Celso Marcondes
A nova pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira, 1 de fevereiro, mostra que a ministra Dilma Rousseff teve um crescimento importante nas intenções de voto para a presidência da República. Hoje ela está com 27,8% ante 21,7% obtidos em novembro passado. Seis pontos por a mais, num período de dois meses, entrecortados pelas festas de final de ano.
José Serra manteve a liderança com 33,2%. Tinha 31,7% em novembro, variou, portanto, dentro da chamada “margem de erro”.
Ciro Gomes caiu de 17,5 % para 11,9% e a senadora Marina Silva, que tinha 5,9%, cresceu, também dentro da “margem de erro”, para 6,8%.
A leitura imediata que se pode fazer destes números é que Dilma foi quem mais se beneficiou da importante queda de Ciro. Aproxima-se cada vez mais do primeiro lugar e mantém escalada ascendente, contra um Serra estacionado – e atingido pela chuvarada paulista deste verão.
Como a pesquisa também mediu a popularidade do presidente Lula, que está com avaliação positiva de 81,7%, contra 78,9% em novembro, outra leitura possível é que a transferência de prestígio dele para ela é uma realidade e tem também tendência ascendente.
Com Dilma em alta flagrante, a lógica do jogo eleitoral é que conquiste cada vez mais apoios nessa fase, tanto de partidos políticos como de financiadores de campanha. Se juntarmos a esta interpretação o desenho de uma perspectiva otimista para nossa economia até a data das eleições, é possível avaliar que a nova pesquisa deve ter aumentado as inquietações nas bandas da oposição.
O efeito imediato foi o aumento da pressão para que Serra assuma claramente a candidatura. Como não é essa a intenção do governador - pois quer deixar a porta aberta para seu “Plano B”, o governo de São Paulo - podemos esperar o Carnaval chegar e passar sem novidades no ninho tucano.
O que já foi noticiado pela imprensa é que Serra vai intensificar suas andanças pelo País, pretendendo dividir seu tempo de folia entre os camarotes de Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Isso, ressalva que teria sido feita por ele mesmo, “se as chuvas deixarem”, segundo a Folha de S.Paulo. Compreende-se, pois um dos piores pesadelos para um candidato é ver sua fotografia tirada na Sapucaí estampada na capa dos jornais enquanto o povo da sua cidade chafurda na lama.
Ciro Gomes, que ainda não fechou sua agenda carnavalesca, também vê a pressão aumentar. Em queda para a presidência, pode ter perdido o “timing” para aceitar concorrer em São Paulo. Corre o risco de definhar na corrida pelo Planalto e ser atropelado – muito provavelmente pelos apoiadores petistas de Aloizio Mercadante – na briga pelos Bandeirantes.
Lula, apesar da crise de hipertensão, não é o político mais acuado do momento. Pode, com moderação, se esbaldar nos dia de Momo. A foto da vez poderá ser tirada ao lado de Madonna, que, se anuncia, estará no camarote do governador Sérgio Cabral.
A nova pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira, 1 de fevereiro, mostra que a ministra Dilma Rousseff teve um crescimento importante nas intenções de voto para a presidência da República. Hoje ela está com 27,8% ante 21,7% obtidos em novembro passado. Seis pontos por a mais, num período de dois meses, entrecortados pelas festas de final de ano.
José Serra manteve a liderança com 33,2%. Tinha 31,7% em novembro, variou, portanto, dentro da chamada “margem de erro”.
Ciro Gomes caiu de 17,5 % para 11,9% e a senadora Marina Silva, que tinha 5,9%, cresceu, também dentro da “margem de erro”, para 6,8%.
A leitura imediata que se pode fazer destes números é que Dilma foi quem mais se beneficiou da importante queda de Ciro. Aproxima-se cada vez mais do primeiro lugar e mantém escalada ascendente, contra um Serra estacionado – e atingido pela chuvarada paulista deste verão.
Como a pesquisa também mediu a popularidade do presidente Lula, que está com avaliação positiva de 81,7%, contra 78,9% em novembro, outra leitura possível é que a transferência de prestígio dele para ela é uma realidade e tem também tendência ascendente.
Com Dilma em alta flagrante, a lógica do jogo eleitoral é que conquiste cada vez mais apoios nessa fase, tanto de partidos políticos como de financiadores de campanha. Se juntarmos a esta interpretação o desenho de uma perspectiva otimista para nossa economia até a data das eleições, é possível avaliar que a nova pesquisa deve ter aumentado as inquietações nas bandas da oposição.
O efeito imediato foi o aumento da pressão para que Serra assuma claramente a candidatura. Como não é essa a intenção do governador - pois quer deixar a porta aberta para seu “Plano B”, o governo de São Paulo - podemos esperar o Carnaval chegar e passar sem novidades no ninho tucano.
O que já foi noticiado pela imprensa é que Serra vai intensificar suas andanças pelo País, pretendendo dividir seu tempo de folia entre os camarotes de Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Isso, ressalva que teria sido feita por ele mesmo, “se as chuvas deixarem”, segundo a Folha de S.Paulo. Compreende-se, pois um dos piores pesadelos para um candidato é ver sua fotografia tirada na Sapucaí estampada na capa dos jornais enquanto o povo da sua cidade chafurda na lama.
Ciro Gomes, que ainda não fechou sua agenda carnavalesca, também vê a pressão aumentar. Em queda para a presidência, pode ter perdido o “timing” para aceitar concorrer em São Paulo. Corre o risco de definhar na corrida pelo Planalto e ser atropelado – muito provavelmente pelos apoiadores petistas de Aloizio Mercadante – na briga pelos Bandeirantes.
Lula, apesar da crise de hipertensão, não é o político mais acuado do momento. Pode, com moderação, se esbaldar nos dia de Momo. A foto da vez poderá ser tirada ao lado de Madonna, que, se anuncia, estará no camarote do governador Sérgio Cabral.
Fonte:CartaCapital
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