O Estado de S. Paulo - 02/12/2009
Estão sob suspeita os recibos da compra de panetones, principais documentos da defesa do governador José Roberto Arruda para justificar a imagem do vídeo em que aparece recebendo R$ 50 mil, em notas de R$ 100, das mãos de seu ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. O vídeo foi gravado em 2006, quando Arruda ainda era candidato ao governo do DF, e Barbosa seu caixa de campanha. Sem data de emissão, sem timbre e escritos em linguagem que foge aos padrões dos recibos, os documentos apresentam indícios de que foram produzidos às pressas e em data recente, depois que a investigação da Operação Caixa de Pandora havia vazado.
Arruda, por meio do secretário de Ordem Pública, Roberto Giffoni, disse no sábado que os R$ 50 mil eram colaborações de empresários para comprar panetones e brinquedos que seriam distribuídos às crianças carentes. No depoimento que deu à polícia, em 22 de outubro, já na condição de réu colaborador, Barbosa disse que o dinheiro entregue a Arruda era um repasse regular, coletado a partir da cobrança de propinas nos contratos públicos, para "despesas pessoais" do governador.
Em um dos recibos apreendidos nas buscas, sexta-feira passada, o governador acusa o recebimento de R$ 20 mil de Barbosa e diz que o dinheiro é "para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal". Como se estivesse fazendo uma prestação de contas, o recibo acrescenta uma estranha explicação para o destino do dinheiro: "Como fazemos todos os anos, os panetones e brindes foram entregues nas creches, asilos e associações de idosos." Os recibos estão passando por perícia do Instituto Nacional de Criminalística. Dentro de uma semana, o delegado Alfredo Junqueira, encarregado do inquérito, produzirá relatório parcial com os primeiros resultados do exame.
Apontado nas investigações como operador de Arruda junto às empresas que prestam serviços ao governo, o empresário Renato Malcotti será convocado a depor nos próximos dias por saber do destino do dinheiro arrecadado e da montagem da história dos panetones. Ex-campeão de stock car, Malcotti não foi encontrado. Ele deixou com a secretária a mensagem de que está em viagem de férias e só se manifestará sobre as denúncias quando retornar a Brasília, depois do Natal.
Malcotti teria se encontrado recentemente com o empresário Roberto Cortopassi, da WRJ Engenharia, que lhe teria exibido cenas do vídeo da entrega da propina a Arruda, segundo informou ontem o site da revista Época. Cortopassi não foi encontrado para comentar a suspeita, mas a polícia também deve tomar seu depoimento.
Conforme as investigações, Arruda se beneficia de esquema de cobrança de propinas desde o governo de Joaquim Roriz (2003-2006), que lhe teria dado carta branca para operar com o cabeça do esquema, o então presidente da Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan) Durval Barbosa. Depois de ser caixa de campanha de Arruda, Barbosa assumiu a Secretaria de Relações Institucionais do governo eleito em 2006 e continuou cobrando pedágio dos prestadores de serviços, segundo disse em depoimento.
Estão sob suspeita os recibos da compra de panetones, principais documentos da defesa do governador José Roberto Arruda para justificar a imagem do vídeo em que aparece recebendo R$ 50 mil, em notas de R$ 100, das mãos de seu ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. O vídeo foi gravado em 2006, quando Arruda ainda era candidato ao governo do DF, e Barbosa seu caixa de campanha. Sem data de emissão, sem timbre e escritos em linguagem que foge aos padrões dos recibos, os documentos apresentam indícios de que foram produzidos às pressas e em data recente, depois que a investigação da Operação Caixa de Pandora havia vazado.
Arruda, por meio do secretário de Ordem Pública, Roberto Giffoni, disse no sábado que os R$ 50 mil eram colaborações de empresários para comprar panetones e brinquedos que seriam distribuídos às crianças carentes. No depoimento que deu à polícia, em 22 de outubro, já na condição de réu colaborador, Barbosa disse que o dinheiro entregue a Arruda era um repasse regular, coletado a partir da cobrança de propinas nos contratos públicos, para "despesas pessoais" do governador.
Em um dos recibos apreendidos nas buscas, sexta-feira passada, o governador acusa o recebimento de R$ 20 mil de Barbosa e diz que o dinheiro é "para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal". Como se estivesse fazendo uma prestação de contas, o recibo acrescenta uma estranha explicação para o destino do dinheiro: "Como fazemos todos os anos, os panetones e brindes foram entregues nas creches, asilos e associações de idosos." Os recibos estão passando por perícia do Instituto Nacional de Criminalística. Dentro de uma semana, o delegado Alfredo Junqueira, encarregado do inquérito, produzirá relatório parcial com os primeiros resultados do exame.
Apontado nas investigações como operador de Arruda junto às empresas que prestam serviços ao governo, o empresário Renato Malcotti será convocado a depor nos próximos dias por saber do destino do dinheiro arrecadado e da montagem da história dos panetones. Ex-campeão de stock car, Malcotti não foi encontrado. Ele deixou com a secretária a mensagem de que está em viagem de férias e só se manifestará sobre as denúncias quando retornar a Brasília, depois do Natal.
Malcotti teria se encontrado recentemente com o empresário Roberto Cortopassi, da WRJ Engenharia, que lhe teria exibido cenas do vídeo da entrega da propina a Arruda, segundo informou ontem o site da revista Época. Cortopassi não foi encontrado para comentar a suspeita, mas a polícia também deve tomar seu depoimento.
Conforme as investigações, Arruda se beneficia de esquema de cobrança de propinas desde o governo de Joaquim Roriz (2003-2006), que lhe teria dado carta branca para operar com o cabeça do esquema, o então presidente da Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan) Durval Barbosa. Depois de ser caixa de campanha de Arruda, Barbosa assumiu a Secretaria de Relações Institucionais do governo eleito em 2006 e continuou cobrando pedágio dos prestadores de serviços, segundo disse em depoimento.
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