8 DE JUNHO DE 2009
Mobilizados pela CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) gaúcha, cerca de cinco mil manifestantes, munidos com bandeiras, cartazes, vassouras e muito sabão, tomaram as ruas de Porto Alegre, nesta quinta-feira (18), para exigir a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Corrupção na Assembleia Legislativa do estado. O pedido de criação da CPI conta com 17 das 19 assinaturas necessárias para a sua criação e quer investigar as denúncias sobre a governadora Yeda Crusius (PSDB).
Protesto reuniu estudantes e trabalhadores no RS O protesto iniciou às 10 horas em frente ao Ministério Público Federal (MPF) e seguiu em caminhada ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz, onde foi realizado um ato público. Em frente ao Piratini, os manifestantes tentaram lavar a calçada da “corrupção” do governo, mas policiais da Brigada Militar não permitiram. A “limpeza” acabou ocorrendo na esquina da Assembléia Legislativa, onde uma banca recolheu assinaturas ao abaixo-assinado, iniciado pelos deputados da oposição, que pede a criação da CPI.
Nos discursos, os líderes da manifestação pediram que o MPF revele se tem informações sobre corrupção no governo gaúcho, que os deputados estaduais instalem a CPI para investigar o Executivo e que Yeda se afaste de seu cargo até que tudo seja esclarecido.
Para a professora Solange Carvalho, da CTB (Central dos Trabalhadores no Brasil), não há alternativa senão a saída da governadora. "Entendemos que se investigue as denúncias, antes mesmo do impeachment de Yeda. Se ela realmente não tem nada a ver com as denúncias, como ela diz, disso a CPI pode se encarregar. Mas entendemos que há corrupção, que há provas inclusive", diz.
A presidente do Cpers Sindicato (professores), Rejane de Oliveira, cobra que os deputados se senbilizem com os protestos da população e se posicionem a favor da CPI, a fim de investigar as denúncias de corrupção. "Pedimos o impeachment da governadora e o afastamento imediato. O povo gaúcho não pode ter como sua governante alguém que está sob suspeita", diz.
O protesto contou com a participação de manifestantes de todo o estado, entre eles núcleos do Cpers e de sindicatos do interior, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados de Caxias do Sul (RS) e ainda estudantes da Escola de Surdos de Santa Maria. Além da CTB, também a CUT mobilizou o ato.
70% querem a saída de Yeda
Segundo nota divulgada pelos movimentos sociais, o governo do Rio Grande do Sul tem se caracterizado pelas crises, escândalos e desrespeito ao povo gaúcho. Os movimentos sociais entendem que a sociedade gaúcha está envergonhada diante da série desses escândalos que assola o governo Estadual e reforça a posição da sociedade gaúcha, onde 70% defende a saída de Yeda Crusius, como divulgou recentemente uma pesquisa do Instituto Datafolha.
A nota diz ainda que “como se não bastasse toda essa crise moral, o governo Yeda, além de não estabelecer nenhuma política para combater as consequências da crise financeira mundial no Estado, não mede esforços para destruir os serviços públicos, atacar as organizações dos servidores e criminalizar os movimentos sociais”.
Yeda por um fio
Gravações divulgadas pela revista Veja mostram conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.
Segundo o ex-assessor, as empresas fabricantes de cigarro Alliance One e CTA Continental doaram, cada uma, R$ 200 mil em espécie, que foram entregues ao marido de Yeda, Carlos Crusius.
Yeda e Crusius negam o recebimento. Cavalcante morreu em fevereiro em Brasília. Seu corpo foi encontrado no lago Paranoá, e a polícia trabalha com a hipótese de suicídio. O ex-assessor era investigado como suspeito de participação no suposto esquema do Detran.
A coleta de assinatura pela abertura da CPI iniciou em 12 de maio e foi apresentada pela deputada Stela Farias (PT). Apenas duas assinaturas separam Yeda das investigações sobre as denúncias de corrupção em seu governo.
Em fevereiro deste ano, líderes do PSOL também acusaram a governadora de ter usado recursos de caixa dois para pagar parte da aquisição da atual casa da governador, adquirida em 2006. Desde então, sindicalistas e estudantes organizaram uma série de protestos contra Yeda. O governo do Estado não comentou a manifestação de hoje.
