O Estado de S.Paulo
O ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, é o pré-candidato do PT ao Senado por Pernambuco. O anúncio foi feito hoje pelo presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra. Costa e Dutra destacaram o gesto de desprendimento do ex-prefeito do Recife, João Paulo Lima e Silva, que também disputava a indicação e renunciou à postulação. Veja também:
Presente à entrevista coletiva, quando foi anunciado o nome de Humberto, João Paulo resumiu: "Quando sou general, comando, quando sou soldado, obedeço". Com a retirada do seu nome, foi evitada a realização de prévias internas, o que o PT queria evitar. José Eduardo chegou ao Recife na noite de ontem (17) e manteve conversações com Humberto e João Paulo visando a um entendimento.
Pesou para a decisão uma pesquisa interna encomendada pelo PT - não divulgada - que mostrou Humberto com uma ligeira diferença sobre João Paulo. Até o início do ano, as pesquisas indicavam João Paulo com maior densidade eleitoral. Para o ex-prefeito, o "empate técnico" se deveu ao "recall" da absolvição de Humberto Costa, por unanimidade, pelo Tribunal Regional Federal (TRF-5. Região), no dia 24 de março, inocentando-o de envolvimento na chamada Máfia dos Vampiros - esquema fraudulento de superfaturamento nos preços de hemoderivados.
A absolvição deu novo fôlego a Humberto, que era também o preferido dentro do partido. "Com a absolvição passei a reunir condições políticas e eleitorais", afirmou Humberto, que vai se empenhar em conseguir a unidade do partido. "Sempre que marchamos juntos conseguimos grandes resultados".
A escolha foi comunicada por Dutra ao governador Eduardo Campos (PSB) e à pré-candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff. João Paulo será candidato a deputado federal.
Humberto e o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB) vão disputar o Senado na coligação que apoia a reeleição do governador pernambucano, que é também presidente nacional do PSB. Pela oposição, devem disputar o Senado - Pernambuco tem duas vagas - os senadores Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB).
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