Linha três, que apresentou problemas na terça-feira, opera 60% acima de sua capacidade, segundo o TCE
Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo - Dados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) de 2009 demonstram que o Metrô da capital paulista transporta um contingente de pessoas muito acima de sua capacidade. A Linha três - Vermelha, que faz a ligação entre as regiões Leste e Oeste da cidade, é a mais crítica, com movimentação de passageiros 60% acima do máximo projetado para o percurso.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Wagner Fajardo Pereira, com a superlotação do sistema, qualquer pequena avaria gera problema. "O sistema trabalha acima do limite da saturação", critica, em entrevista ao Jornal Brasil Atual.
No trajeto que liga as estações Palmeiras-Barra Funda à Corinthians Itaquera foi onde houve uma pane do Metrô na manhã da terça-feira (21). Foram prejudicadas 150 mil pessoas. Na noite de terça e na manhã desta quarta-feira (22), novos problemas técnicos atrasaram e paralisaram o sistema. De acordo com levantamento da liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), esta é a 12ª pane em 2010 e a 34ª desde dezembro de 2007.
O relatório de auditoria das contas do governo estadual elaborado pelo TCE indica que a linha movimenta diariamente 1,4 milhão de pessoas, o que equivale a 9,6 pessoas por metro quadrado. O máximo estipulado seria de seis pessoas.
Na Linha um - Azul, responsável pela interligação da zona norte com a zona sul, o índice é de 8,1 pessoas por metro quadrado, mas o máximo suportado é de seis, no mesmo espaço. Pelo trecho passam 1,4 milhão de passageiros diariamente.
A única linha que ainda opera em condições consideradas normais é a Linha dois - Verde que atende a região da avenida Paulista. O sistema suporta até seis pessoas por metro quadrado, mas transporta cinco nesse espaço, em média. O relatório não apresentou dados sobre a Linha cinco - Lilás.
Em agosto deste ano, o Metrô parou pelo menos cinco vezes e, em setembro, o sistema já passou por cinco panes antes do final do mês. Os dados também mostram que os problemas aumentam nos últimos meses do ano.
Para o líder do PT na Alesp, Antonio Mentor, as panes recorrentes no Metrô paulistano expõem a "fragilidade" do sistema.
Segundo versão da Companhia do Metropolitano, a pane inicial que convulsionou o Metrô na terça foi causado por uma blusa presa na porta de um dos trens em horário de pico.
Indenização
Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo - Dados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) de 2009 demonstram que o Metrô da capital paulista transporta um contingente de pessoas muito acima de sua capacidade. A Linha três - Vermelha, que faz a ligação entre as regiões Leste e Oeste da cidade, é a mais crítica, com movimentação de passageiros 60% acima do máximo projetado para o percurso.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Wagner Fajardo Pereira, com a superlotação do sistema, qualquer pequena avaria gera problema. "O sistema trabalha acima do limite da saturação", critica, em entrevista ao Jornal Brasil Atual.
No trajeto que liga as estações Palmeiras-Barra Funda à Corinthians Itaquera foi onde houve uma pane do Metrô na manhã da terça-feira (21). Foram prejudicadas 150 mil pessoas. Na noite de terça e na manhã desta quarta-feira (22), novos problemas técnicos atrasaram e paralisaram o sistema. De acordo com levantamento da liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), esta é a 12ª pane em 2010 e a 34ª desde dezembro de 2007.
O relatório de auditoria das contas do governo estadual elaborado pelo TCE indica que a linha movimenta diariamente 1,4 milhão de pessoas, o que equivale a 9,6 pessoas por metro quadrado. O máximo estipulado seria de seis pessoas.
Na Linha um - Azul, responsável pela interligação da zona norte com a zona sul, o índice é de 8,1 pessoas por metro quadrado, mas o máximo suportado é de seis, no mesmo espaço. Pelo trecho passam 1,4 milhão de passageiros diariamente.
A única linha que ainda opera em condições consideradas normais é a Linha dois - Verde que atende a região da avenida Paulista. O sistema suporta até seis pessoas por metro quadrado, mas transporta cinco nesse espaço, em média. O relatório não apresentou dados sobre a Linha cinco - Lilás.
Em agosto deste ano, o Metrô parou pelo menos cinco vezes e, em setembro, o sistema já passou por cinco panes antes do final do mês. Os dados também mostram que os problemas aumentam nos últimos meses do ano.
Para o líder do PT na Alesp, Antonio Mentor, as panes recorrentes no Metrô paulistano expõem a "fragilidade" do sistema.
Segundo versão da Companhia do Metropolitano, a pane inicial que convulsionou o Metrô na terça foi causado por uma blusa presa na porta de um dos trens em horário de pico.
Indenização
Usuários que se sentiram lesados pela paralisação do serviço na terça formaram uma associação para pleitear indenização por danos morais e materiais de até R$ 10 mil, informou a Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp).
A Acrimesp explicou, em nota, que o passageiro criador da associação, Marcos Faria, estava a caminho de uma entrevista de emprego e, com a paralisação, teria perdido a oportunidade de emprego. Para Faria, não é justo que a empresa fique impune.
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