Evo Morales, do MAS (Movimento ao Socialismo), obteve 95% dos votos válidos depositados em São Paulo, segundo informações do presidente da seção brasileira da Corte Nacional Eleitoral, o jornalista Jorge Gonzales. A apuração das urnas no Brasil mostra que 13.199 bolivianos residentes no Brasil votaram pela reeleição de Evo, de um total de 13.901 votos válidos. Houve ainda 74 votos em branco e 318 nulos.
O resultado será enviado à Bolívia, para ser ratificado. No total, estavam inscritos em São Paulo 18,6 mil eleitores.
O segundo colocado, Manfred Reyes Villa (PPB-CN), obteve 380 votos no Brasil, e Samuel Dória Medina (UN), 179. Os demais votos se dividiram entre os demais partidos que disputaram a eleição.
Morales foi reeleito presidente da Bolívia no domingo com 63% dos votos no primeiro turno, contra 27% de Reyes Villa. Além disto, conseguiu ampla na Câmara e no Senado.
O jornal "El Día", editado em Santa Cruz de la Sierra, o MAS de Morales terá 85 cadeiras das 130 cadeiras na Câmara, contra 39 do partido de Villa (as outras três serão divididas entre a UN, de Samuel Doria Medina, e a AS, Aliança Social, de oposição, mas mais ao centro). No Senado, que é hoje o principal foco de resistência a Evo, o MAS ficará com 25 cadeiras, contra 11 do partido de Reyes Villa.
A vitória, classificada como "esmagadora" pelo periódico de La Paz "La Razón", permitirá a Evo Morales controlar o processo de regulamentação da nova Constituição, aprovada em plebiscito no início deste ano.
Evo afirmou, nesta segunda-feira, que suas prioridades serão "combater a pobreza" e adotar uma legislação contra "as fortunas suspeitas", em alusão implícita aos dirigentes da oposição. Morales disse que pretende aprovar no Legislativo projeto que a oposição vem barrando há quatro anos graças à maioria que tinha no Senado.
"Os traidores ao processo de mudança e à pátria foram punidos pelos eleitores", disse. Para ele, Reyes Villa e a oposição "falam de tráfico, quando eles mesmos estão envolvidos". "De onde vêm todos os bens de Reyes Villa nos Estados Unidos? De onde vem todo seu dinheiro? Porque o Departamento de Estado [norte-americano] não investiga?", perguntou.
Reyes Villa será ouvido nesta terça-feira como testemunha em um processo sobre a violenta repressão dos tumultos de outubro de 2003, que deixou 65 mortos. Na época, o partido de Reyes Villa integrava o governo presidido por Gonzalo Sanchez de Lozada, que fugiu para os Estados Unidos depois dos tumultos. A convocação de Reyes Villa fora adiada por causa das eleições. O líder da oposição também é acusado de ter cometido irregularidades quando era governador da província de Cochabamba, um cargo que ocupou até 2008.
Morales também afirmou que não tem interesse de buscar reeleição para um terceiro mandato a partir de 2015, embora tenha lembrado que a nova Constituição Política do Estado (CPE) assim o permite.
Para Evo, o mandato que se inicia no ano que vem é o primeiro sob a nova Constituição, que autoriza uma reeleição apenas. Para a oposição, no entanto, Evo não pode, mesmo que queira, ser candidato em 2015.
O jornal "La Razón" ouviu críticos de Morales sobre sua vitória. Para o cientista político Ricardo Paz, ele "está em una bifurcação: ou toma o rumo de aprofundar a democracia e amplia a participação cidadã ou cai na tentação autoritária de tratar de construir um projeto de poder excludente".
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, elogiou nesta segunda-feira a "esmagadora" reeleição de seu aliado Evo Morales na Bolívia, o que permitirá ao líder indígena aprofundar e consolidar as mudanças sociais.
"Ganhamos na Bolívia", afirmou Chávez ao chegar a um evento no Tribunal Supremo de Justiça venezuelano. Em La Paz, Evo afirmou que planeja manter um "um diálogo transparente e sincero" com o sucessor de Lula no Brasil.
Os Estados Unidos cumprimentaram nesta segunda-feira Evo Morales pela reeleição e manifestaram o desejo de dar continuidade ao diálogo entre os dois países, que mantêm suas embaixadas sem representantes há mais de um ano.
"Desejamos trabalhar com o presidente Morales e seu governo", diz um comunicado do Departamento de Estado. Os Estados Unidos "felicitam o presidente Evo Morales" e o povo da Bolívia por "um processo de votação pacífico e em ordem", domingo, continuou a nota.
