Ex-presidente da Indiana, Afif deixou a secretaria na gestão José Serra e Alberto Goldman (PSDB) há 15 dias para disputar a eleição, e deve ser vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin. Em nota, o ex-secretário afirmou que se afastou da presidência da seguradora em 2006 para concorrer ao Senado, "respondendo só como membro do conselho" da firma.
O contrato da Cohab com a Indiana, cujo valor inicial era de R$ 329 mil por mês, foi assinado em outubro de 2007, quando o irmão de Afif, Cláudio Afif Domingos, respondia pela presidência da empresa. À época, o presidente da Cohab era Marcelo Rehder, atual secretário-adjunto de Comunicação de Kassab. Em janeiro deste ano, a Cohab prorrogou o contrato até outubro pelo valor mensal de R$ 422 mil, ou seja, 28% a mais.
O primeiro pregão eletrônico para contratar o seguro das unidades da Cohab foi considerado fracassado por Rehder em julho de 2007 sob a alegação de que a proposta vencedora, da AGF Brasil Seguros, estava acima do valor referência da companhia. Na ocasião, a Indiana havia sido desclassificada. Na sequência, a Cohab iniciou outro pregão eletrônico vencido em outubro pela Indiana.
Outro lado
Em nota, a Cohab informou que "não há irregularidade no contrato" com a Indiana e destacou que três concorrentes participaram do pregão vencido pela empresa de Afif. A companhia afirmou ainda que "não houve alteração no valor do prêmio/alíquota de cobertura nas renovações", mas aumento do número de mutuários assegurados pela Indiana.
Afif afirma que a Indiana foi criada em 1943 e ficou com a família até 1997, quando seu controle foi adquirido pela Bradesco Seguros, mas membros da família permaneceram na administração. Balanço da empresa, porém, indica que, até o início de 2008, os Afif tinham 60% das ações e o Bradesco, 40%. À época, ela foi vendida ao grupo Liberty Seguros e passou a ser presidida pelo argentino Luís Maurette, mas Afif e o irmão ainda são sócios-diretores e membros do conselho de administração, com participação nos lucros.
Em nota, o ex-secretário de Trabalho do governo Serra afirmou que não ocupa a presidência da Indiana desde 2006, quando se afastou para concorrer ao Senado e, em seguida, assumir a secretaria.
Afif diz que "já estava afastado da administração e do dia a dia da empresa" em outubro de 2007, quando o contrato com a Cohab foi assinado. Segundo ele, a Indiana foi vendida à Liberty Seguros naquele mês e ele e o irmão permaneceram como membros do conselho, "não tendo nenhum tipo de gestão, nem de participação na mesma". Ele ainda afirma "desconhecer totalmente" o contrato.
Enquanto isso, PSDB quer Afif como vice do tucano Geraldo Alckmin
O nome do secretário de Emprego e Relações de Trabalho do governo paulista, Guilherme Afif Domingos (DEM), é o mais cotado entre tucanos e integrantes do próprio DEM para ocupar a vaga de vice na chapa a ser encabeçada pelo PSDB na disputa pela sucessão de José Serra em São Paulo.
Nome mais forte de seu partido, Afif começou a se credenciar para o posto em 2006, quando disputou uma vaga no Senado e obteve expressiva votação (8.212.177 votos, o equivalente a 43,7% dos votos válidos), apesar da derrota para Eduardo Suplicy (PT). Um ano depois, assumiu a secretaria no governo de Serra e em 2008 foi escolhido um dos coordenadores da campanha de Gilberto Kassab (DEM) à prefeitura paulistana.
Consolidado no DEM e com bom trânsito junto a Serra, Afif é visto como "o nome ideal", segundo tucanos, para o posto. No PSDB, uma minoria ainda tem dúvida sobre se o candidato a governador será mesmo Geraldo Alckmin, atual secretário de Desenvolvimento do governo paulista, ou Aloysio Nunes Ferreira, braço político de Serra e secretário da Casa Civil.
A definição em relação ao candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes deve ocorrer em abril e está praticamente concentrada nas mãos de Serra. Alckmin tem ampla vantagem em relação a Aloysio, por conta de seu potencial eleitoral, já aferido pelas pesquisas, e é visto pela maioria partidária como franco favorito. Alguns caciques tucanos duvidam que possa haver uma modificação no jogo a essa altura do campeonato e, nos bastidores, já dão o nome de Alckmin como certo. R7.
3 comentários:
Serra está a pé, na planície...Enquanto isso, a mídia conservadora imagina que Geraldo Alckmin será o novo governador de São Paulo. E Geraldo fará tudo para derrubar Serra. Agora sim, começou o INFERNO ASTRAL de Serra. E Aécio vai assistir de seu camarote nas Alterosas, O PODEMAIS do PSDB.
Fabiana, Serra e gangue tucana estao fudidos.
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