Fonte: Da Redação, com agências
Fotos: Agência Chasque
Mobilizados pela CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) gaúcha, cerca de cinco mil manifestantes, munidos com bandeiras, cartazes, vassouras e muito sabão, tomaram as ruas de Porto Alegre, nesta quinta-feira (18), para exigir a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Corrupção na Assembleia Legislativa do estado. O pedido de criação da CPI conta com 17 das 19 assinaturas necessárias para a sua criação e quer investigar as denúncias sobre a governadora Yeda Crusius (PSDB).
Protesto reuniu estudantes e trabalhadores no RS O protesto iniciou às 10 horas em frente ao Ministério Público Federal (MPF) e seguiu em caminhada ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz, onde foi realizado um ato público. Em frente ao Piratini, os manifestantes tentaram lavar a calçada da “corrupção” do governo, mas policiais da Brigada Militar não permitiram. A “limpeza” acabou ocorrendo na esquina da Assembléia Legislativa, onde uma banca recolheu assinaturas ao abaixo-assinado, iniciado pelos deputados da oposição, que pede a criação da CPI.
Nos discursos, os líderes da manifestação pediram que o MPF revele se tem informações sobre corrupção no governo gaúcho, que os deputados estaduais instalem a CPI para investigar o Executivo e que Yeda se afaste de seu cargo até que tudo seja esclarecido.
Para a professora Solange Carvalho, da CTB (Central dos Trabalhadores no Brasil), não há alternativa senão a saída da governadora. "Entendemos que se investigue as denúncias, antes mesmo do impeachment de Yeda. Se ela realmente não tem nada a ver com as denúncias, como ela diz, disso a CPI pode se encarregar. Mas entendemos que há corrupção, que há provas inclusive", diz.
A presidente do Cpers Sindicato (professores), Rejane de Oliveira, cobra que os deputados se senbilizem com os protestos da população e se posicionem a favor da CPI, a fim de investigar as denúncias de corrupção. "Pedimos o impeachment da governadora e o afastamento imediato. O povo gaúcho não pode ter como sua governante alguém que está sob suspeita", diz.
O protesto contou com a participação de manifestantes de todo o estado, entre eles núcleos do Cpers e de sindicatos do interior, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados de Caxias do Sul (RS) e ainda estudantes da Escola de Surdos de Santa Maria. Além da CTB, também a CUT mobilizou o ato.
70% querem a saída de Yeda
Segundo nota divulgada pelos movimentos sociais, o governo do Rio Grande do Sul tem se caracterizado pelas crises, escândalos e desrespeito ao povo gaúcho. Os movimentos sociais entendem que a sociedade gaúcha está envergonhada diante da série desses escândalos que assola o governo Estadual e reforça a posição da sociedade gaúcha, onde 70% defende a saída de Yeda Crusius, como divulgou recentemente uma pesquisa do Instituto Datafolha.
A nota diz ainda que “como se não bastasse toda essa crise moral, o governo Yeda, além de não estabelecer nenhuma política para combater as consequências da crise financeira mundial no Estado, não mede esforços para destruir os serviços públicos, atacar as organizações dos servidores e criminalizar os movimentos sociais”.
Yeda por um fio
Gravações divulgadas pela revista Veja mostram conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.
Segundo o ex-assessor, as empresas fabricantes de cigarro Alliance One e CTA Continental doaram, cada uma, R$ 200 mil em espécie, que foram entregues ao marido de Yeda, Carlos Crusius.
Yeda e Crusius negam o recebimento. Cavalcante morreu em fevereiro em Brasília. Seu corpo foi encontrado no lago Paranoá, e a polícia trabalha com a hipótese de suicídio. O ex-assessor era investigado como suspeito de participação no suposto esquema do Detran.
A coleta de assinatura pela abertura da CPI iniciou em 12 de maio e foi apresentada pela deputada Stela Farias (PT). Apenas duas assinaturas separam Yeda das investigações sobre as denúncias de corrupção em seu governo.
Em fevereiro deste ano, líderes do PSOL também acusaram a governadora de ter usado recursos de caixa dois para pagar parte da aquisição da atual casa da governador, adquirida em 2006. Desde então, sindicalistas e estudantes organizaram uma série de protestos contra Yeda. O governo do Estado não comentou a manifestação de hoje.
Fonte: Da Redação, com agências
Fotos: Agência Chasque
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