Justiça sequestra R$ 81 milhões de Cachoeira e aliados
Em substituição na 11ª Vara da Justiça Federal em Goiás, Alderico Rocha Santos acolhe pedido do MPF-GO e determina o sequestro de sete veículos, 50 apartamentos, casas e salas comerciais, 30 lotes e terrenos, 12 fazendas e chácaras, três prédios, um avião e ativos financeiros de 21 pessoas físicas e jurídicas; em nome de Andressa, Fazenda Santa Maria, gleba de 16 hectares na zona urbana do Distrito Federal, está avaliada em R$ 20 milhões
Goiás247_ Carlinhos Cachoeira e seus aliados, além de sua mulher, Andressa Mendonça, continuam a enfrentar problemas com a Justiça relacionados ao patrimônio milionário que o grupo amealhou ao longo dos anos. Reportagem do jornal O Popular, de Goiânia, mostra que o juiz federal Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Criminal de Goiânia, determinou o sequestro e o arresto de bens de 21 pessoas físicas e jurídicas ligadas ao contraventor. Os bens apreendidos já avaliados somam R$ 81 milhões. O destaque é uma fazenda que em nome de Andressa, situada no Entorno do DF e que está avaliada em R$ 20 milhões. Há também uma aeronave no nome da ex-esposa de Cachoeira, André Aprígio de Souza, avaliada em R$ 750 mil. (Confira
aqui a reportagem de O Popular – para assinantes)
Em nome de Cachoeira foi sequestrada a sua casa no condomínio de luxo Alphaville. O imóvel custa cerca de R$ 1,5 milhão. O patrimônio de Cachoeira impressiona e dá inveja em muito empresário. De acordo com a reportagem de O Popular são sete veículos, 50 apartamentos, casas e salas comerciais; 30 lotes e terrenos; 12 fazendas chácaras e similares, três prédios e um avião.
Esse o segundo sequestro de bens feito pela Justiça Federal na Operação Monte Carlo, a pedido do Mnistério Público Federal. O primeiro, em menor volume, foi por crimes relacionados a corrupção. Desta vez, os crimes são de lavagem de dinheiro. Entre os bens bloqueados anteriormente pela Justiça, parte já havia sido liberada por decisão do desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
A reportagem do jornal informa que todos os bens sequestrados, cujos proprietários continuarão como fieis depositários para evitar degradação, serão alvo de nova avaliação. O juiz também determinou o sequestro e a indisponibilidade dos ativos financeiros (aplicações financeiras, depósitos, créditos, títulos, valores mobiliários, ações, moeda estrangeira) da empresa Alberto e Pantoja Construções, que seria usada por Cachoeira para lavagem de dinheiro, e em instituições financeiras, no valor superior a R$ 20 mil. O dinheiro apurado deve ser depositado em conta à disposição da 11ª Vara Criminal.
Irmãos
Segundo O Popular, os irmãos de Cachoeira, Marcos Antônio de Almeida Ramos e Paulo Roberto de Almeida Ramos, além do sobrinho do contraventor, Thiago de Almeida Ramos, também tiveram bens imóveis sequestrados. Thiago tem imóveis no valor de R$ 1,6 milhão.
Na sentença, o juiz Alderico Rocha Santos afirma que, no caso, tratam-se de crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, contrabando), além de o grupo ser considerado uma organização criminosa. Ele argumenta ainda que o bem protegido na lavagem de dinheiro é distinto daqueles concernentes aos delitos antecedentes, face à autonomia do crime de lavagem.
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