sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Com rejeição de 52%, só um milagre salva José Serra

 
 
 
 
 
O Zé Kit Gay é mais rejeitado que carne de porco em hospital.
 
 
A vantagem de Haddad (PT) sobre Serra (PSDB) no segundo turno encontra equivalências em eleições anteriores. Diferenças que variam de 16 a 21 pontos percentuais entre os finalistas a dez dias do pleito foram observadas em quatro das cinco eleições definidas em segundo turno na capital. A exceção ocorreu em 2004, quando, no mesmo período, Serra liderava com 10 pontos sobre Marta (PT).
 
 
Em todas essas eleições quem estava na frente, nessa mesma época, foi eleito. Maluf (PDS) em 1992 tinha 18 pontos de vantagem sobre Eduardo Suplicy (PT). Pitta (PPB) abriu 21 pontos sobre Erundina (PT) em 1996. Em 2000 Marta conseguia 19 pontos sobre Maluf. E em 2008 Kassab (DEM) alcançava 16 pontos sobre a petista.
 
 
Pelos dados, o desafio de Serra não é fácil. Apesar da taxa elevada de indecisos e de um percentual razoável de eleitores que cogitam mudar o voto, o potencial de captação do tucano é reduzido por sua alta rejeição: 52% dos paulistanos dizem que não votariam de jeito nenhum em Serra e 88% querem um governo diferente do de Kassab.
 
 
A liderança de Haddad reflete essa reprovação, essa insatisfação do paulistano com sua cidade. Como revelou o projeto DNA paulistano, dos 96 distritos da capital, apenas oito receberam notas maiores do que em 2008.
 
 
Quando se cruza a intenção de voto pelo conjunto de bairros que ficam acima ou abaixo da média de satisfação, o resultado explica o cenário eleitoral. Nos bairros de notas mais elevadas, Serra vai a 45% a 38% de Haddad. Nos distritos abaixo da média de satisfação, o petista chega a 56% contra 24% do tucano.
 
 
Temas que não atendam às demandas dos bairros pouca influência terão no desfecho da disputa. Os debates e as propagandas oficiais são espaços privilegiados para responder à opinião pública. É atribuição de quem se pretende representante ouvir o que os representados têm a dizer.Uol.

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