sexta-feira, 18 de junho de 2010

Educação: Ex-ministro de FHC está fora da realidade, rebatem petistas


Parlamentares da bancada petista na Câmara rebateram nesta sexta-feira (18) declarações feitas à imprensa pelo ex-ministro da Educação do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), Paulo Renato Souza. Segundo os parlamentares, os dados que levaram o ex-ministro a afirmar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva investiu menos em educação do que governo FHC estão fora da realidade.

Os parlamentares apresentaram números que revelam que no último ano do governo FHC, em 2002, a União investiu apenas R$ 20 bilhões no setor. Em 2009, o governo Lula fechou o ano com investimento de mais de R$ 39 bilhões, quase o dobro do valor investido no último ano do governo demotucano.

A estimativa é de que o governo feche 2010 com investimentos da ordem de R$ 44,8 bilhões na educação. "Ao contrário do que disse Paulo Renato, queremos confrontar os dados do governo Lula com os do FHC não só na educação, mas também nas áreas de economia, social, trabalho e renda. Não temos nenhum medo deste confronto. Talvez o ex-ministro esteja com dados defasados da realidade, já que ele diz que a ex-ministra Dilma Rousseff ‘mente' quando diz que o governo FHC causou retrocesso para a educação brasileira", afirmou o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Paulo Renato disse que Dilma "mente e tem medo" de partir para a confrontação dos números quando o assunto gira em torno da comparação de investimentos na área de educação entre o governos FHC e Lula.

Questionado sobre a lei aprovada no governo FHC que impediu a construção de novas escolas técnicas no País, Paulo Renato justificou dizendo que o objetivo do governo era receber uma contrapartida do setor empresarial no custo da formação de novos profissionais. A referida lei, de maio de 1998, que provocou uma estagnação do ensino técnico no País, foi alterada logo no início do governo Lula. "O governo FHC partiu para o raciocínio de que o mercado dava conta de tudo, inclusive das escolas técnicas. Com isso, praticamente nenhuma nova escola técnica entrou em funcionamento do País em função desta lei. Uma política pública se mede pelo resultado. Neste caso, ficou claro que eles (o governo FHC) falharam", afirmou o parlamentar. Lula entregou 141 novas escolas técnicas. Outras 99 estão em construção e devem ficar prontas até o fim do ano.

Conquistas

O deputado Iran Barbosa (PT-SE) também estranhou as declarações do ex-ministro e ressaltou os avanços obtidos no governo Lula em todas as etapas da educação brasileira. "A educação evoluiu tanto no governo Lula que não há nem paralelos para comparar com a gestão FHC. Foi neste governo que conseguimos dobrar os investimentos para a educação brasileira. Criamos o piso salarial para os professores, incluímos a creche e a pré-escola gratuitas como obrigatórias e ampliamos o acesso ao ensino superior, por meio da expansão das universidades públicas e dos programas Universidade para Todos e o Financiamento Estudantil (Fies). Sem contar o ensino técnico, onde fizemos em oito anos o que fizeram em uma década", disse.

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, acusou na última quarta-feira (16) o ex-presidente FHC de ter assinado uma lei que "impediu que fossem criadas centenas de escolas no Brasil". Ao comentar a criação de escolas técnicas, a petista disse, em seu programa de rádio "Fala, Dilma", que o governo do tucano errou na formulação da lei voltada para esta área e que o governo Lula fez em oito anos "muito mais do que fizeram em cem anos".

Para Dilma, as escolas técnicas precisam não apenas ser construídas, mas também mantidas com ajuda do governo federal. Segundo a candidata, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma revolução no setor e "tirou o atraso".

Em relação às escolas técnicas, Dilma disse no programa que entre 1909 e 2003 foram construídas 140 escolas técnicas e que o PT em oito anos deixará 214 unidades. "De 2003 até o fim do desse ano, o governo do presidente Lula vai entregar 214 novas escolas. Portanto, nós fizemos, em oito anos, muito mais do que fizeram em cem anos", disse.

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