Em setembro de 2008, o governo boliviano expulsou o embaixador americano - durante a presidência de George W. Bush - sob a acusação de que apoiou um complô civil local contra Morales, depois do que os Estados Unidos responderam, com medida semelhante. BBC Brasil
O resultado será enviado à Bolívia, para ser ratificado. No total, estavam inscritos em São Paulo 18,6 mil eleitores.
O segundo colocado, Manfred Reyes Villa (PPB-CN), obteve 380 votos no Brasil, e Samuel Dória Medina (UN), 179. Os demais votos se dividiram entre os demais partidos que disputaram a eleição.
Morales foi reeleito presidente da Bolívia no domingo com 63% dos votos no primeiro turno, contra 27% de Reyes Villa. Além disto, conseguiu ampla na Câmara e no Senado.
O jornal "El Día", editado em Santa Cruz de la Sierra, o MAS de Morales terá 85 cadeiras das 130 cadeiras na Câmara, contra 39 do partido de Villa (as outras três serão divididas entre a UN, de Samuel Doria Medina, e a AS, Aliança Social, de oposição, mas mais ao centro). No Senado, que é hoje o principal foco de resistência a Evo, o MAS ficará com 25 cadeiras, contra 11 do partido de Reyes Villa.
A vitória, classificada como "esmagadora" pelo periódico de La Paz "La Razón", permitirá a Evo Morales controlar o processo de regulamentação da nova Constituição, aprovada em plebiscito no início deste ano.
Evo afirmou, nesta segunda-feira, que suas prioridades serão "combater a pobreza" e adotar uma legislação contra "as fortunas suspeitas", em alusão implícita aos dirigentes da oposição. Morales disse que pretende aprovar no Legislativo projeto que a oposição vem barrando há quatro anos graças à maioria que tinha no Senado.
"Os traidores ao processo de mudança e à pátria foram punidos pelos eleitores", disse. Para ele, Reyes Villa e a oposição "falam de tráfico, quando eles mesmos estão envolvidos". "De onde vêm todos os bens de Reyes Villa nos Estados Unidos? De onde vem todo seu dinheiro? Porque o Departamento de Estado [norte-americano] não investiga?", perguntou.
Reyes Villa será ouvido nesta terça-feira como testemunha em um processo sobre a violenta repressão dos tumultos de outubro de 2003, que deixou 65 mortos. Na época, o partido de Reyes Villa integrava o governo presidido por Gonzalo Sanchez de Lozada, que fugiu para os Estados Unidos depois dos tumultos. A convocação de Reyes Villa fora adiada por causa das eleições. O líder da oposição também é acusado de ter cometido irregularidades quando era governador da província de Cochabamba, um cargo que ocupou até 2008.
Morales também afirmou que não tem interesse de buscar reeleição para um terceiro mandato a partir de 2015, embora tenha lembrado que a nova Constituição Política do Estado (CPE) assim o permite.
Para Evo, o mandato que se inicia no ano que vem é o primeiro sob a nova Constituição, que autoriza uma reeleição apenas. Para a oposição, no entanto, Evo não pode, mesmo que queira, ser candidato em 2015.
O jornal "La Razón" ouviu críticos de Morales sobre sua vitória. Para o cientista político Ricardo Paz, ele "está em una bifurcação: ou toma o rumo de aprofundar a democracia e amplia a participação cidadã ou cai na tentação autoritária de tratar de construir um projeto de poder excludente".
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, elogiou nesta segunda-feira a "esmagadora" reeleição de seu aliado Evo Morales na Bolívia, o que permitirá ao líder indígena aprofundar e consolidar as mudanças sociais.
"Ganhamos na Bolívia", afirmou Chávez ao chegar a um evento no Tribunal Supremo de Justiça venezuelano. Em La Paz, Evo afirmou que planeja manter um "um diálogo transparente e sincero" com o sucessor de Lula no Brasil.
Os Estados Unidos cumprimentaram nesta segunda-feira Evo Morales pela reeleição e manifestaram o desejo de dar continuidade ao diálogo entre os dois países, que mantêm suas embaixadas sem representantes há mais de um ano.
"Desejamos trabalhar com o presidente Morales e seu governo", diz um comunicado do Departamento de Estado. Os Estados Unidos "felicitam o presidente Evo Morales" e o povo da Bolívia por "um processo de votação pacífico e em ordem", domingo, continuou a nota.
Em setembro de 2008, o governo boliviano expulsou o embaixador americano - durante a presidência de George W. Bush - sob a acusação de que apoiou um complô civil local contra Morales, depois do que os Estados Unidos responderam, com medida semelhante. BBC Brasil
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