Da Redação Última Instância - 07/12/2009 -
O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo encaminhou representações pedindo abertura de inquéritos para apurar o suposto pagamento de propina em 14 obras executadas pela construtora Camargo Corrêa, dentre elas a Linha 4 do Metrô de São Paulo e o Rodoanel. Além das investigações sobre as obras da empreiteira, também foi enviada à PGR (Procuradoria Geral da República) uma planilha em que aparecem nomes de parlamentares ao lado de valores em dólares e reais, que teriam sido pagos entre 1995 e 1998.
O documento foi encontrado pela Polícia Federal durante a operação Castelo de Areia, deflagrada em maio deste ano e que já resultou em duas denúncias por crimes financeiros contra executivos da Camargo Corrêa. As representações se referem a casos que envolvem autoridades com direito a foro privilegiado ou se referem a crimes de responsabilidade da Justiça estadual.
Segundo informações da Procuradoria, no caso da Linha 4 do Metro, existe a suspeita de envolvimento de um deputado federal do PSDB, membros do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) e de uma candidata do PT a deputada estadual no Paraná. Já nas supostas irregularidades do Rodoanel, haveria a participação de um deputado federal do PR e um diretor da Dersa.
O MPF não informou os nomes dos envolvidos, suspeitos de crimes como corrupção passiva e ativa, atos de improbidade administrativa e infrações eleitorais. Ainda de acordo com a Procuradoria, menções a pagamentos a autoridades com prerrogativa de foro ocorrem na maioria de obras.
Também estão sob suspeita a construção de uma eclusa da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, a reforma do aeroporto de Vitória e obras do metrô de Fortaleza e do Rio de Janeiro.
As representações
Foram remetidas à PGR seis representações sobre obras em que são apontados pagamentos para senadores, deputados federais e membros do TCU (Tribunal de Contas da União). À Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo foram encaminhados sete pedidos de abertura de investigações sobre oito obras do Estado e de municípios em que há autoridades estaduais e municipais envolvidas, como membros do MP, Polícia Civil, Tribunal de Contas do Estado, secretários de estado e prefeitos. O mesmo vale para obras no Rio e em Brasília.
O caso também foi remetido à Procuradoria Eleitoral, que deverá apurar supostas doações irregulares de campanha recebidas por candidatos.
A reportagem entrou em contato com o o grupo Camargo Corrêa, mas até o momento não houve retorno.
Veja a seguir a lista das obras executadas pela Camargo Corrêa que devem ser alvo de investigação, segundo o MPF em São Paulo:
Eclusa da Hidrelétrica do Tucuruí (PA) – (com suposto envolvimento de membro do Tribunal de Contas da União, Diretor Geral do DNIT, Diretor Financeiro e Diretor de Engenharia e Planejamento da Eletronorte);
Aeroporto de Vitória - (com suposto envolvimento de senador do PSB);
Metrô de Fortaleza - (com suposto envolvimento de deputado federal e senador do PCdoB);
Metrô de São Paulo, Linha 4-Amarela – (com o suposto envolvimento de deputado federal do PSDB, membros do Tribunal de Contas do Estado e uma candidata do PT a deputado estadual no Paraná);
Rodoanel – São Paulo (com suposto envolvimento de deputado federal do PR e Diretor de Engenharia do Dersa);
Cesp – Ponte Paulicéia (com suposto envolvimento de deputado federal do PSDB e membro do PMDB);
Paraisópolis (com suposto envolvimento do Secretário de Habitação da Prefeitura de São Paulo);
Prefeitura de Jundiaí (com suposto envolvimento do Assessor Especial da Prefeitura de Jundiaí);
Senasa – Campinas (com suposto envolvimento do Secretário de Planejamento e do Diretor Técnico do Senasa);
Liberação pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural Ambiental da Cidade de São Paulo, Compresp, de uma obra de interesse da Camargo Correa (com suposto envolvimento do Secretário de Habitação de São Paulo e de membros e presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo);
Obra de Jurubatuba (com suposto envolvimento do Secretário de Infra-Estrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo e do Secretário Geral do DEM);
Metrô de São Paulo – Linha 4 - Amarela e Rodoanel – (com suposto envolvimento de auditor e conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, membro(s) do Ministério Público do Estado e da Polícia Civil do Estado de São Paulo);
Obra de Estreitinho – (com suposto envolvimento dos Diretores de Engenharia e Diretor de Construção de Furnas);
Metrô do Rio de Janeiro – (com suposto envolvimento de secretário de Estado do Rio de Janeiro);
O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo encaminhou representações pedindo abertura de inquéritos para apurar o suposto pagamento de propina em 14 obras executadas pela construtora Camargo Corrêa, dentre elas a Linha 4 do Metrô de São Paulo e o Rodoanel. Além das investigações sobre as obras da empreiteira, também foi enviada à PGR (Procuradoria Geral da República) uma planilha em que aparecem nomes de parlamentares ao lado de valores em dólares e reais, que teriam sido pagos entre 1995 e 1998.
