastos militares representaram 2,4 % do PIB global no ano passado.
Outro recorde
"A ideia de guerra contra o terror tem encorajado muitos países a ver seus problemas através de lentes militarizadas, usando isso para justificar altos gastos com Defesa", diz o pesquisador Sam Perlo-Freeman, que comandou o levantamento do Sipri.
"As guerras no Iraque e no Afeganistão têm custado US$ 903 bilhões em gastos militares a mais apenas para os Estados Unidos", acrescenta.
Outro recorde quebrado no ano passado foi em relação ao número de soldados envolvidos em missões internacionais de paz, 187.586, um aumento de 11% em relação a 2007, ano que já havia apresentado a maior quantidade de tropas mobilizadas para essas missões.
Mas a ONG sueca avalia que, apesar do grande tamanho de algumas missões, como no Congo ou em Darfur, elas ainda apresentam resultados aquém do esperado.
A empresa americana Boeing permanece sendo a maior produtora mundial de armas, segundo dados de 2007 - o último ano em que existem dados confiáveis, segundo o Sipri, com vendas de armas avaliadas em cerca de US$ 30,5 bilhões.
As 20 primeiras empresas produtoras de armamentos listadas pelo Sipri são americanas ou europeias. O estudo não incluiu empresas chinesas.
A ONG calcula que, no ano passado, existiam 8,4 mil ogivas nucleares operacionais no mundo, sendo quase 2 mil disponíveis para serem lançadas em poucos minutos. BBC Brasil.
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