domingo, 19 de setembro de 2010

Dilma diz que não toma nem cafezinho com Alvaro Dias


Eu aceitaria um convite para tomar café com Àlvaro Botox, mas levaria uma garrafinha com Baygon.

Fred Raposo, iG Brasília


A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ironizou na manhã deste domingo (19) o convite da oposição para depor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre as denúncias de esquema de tráfico de influência e pagamento de propina na Casa Civil.

Para Dilma, o requerimento, que será apresentado à CCJ na segunda-feira pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), é uma “tentativa de criar factóide”. “O convite do senador Alvaro Dias não aceito para tomar nem cafezinho”, disse a petista em entrevista coletiva. “O senador tem sistematicamente tentado atrapalhar as eleições".

A petista participou de carreata na cidade satélite de Ceilândia, a 40 Km de Brasília, com o candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Na entrevista, Dilma voltou a rebater denúncia de irregularidades em licitação realizada pelo Ministério da Saúde (MS), que teria envolvido suposto pagamento de propina a Vinícius Castro, ex-assessor jurídico da Casa Civil, segundo reportagem da revista “Veja”.

A candidata do PT disse que não nomeou Vinícius Castro - que assessorou a ex-ministra Erenice Guerra - para o cargo na Casa Civil. “Não nomeei esse senhor. Não o conhecia”, assinalou. Ela citou nota divulgada no sábado pelo MS, sobre a compra do remédio Tamiflu, usado para combater a gripe H1N1. “Achei muito estranha a reportagem. A Casa Civil não tem nada a ver com o processo licitatório do ministério”, reforçou.

O evento começou com 1h30 de atraso, às 10h30. Dilma participou por 40 minutos da carreata na traseira de um jipe, ao lado de Agnelo. Também estiveram presentes o candidato a vice na chapa de Agnelo, Tadeu Filippeli (PMDB-DF), e os candidatos ao Senado Cristovam Buarque (PDT-DF) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Antes de ir embora, a petista discursou por cinco minutos para militantes. Ela reforçou o tom de continuidade do governo Lula e disse que o presidente mandou "seu mais forte abraço" para Ceilândia. "Ele disse para mim 'Dilma, voce vai lá em Ceilândia? Pois saiba, Dilma, que em Ceilândia é que está o meu povo. O povo que é igual a mim, o povo que veio também como eu do Nordeste'".

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