terça-feira, 22 de junho de 2010

Candidato apoiado pelo PSDB vai pedir votos para Dilma na Paraíba

Que coisa!Serra é um político tão rejeitado que um candidato a governador, apoiado pelo PSDB, não vai apoiá-lo.Só a mulher e as filhas aguentam esse Zé Serrágio.

'Minha candidata é Dilma Rousseff', diz o ex-prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho

Principais partidos que apoiam o tucano José Serra na disputa pelo Palácio do Planalto, o PSDB e o DEM formam na Paraíba uma aliança com o ex-prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho. Candidato ao governo pelo PSB, ele comporá uma chapa com Cássio Cunha Lima (PSDB) e Efraim Morais (DEM), que pretendem disputar o Senado.

Apesar de contar com o apoio de democratas e tucanos, Coutinho disse ao iG que sua candidata a presidente é Dilma Rousseff (PT). “Meu partido está bastante unido na condução e no apoio ao presidente Lula durante esses anos. Muito mais do que o PMDB”, disse o ex-prefeito. “Minha candidata é Dilma Rousseff.”

Na Paraíba, seu principal adversário é o peemedebista e atual governador, José Maranhão. Atualmente, ele tem o apoio do PT e, por conta disso, Coutinho resolveu se aliar ao DEM e ao PSDB. Porém, o ex-pregeito diz manter apoios no grupo petista liderado pelo deputado Luiz Couto (PT-PB). “O meu diálogo com o PT não precisa de tradutor. Não precisa de intérprete. Nós falamos a mesma linguagem”, disse.

O posicionamento do ex-prefeito deixa Serra numa situação delicada na Paraíba. Além de não ter candidato ao governo, a candidatura de Cássio ao Senado foi abalada com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de proibir a participação de políticos com ficha suja nesta eleição.

Em fevereiro de 2009, Cássio teve o mandato de governador cassado por abuso de poder econômico e político. Coutinho, porém, sai em defesa do tucano. “Ele já cumpriu o que devia. Cássio ficou três anos inelegível. Já passou o tempo”, disse. Leia a íntegra da entrevista.

iG - Quem é o seu candidato a presidente da República?

Ricardo Coutinho – Minha candidata é Dilma Rousseff.

iG - Mas a sua chapa é formada pelos candidatos a senador do PSDB e do DEM, partidos que apoiam o candidato José Serra (PSDB).

Coutinho - O povo sabe separar. Isso é natural. Também tenho o apoio do PV, da candidata Marina Silva.

iG – O senhor conseguiu garantir que Dilma vá seu palanque?

Coutinho – Isso foi acertado há muito tempo. O PSB tem uma aliança nacional com o PT. E grande parte do PT aqui na Paraíba me apoia. O deputado Luiz Couto, por exemplo, é a favor da nossa candidatura.

iG – Mas há algum risco de o senhor mudar de posição caso Dilma não vá a seu palanque? Ou seja, há alguma hipótese de o senhor pedir votos para Serra ou para Marina.

Coutinho – É claro que não. Eu não quero nem ventilar isso.

iG – Por que o senhor se sente mais identificado com a Dilma?

Coutinho – Primeiro porque o meu partido está bastante unido na condução e no apoio ao presidente Lula durante esses anos. Muito mais do que o PMDB. Segundo, porque, de certa forma, a minha história de militância é com o PT e com o presidente Lula. Eu participei da construção das candidaturas de Lula. Em terceiro lugar, porque o meu diálogo com o PT não precisa de tradutor. Não precisa de intérprete. Nós falamos a mesma linguagem.

iG – Mas não preferia ser o palanque único de Dilma na Paraíba?

Coutinho – Não acho ruim que outros apoiem. Não tenho essa visão. Não posso e não quero, em termos de candidatura presidencial, impedir o apoio de ninguém.

iG – Por exemplo, se a Marina Silva for a Paraíba pedir votos para o senhor não vai recusar?

Coutinho – Claro que não. O PV está dentro da nossa aliança. Marina está dentro do nosso campo.

iG – E o Serra?

Coutinho - Eu tenho o maior respeito por todos os candidatos. Não tenha a menor dúvida disso. Não faço política demonizando ninguém. A conjuntura que me coloca hoje me dá condições de ter uma candidatura apoiada por várias forças. Isso é bom, é positivo. Nós precisamos criar uma nova hegemonia política. Nossa hegemonia esgotou. O centro da disputa e da política com retrovisor não tem mais espaço. Isso só serve para quem está no poder.

iG – E o senhor já está afinado com o Cássio Cunha Lima? Não vê problema no fato de ele ter sido cassado?

Coutinho - Evidentemente ele já cumpriu o que devia. Cássio ficou três anos inelegível. Já passou o tempo. O documento que eu tenho do TSE me diz exatamente isso. Sem levar em conta o fato de ele ser aliado ou adversário, é óbvio que já cumpriu a pena. Não vejo muito problema. Eu tenho um programa

iG – Quais são suas principais propostas?

Coutinho – As coisas são muito concentradas na capital do Estado, em João Pessoa. É preciso olhar para a Paraíba como um todo. Eu proponho, em primeiro lugar, um choque de democracia. A oxigenação da Paraíba depende da capacidade de nós construirmos fóruns e espaços de participação da população. Em segundo lugar, preciso ter um novo ciclo de desenvolvimento. A Paraíba precisa repensar a sua economia e ampliar sua base de consumo. É uma campanha diferenciada, com ideias novas e não vou transformar algo que vai levantar quem tem processo. IG.

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