terça-feira, 13 de abril de 2010

Empresa ligada a Afif ganha R$ 10 mi


R7 .


Empresa que tem como sócio-diretor o ex-secretário estadual do Emprego e das Relações de Trabalho, Guilherme Afif Domingos (DEM), a Indiana Seguros S/A já recebeu mais de R$ 10 milhões da gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, seu colega de partido. O valor equivale a dois anos e meio de contrato da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação) para cobertura dos riscos de morte e invalidez de mutuários e de danos físicos das unidades habitacionais.

Ex-presidente da Indiana, Afif deixou a secretaria na gestão José Serra e Alberto Goldman (PSDB) há 15 dias para disputar a eleição, e deve ser vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin. Em nota, o ex-secretário afirmou que se afastou da presidência da seguradora em 2006 para concorrer ao Senado, "respondendo só como membro do conselho" da firma.

O contrato da Cohab com a Indiana, cujo valor inicial era de R$ 329 mil por mês, foi assinado em outubro de 2007, quando o irmão de Afif, Cláudio Afif Domingos, respondia pela presidência da empresa. À época, o presidente da Cohab era Marcelo Rehder, atual secretário-adjunto de Comunicação de Kassab. Em janeiro deste ano, a Cohab prorrogou o contrato até outubro pelo valor mensal de R$ 422 mil, ou seja, 28% a mais.

O primeiro pregão eletrônico para contratar o seguro das unidades da Cohab foi considerado fracassado por Rehder em julho de 2007 sob a alegação de que a proposta vencedora, da AGF Brasil Seguros, estava acima do valor referência da companhia. Na ocasião, a Indiana havia sido desclassificada. Na sequência, a Cohab iniciou outro pregão eletrônico vencido em outubro pela Indiana.

Outro lado

Em nota, a Cohab informou que "não há irregularidade no contrato" com a Indiana e destacou que três concorrentes participaram do pregão vencido pela empresa de Afif. A companhia afirmou ainda que "não houve alteração no valor do prêmio/alíquota de cobertura nas renovações", mas aumento do número de mutuários assegurados pela Indiana.

Afif afirma que a Indiana foi criada em 1943 e ficou com a família até 1997, quando seu controle foi adquirido pela Bradesco Seguros, mas membros da família permaneceram na administração. Balanço da empresa, porém, indica que, até o início de 2008, os Afif tinham 60% das ações e o Bradesco, 40%. À época, ela foi vendida ao grupo Liberty Seguros e passou a ser presidida pelo argentino Luís Maurette, mas Afif e o irmão ainda são sócios-diretores e membros do conselho de administração, com participação nos lucros.

Em nota, o ex-secretário de Trabalho do governo Serra afirmou que não ocupa a presidência da Indiana desde 2006, quando se afastou para concorrer ao Senado e, em seguida, assumir a secretaria.

Afif diz que "já estava afastado da administração e do dia a dia da empresa" em outubro de 2007, quando o contrato com a Cohab foi assinado. Segundo ele, a Indiana foi vendida à Liberty Seguros naquele mês e ele e o irmão permaneceram como membros do conselho, "não tendo nenhum tipo de gestão, nem de participação na mesma". Ele ainda afirma "desconhecer totalmente" o contrato.


Enquanto isso, PSDB quer Afif como vice do tucano Geraldo Alckmin

O nome do secretário de Emprego e Relações de Trabalho do governo paulista, Guilherme Afif Domingos (DEM), é o mais cotado entre tucanos e integrantes do próprio DEM para ocupar a vaga de vice na chapa a ser encabeçada pelo PSDB na disputa pela sucessão de José Serra em São Paulo.

Nome mais forte de seu partido, Afif começou a se credenciar para o posto em 2006, quando disputou uma vaga no Senado e obteve expressiva votação (8.212.177 votos, o equivalente a 43,7% dos votos válidos), apesar da derrota para Eduardo Suplicy (PT). Um ano depois, assumiu a secretaria no governo de Serra e em 2008 foi escolhido um dos coordenadores da campanha de Gilberto Kassab (DEM) à prefeitura paulistana.

Consolidado no DEM e com bom trânsito junto a Serra, Afif é visto como "o nome ideal", segundo tucanos, para o posto. No PSDB, uma minoria ainda tem dúvida sobre se o candidato a governador será mesmo Geraldo Alckmin, atual secretário de Desenvolvimento do governo paulista, ou Aloysio Nunes Ferreira, braço político de Serra e secretário da Casa Civil.

A definição em relação ao candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes deve ocorrer em abril e está praticamente concentrada nas mãos de Serra. Alckmin tem ampla vantagem em relação a Aloysio, por conta de seu potencial eleitoral, já aferido pelas pesquisas, e é visto pela maioria partidária como franco favorito. Alguns caciques tucanos duvidam que possa haver uma modificação no jogo a essa altura do campeonato e, nos bastidores, já dão o nome de Alckmin como certo. R7.

3 comentários:

Fabiana Soler disse...

Serra está a pé, na planície...Enquanto isso, a mídia conservadora imagina que Geraldo Alckmin será o novo governador de São Paulo. E Geraldo fará tudo para derrubar Serra. Agora sim, começou o INFERNO ASTRAL de Serra. E Aécio vai assistir de seu camarote nas Alterosas, O PODEMAIS do PSDB.

Fabiana Soler disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O TERROR DO NORDESTE disse...

Fabiana, Serra e gangue tucana estao fudidos.