terça-feira, 9 de outubro de 2012

Serra, a educação, os nordestinos, a massa cheirosa e o panetone de Arruda




Em 2006, quando foi candidato a governador de São Paulo, José Serra (PSDB) (cargo que abandonou para se candidatar a presidência),deu entrevista ao jornalista Chico Pinheiro, na Globo de São Paulo. O entrevistador perguntou como o então candidato --atual candidato a prefeito agora-- explicava as notas baixas das escolas públicas de São Paulo – estado que os tucanos controlam há mais de 16 anos.
 
 
 
A resposta de Serra foi taxativa: a culpa é dos migrantes. "Diferentemente dos Estados do Sul que foram os primeiros colocados na avaliação, São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando... Este é um problema", afirmou Serra na ocasião. Com a péssima repercussão da entrevista --principalmente entre os nordestinos, que são a maior parte dos migrantes que vivem em São Paulo-- o governador tentou consertar a declaração e passou a elencar inúmeros fatores que também contribuíam para o péssimo desempenho da educação conduzida pelo governo do Estado.
 
 
Mesmo depois de ter assumido o governo de São Paulo, onde ficou por pouco tempo, a gestão Serra não encontrou os reais motivos para os problemas da educação e, se encontrou, não tomou providências pois o Enem continua mostrando que a situação educacional vai de mal a pior no maior e mais rico estado da federação. Ou seja, para Serra, o problema da má qualidade da educação em São Paulo é o Nordeste. Além de preconceituosa, a avaliação é equivocada. Um nordestino não é mais burro do que um paulista. Só é mais pobre. E para crianças pobres o que São Paulo oferece são escolas públicas indigentes. Um problema que não vai ser resolvido apenas colocando dois professores em cada sala de aula, como prometeu Serra.Os Amigos do Presidente Lula

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