Sxta-feira, 31 de julho de 2009,
Agencia Estado
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BELO HORIZONTE - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que as acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), envolvem questões "históricas" da Casa e apenas os senadores devem ser cobrados pela opinião pública. "O presidente Sarney está sendo acusado de muitas coisas, ou seja, de ato secreto, contratação de pessoas e dá a impressão de que é apenas o presidente Sarney. Dá a impressão de que é uma coisa que começou ontem. Isso é uma coisa histórica no Senado brasileiro". Para Lula, só os senadores podem decidir sobre o desfecho do caso. "Quem foi que elegeu o presidente Sarney presidente do Senado? Os senadores. Somente os senadores é que têm o direito de encontrar o jeito de fazer a investigação e afastá-lo se entenderem que devem afastá-lo", ressaltou, observando que é a eles que a sociedade, a opinião pública, deve dirigir as cobranças. "É só deles que deve cobrar".
As declarações foram feitas pelo presidente ao desembarcar em Belo Horizonte, durante entrevista à rádio "Itatiaia". Depois de atenuar ontem a defesa do presidente do Senado ao afirmar que este não é um problema seu, Lula foi questionado sobre suas sucessivas declarações de apoio a Sarney. Foi aí que o presidente argumentou que somente os senadores devem ser cobrados pela opinião pública, pois foram eles que elegeram o peemedebista. O repórter da rádio, Eduardo Costa, relatou que vinha sendo abordado nas ruas por populares que não entendiam, pela história de Lula, a defesa do presidente do Senado, envolto em tantos "escândalos". Lula negou que a governabilidade do País exigisse tal postura. "É o meu senso de justiça. Eu não quero para mim, eu não quero para o presidente Sarney, eu não quero para você e para nenhum brasileiro o julgamento precipitado, sem que haja as investigações corretas", justificou.
Lula disse que o Senado possui instrumentos de investigação, ressaltando que processos anteriores já levaram ao afastamento de senadores e ex-presidentes da casa parlamentar. "O Senado tem instrumentos de investigação, tem Comissão de Ética. O Senado já cassou o Antônio Carlos Magalhães, o Senado já cassou o Jader Barbalho, o Senado já cassou o (José Roberto) Arruda, o Congresso já cassou o (ex-presidente, Fernando) Collor", disse, ignorando que os ex-senadores, na verdade, renunciaram aos mandatos para manter os direitos políticos.
Embora tenha adotado um novo discurso em relação a Sarney, evitando sua defesa veemente, o presidente avaliou que o senador tem tomado providências em relação às acusações e irregularidades detectadas no Senado. "O Sarney pediu à PF (Polícia Federal) para investigar seu filho. Vai ser investigado. Pediu para investigar seu neto. Vai ser investigado. A (Fundação Getúlio Vargas) FGV está fazendo um projeto de reestruturação administrativa do Senado. Ele já suspendeu todos os atos secretos. E eu acho que nós temos de ter apenas a paciência de fazer com que as investigações sejam corretas".
Um comentário:
Essa defesa ostensiva e veemente que o "Cel." Lulla da Silva fazia do seu alopradão-mór estava mesmo com os dias contados! Mas primeiro "elle" megulhou de corpo e alma nela. Depois, foi só surgirem os prmeiros indícios de que a sua popularidade fujimoriana poderia vir a ser abalada para que "elle" enfiasse a viola no saco. Além disso, "elle" já havia sido aconselhado, pelos seus cupinchas, a não se expor tanto, deixando o serviço sujo por conta da sua tropa de aloprados. E nisso "elle" é um ás, como todos sabem. Desde o mensalão, ou melhor, desde que as primeiras prefeituras petistas surgiram; ou melhor, desde que surgiu o PT; ou melhor, desde que...
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