O Estado de S. Paulo - 04/02/2010
A oposição classificou ontem como "overdose de propaganda" a mensagem ao Legislativo encaminhada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nesta semana. Para parlamentares do PT e do PSOL, Serra usou um instrumento institucional cujo objetivo é prestar informações sobre as ações do governo para o ano que se inicia como peça publicitária da sua gestão.
"Essa mensagem se encaixa muito bem na onda de propagandas que o governo Serra intensificou a partir do fim do ano passado. É mais uma propaganda no meio dessa overdose", acusou o vice-líder do PT na Assembleia, Simão Pedro. "O texto fala muito pouco sobre o que o governo fará em 2010 e mais do que fez nos últimos anos. Não é esse o objetivo da mensagem", prosseguiu o petista.
Na carta, entregue segunda-feira pelo secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, o governador faz uma lista extensa de referências a programas e projetos vitrines do seu governo e conclui que sua gestão fez, em 2009, investimentos "sem precedentes" na história de São Paulo.
O mesmo tipo de abordagem foi utilizado pelo presidente Lula em sua mensagem ao Congresso na abertura do ano legislativo. Lula também teceu elogios ao Bolsa-Família e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tudo como parte de um período de sete anos de um governo próspero.
ECONOMIA
Provável candidato do PSDB à Presidência, Serra preferiu, iniciar a mensagem tratando de um tema de abrangência nacional, a crise econômica mundial. Disse que "a economia brasileira entrou em franco processo de desaceleração" e destacou a atuação do governo paulista no combate aos efeitos da turbulência na área de investimentos e geração de emprego.
"Essa carta abre falando da crise econômica enquanto o Estado está debaixo de água, sofrendo com as enchentes", criticou o líder do PSOL, Raul Marcelo.
No PT, as críticas vieram seguidas de comparações com o governo Lula. "Fiquei abismado como ele se vangloria da atuação do governo estadual na crise. O Estado lavou as mãos. Vendeu o banco Nossa Caixa no auge da crise, prosseguiu com o processo de substituição tributária, que faz com que os impostos sejam cobrado no início da cadeia produtiva", disse Simão Pedro. "Andou na contramão do que fez o governo federal."
O petista afirmou que o governo federal tem participação no forte ritmo de investimentos que Serra destaca na mensagem. "Ele não diz, mas o governo do Estado só conseguiu aumentar a capacidade de investimentos porque o governo federal autorizou São Paulo a contrair novos empréstimos."
O líder do PSDB na Assembleia, Samuel Moreira, rechaçou as críticas de que a mensagem foi usada para marketing. Disse que o governador "prestou contas", já que a gestão está terminando. "Sempre é tempo de prestar contas. Acho correto informar o que o governo fez nestes três anos. Além disso, o governador aponta para uma política forte de investimentos para 2010. Se quiser saber quais as ações para este ano é só pegar o Orçamento", reagiu.
A oposição classificou ontem como "overdose de propaganda" a mensagem ao Legislativo encaminhada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nesta semana. Para parlamentares do PT e do PSOL, Serra usou um instrumento institucional cujo objetivo é prestar informações sobre as ações do governo para o ano que se inicia como peça publicitária da sua gestão.
"Essa mensagem se encaixa muito bem na onda de propagandas que o governo Serra intensificou a partir do fim do ano passado. É mais uma propaganda no meio dessa overdose", acusou o vice-líder do PT na Assembleia, Simão Pedro. "O texto fala muito pouco sobre o que o governo fará em 2010 e mais do que fez nos últimos anos. Não é esse o objetivo da mensagem", prosseguiu o petista.
Na carta, entregue segunda-feira pelo secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, o governador faz uma lista extensa de referências a programas e projetos vitrines do seu governo e conclui que sua gestão fez, em 2009, investimentos "sem precedentes" na história de São Paulo.
O mesmo tipo de abordagem foi utilizado pelo presidente Lula em sua mensagem ao Congresso na abertura do ano legislativo. Lula também teceu elogios ao Bolsa-Família e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tudo como parte de um período de sete anos de um governo próspero.
ECONOMIA
Provável candidato do PSDB à Presidência, Serra preferiu, iniciar a mensagem tratando de um tema de abrangência nacional, a crise econômica mundial. Disse que "a economia brasileira entrou em franco processo de desaceleração" e destacou a atuação do governo paulista no combate aos efeitos da turbulência na área de investimentos e geração de emprego.
"Essa carta abre falando da crise econômica enquanto o Estado está debaixo de água, sofrendo com as enchentes", criticou o líder do PSOL, Raul Marcelo.
No PT, as críticas vieram seguidas de comparações com o governo Lula. "Fiquei abismado como ele se vangloria da atuação do governo estadual na crise. O Estado lavou as mãos. Vendeu o banco Nossa Caixa no auge da crise, prosseguiu com o processo de substituição tributária, que faz com que os impostos sejam cobrado no início da cadeia produtiva", disse Simão Pedro. "Andou na contramão do que fez o governo federal."
O petista afirmou que o governo federal tem participação no forte ritmo de investimentos que Serra destaca na mensagem. "Ele não diz, mas o governo do Estado só conseguiu aumentar a capacidade de investimentos porque o governo federal autorizou São Paulo a contrair novos empréstimos."
O líder do PSDB na Assembleia, Samuel Moreira, rechaçou as críticas de que a mensagem foi usada para marketing. Disse que o governador "prestou contas", já que a gestão está terminando. "Sempre é tempo de prestar contas. Acho correto informar o que o governo fez nestes três anos. Além disso, o governador aponta para uma política forte de investimentos para 2010. Se quiser saber quais as ações para este ano é só pegar o Orçamento", reagiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário