Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, reassumiu nesta terça-feira (23) seu mandato de vereador do Rio de Janeiro sem pompa nem circunstância: foi em um bate-papo com o presidente da Câmara Jorge Felippe num dos corredores da Casa.
Deco, que responde a processo no qual é acusado de pertencer à milícia em Jacarepaguá, prometeu voltar nesta quata-feira (24) para sessão em plenário a partir das 14h.
Libertado da prisão por força de habeas corpus, concedido pelo  ministro Marcou Aurélio, do STF, semana passada, Deco receberá por dois meses de trabalho até o fim do ano, quando acaba seu mandato, cerca de R$ 300 mil em salários, verbas de gabinete, auxílio paletó e 20 assessores.
A vereadora Márcia Teixeira (PR), suplente de Deco, soube que perdeu o mandato através de recado da secretária da presidência. “Acho um absurdo me mandar um recado. Fui lá cobrar e o presidente me disse que sentia muito e sorriu sem graça”, lamentou Márcia.
Presidente não quis comentar a situação
Semana passada, como O DIA publicou, a presidência da Câmara admitiu que estava “de mãos atadas” e não poderia impedir a volta de Deco — ele não teve o mandato cassado.
Em resposta aos questionamentos da vereadora Andrea Gouvêa Vieira, Jorge Felippe argumentou que um vereador preso sem a sentença ter transitado em julgado — quando se esgotam os recursos — está na mesma situação de outro que se afaste para exercer cargo público.
A lista de assinaturas para cassar Deco já conta com 12 nomes dos 23 necessários. A medida, porém, deverá ser inútil, pois o prazo para o processo correr na Comissão de Ética da Câmara é maior que o tempo restante de mandato.
Moradores de comunidades da Praça Seca, em Jacarepaguá, onde Deco tem seu reduto eleitoral, ligaram nesta terça-feira para o gabinete da vereadora Andrea Gouvea Vieira denunciando ameaças e com medo da volta de Deco à Chacrinha, Bateau Mouche e Mato Alto.
As ligações, anônimas, também informaram que houve fogos de artifício quando circulou pela região a informação de que Deco estava na Câmara.
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Fonte: O Dia