O documento foi encontrado pela Polícia Federal durante a operação Castelo de Areia, deflagrada em maio deste ano e que já resultou em duas denúncias por crimes financeiros contra executivos da Camargo Corrêa. As representações se referem a casos que envolvem autoridades com direito a foro privilegiado ou se referem a crimes de responsabilidade da Justiça estadual.
Segundo informações da Procuradoria, no caso da Linha 4 do Metro, existe a suspeita de envolvimento de um deputado federal do PSDB, membros do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) e de uma candidata do PT a deputada estadual no Paraná. Já nas supostas irregularidades do Rodoanel, haveria a participação de um deputado federal do PR e um diretor da Dersa.
O MPF não informou os nomes dos envolvidos, suspeitos de crimes como corrupção passiva e ativa, atos de improbidade administrativa e infrações eleitorais. Ainda de acordo com a Procuradoria, menções a pagamentos a autoridades com prerrogativa de foro ocorrem na maioria de obras.
Também estão sob suspeita a construção de uma eclusa da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, a reforma do aeroporto de Vitória e obras do metrô de Fortaleza e do Rio de Janeiro.
As representações
Foram remetidas à PGR seis representações sobre obras em que são apontados pagamentos para senadores, deputados federais e membros do TCU (Tribunal de Contas da União). À Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo foram encaminhados sete pedidos de abertura de investigações sobre oito obras do Estado e de municípios em que há autoridades estaduais e municipais envolvidas, como membros do MP, Polícia Civil, Tribunal de Contas do Estado, secretários de estado e prefeitos. O mesmo vale para obras no Rio e em Brasília.
O caso também foi remetido à Procuradoria Eleitoral, que deverá apurar supostas doações irregulares de campanha recebidas por candidatos.
A reportagem entrou em contato com o o grupo Camargo Corrêa, mas até o momento não houve retorno.
Veja a seguir a lista das obras executadas pela Camargo Corrêa que devem ser alvo de investigação, segundo o MPF em São Paulo:
Eclusa da Hidrelétrica do Tucuruí (PA) – (com suposto envolvimento de membro do Tribunal de Contas da União, Diretor Geral do DNIT, Diretor Financeiro e Diretor de Engenharia e Planejamento da Eletronorte);
Aeroporto de Vitória - (com suposto envolvimento de senador do PSB);
Metrô de Fortaleza - (com suposto envolvimento de deputado federal e senador do PCdoB);
Metrô de São Paulo, Linha 4-Amarela – (com o suposto envolvimento de deputado federal do PSDB, membros do Tribunal de Contas do Estado e uma candidata do PT a deputado estadual no Paraná);
Rodoanel – São Paulo (com suposto envolvimento de deputado federal do PR e Diretor de Engenharia do Dersa);
Cesp – Ponte Paulicéia (com suposto envolvimento de deputado federal do PSDB e membro do PMDB);
Paraisópolis (com suposto envolvimento do Secretário de Habitação da Prefeitura de São Paulo);
Prefeitura de Jundiaí (com suposto envolvimento do Assessor Especial da Prefeitura de Jundiaí);
Senasa – Campinas (com suposto envolvimento do Secretário de Planejamento e do Diretor Técnico do Senasa);
Liberação pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural Ambiental da Cidade de São Paulo, Compresp, de uma obra de interesse da Camargo Correa (com suposto envolvimento do Secretário de Habitação de São Paulo e de membros e presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo);
Obra de Jurubatuba (com suposto envolvimento do Secretário de Infra-Estrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo e do Secretário Geral do DEM);
Metrô de São Paulo – Linha 4 - Amarela e Rodoanel – (com suposto envolvimento de auditor e conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, membro(s) do Ministério Público do Estado e da Polícia Civil do Estado de São Paulo);
Obra de Estreitinho – (com suposto envolvimento dos Diretores de Engenharia e Diretor de Construção de Furnas);
Metrô do Rio de Janeiro – (com suposto envolvimento de secretário de Estado do Rio de Janeiro);
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