Na tentativa de forjar um escândalo contra o PT a Folha de S.Paulo publica hoje (17) com chamada na capa — "Embaixada dá 'tratamento VIP' a dirigente do PT" — e manchete de alto de pagina interna — "Embaixada dá tratamento VIP a 'autoridade' petista" — notícia sobre viagem a Paris, feita há mais de mês por Valter Pomar, do diretório nacional (DN) do PT.
Por José Dirceu, em seu blog
Por José Dirceu, em seu blog
A forçada de barra é tamanha que a notícia sobre a viagem de um mês atrás foi para o alto da página e ocupa-a quase integralmente. Já o encontro ontem da candidata ao Palácio do Planalto, ex-ministra Dilma Rousseff, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, vai para o pé da página em espaço infinitamente menor. (Leia entrevista de Dilma ao jornal Le Monde)
"Para a Folha, algo que não aconteceu há 30 dias é muito mais importante do que o encontro entre o presidente francês e a futura presidenta do Brasil", observa Valter Pomar num texto que encaminhou ao DN e à bancada federal petista. Resumo esse documento para transmitir a vocês leitores, as informações sobre essa nova tentativa do jornalão de montar outro escândalo contra o governo e o PT a 110 dias das eleições presidenciais.
Objetivo é lançar suspeitas sobre uso da máquina
"Não houve tratamento VIP, nem de autoridade" naquela sua permanência na capital francesa, afirma Pomar, alertando que isso se confirma, inclusive, em declaração publicada pelo jornal de funcionário da Embaixada do Brasil em Paris.
Pomar explica que o carro da Embaixada o apanhou no aeroporto, deixou-o no hotel e, depois, buscou-o no hotel e o levou até a estação ferroviária. "Ao contrário do que diz a Folha, na chamada de capa, eu não cumpri "agenda partidária com carro oficial". Todos os meus deslocamentos na capital francesa, para ir a reuniões com partidos amigos do PT e para uma reunião com o núcleo do PT, foram feitos de metrô", conta Pomar.
A Folha diz não ter conseguido confirmar se Pomar recebeu apoio das embaixadas brasileiras em Madri e Estocolmo, onde também esteve na mesma viagem. "Claro que não conseguiu confirmar, pois não existiu nada para ser confirmado", acentua Pomar..
"O espantoso — conclui ele — é que tanto eu, quanto as embaixadas em Madrid e Estocolmo, dissemos isto: que não houve (esse apoio). Eu expliquei detalhadamente para o senhor Leitão (o repórter Matheus Leitão) que não estive com ninguém das embaixadas do Brasil na Suécia e na Espanha. Mesmo assim a Folha diz que "não conseguiu confirmar". O propósito é claro: lançar suspeitas de uso da máquina."
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