segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Lula faz nova incursão com deputados para destravar reforma política


           
Lula faz nova incursão com deputados para destravar reforma política
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã desta segunda-feira (12), na capital paulista, com quatro deputados federais do PT e dirigentes da legenda para tratar da reforma política. O tema foi colocado pelo próprio Lula como uma de suas prioridades após a saída do governo. Uma nova reunião foi marcada para esta sexta-feira (16), também em São Paulo, com representantes de outros partidos da base governista, em busca de convergências sobre o tema, Também participou do encontro Nilmário Miranda, presidente da Fundação Perseu Abramo.


Na Câmara dos Deputados está marcada para o dia 21 de setembro sessão para discussão do relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS) na comissão especial sobre reforma política. O parecer defende, entre outras questões, o modelo de financiamento público de campanha e de voto proporcional misto – distribuição das cadeiras do Legislativo definidas pela votação dos partidos, e definição dos parlamentares por duas listas, uma ordenada de acordo com o resultado do pleito e outra pré-ordenada pelo partido.


O objetivo de Lula é buscar, já nesta sexta, identificar convergências entre as legendas aliadas do Palácio do Planalto para encaminhar as mudanças na legislação. A fórmula defendida pelo PT e por Fontana encontra resistência de outras legendas, tanto do governo como da oposição.

Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Lula, o encontro reuniu, além de Fontana e Nilmário Miranda, o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), Érika Kokay (DF) e Ricardo Berzoini (SP). O secretário-geral do PT, Elói Pietá, e os diretores do Instituto Lula, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci, também participaram.


Em abril e em maio, Lula teve encontros com petistas e membros de outros partidos governistas. A incursão atual de Lula deve prosseguir com representantes do PDT, PSB e PCdoB, além do próprio PT – todos componentes da base governista da presidenta Dilma Rousseff – já nesta sexta. Líderes do PMDB também devem ser procurados pelo ex-presidente.


Segundo Berzoini, a avaliação geral é de que é chegada a hora de construir entendimento com partidos aliados. A escolha dos três partidos para iniciar o diálogo definiu-se pelo diálogo acumulado desde antes da discussão da reforma política no Congresso. Com o PMDB, embora as conversas estejam estabelecidas, há claramente maior divergência, já que o partido do vice-presidente da República, Michel Temer, defende o "distritão" – modelo em que são eleitos para o Legislativo os candidatos mais votados, sem qualquer recorte ou coeficiente de partidos.


"Estamos trabalhando menos para defender uma posição, mas em uma visão de médio e longo prazos", define Berzoini. "A partir do relatório do Fontana, a questão é como viabilizar que essas diretrizes se convertam em posição majoritária dentro da comissão e, depois, no Congresso Nacional."

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