segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Os bastidores da incrível história do filho de FHC que não é filho de FHC (ou quando todos erramos juntos)

O motivo desta postagem é mostrar a certos imbecis que aqui entram para escrever merda que FHC também se amancebou com uma jornalista da TV Globo.Pior: levou um belo par de chifre de Mriam Dutra.

 
FHC e um equívoco que durou 19 anos
 
 
No início de 1994, quando o então presidente Itamar Franco indicou como sucessor seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, Brasília passou a respirar dilemas. Que tratamento FHC daria, na campanha eleitoral, à história do filho que tivera fora do casamento? A imprensa devia ou não divulgar a história? E se algum adversário de Fernando Henrique abordasse o assunto na TV, ao vivo, num debate eleitoral?
 
 
Já naquele ano, na capital federal, até os paralelepípedos da Praça dos Três Poderes sabiam que Fernando Henrique era pai de Tomás, de 2 anos, filho da jornalista Miriam Dutra, da TV Globo. Mirian revelara o caso para amigos, e a história se espalhara. Enquanto FHC foi senador e ministro (Relações Exteriores e depois Fazenda), todos consideraram o assunto como sendo da esfera privada, mas na condição de candidato a presidente a coisa mudava de figura.
 
 
Não foi fácil para FHC. Ele se preparou para a eventualidade de, na campanha, ser obrigado a falar em público sobre caso. Pior: sua mulher, a antropóloga Ruth Cardoso, foi obrigada a fazer o mesmo.
 
 
As redações também se mexeram. Com receio de serem furados pela concorrência, os principais jornais e revistas do país mandaram repórteres à rua para fazer a reportagem do filho de FHC. Porém, nenhum deles publicou a história.
 
 
A apuração era apenas de uma medida profilática. A assessoria de Fernando Henrique havia costurado um pacto com os donos dos maiores meios de comunicação para garantir o silêncio durante a campanha. Um pacto que, a princípio, parecia ter dado certo. Além de nenhum veículo de comunicação ter dado a história, os adversários de FHC, por sua vez, evitaram abordar o tema durante o período da eleição.
 
 
No início de 1995, eleito presidente, FHC levou consigo os dilemas para o Palácio do Planalto. E eles haviam crescido.
 
 
Para proteger FHC, a TV Globo transferiu Miriam Dutra para Portugal. Foi a forma encontrada para “esconder” o problema do presidente da República, já que Lisboa era – e continua sendo – uma praça que gerava pouca notícia. Assim, Miriam Dutra sumiu de cena e da telinha.
 
 
A operação, contudo, deixou ainda mais evidente que Fernando Henrique tinha um calcanhar de Aquiles.
 
 
Alguns jornalistas de Brasília – e eu me incluo entre eles – passaram as pressionar as chefias para dar a reportagem do filho do presidente. O argumento era simples: como o presidente da República estava sendo socorrido pela TV Globo (uma empresa privada que detém concessões públicas), o caso tinha saído da esfera privada e evoluíra para uma perigosa ação entre amigos. Uma coisa era o cidadão Fernando Henrique Cardoso ter um filho fora do casamento, outra era o presidente da República socorrer-se com a maior TV do país para resolver um delicado problema pessoal.
 
 
As pressões foram em vão. A grande imprensa se recusava a dar a história do filho de FHC.
 
 
Em abril do ano 2000, segundo ano do segundo mandato de Fernando Henrique, o silêncio foi quebrado pela revista Caros Amigos. “Por que a imprensa esconde o filho de 8 anos de FHC com a jornalista da Globo” era o título de uma matéria de capa assinada por Palmério Dória, João Rocha, Marina Amaral, Mylton Severiano, José Arbex Jr. e Sérgio de Souza. Um repórter da revista localizou Miriam Dutra na Espanha, para onde ela havia sido transferida, e conversou rapidamente com ela. “Eu não vou falar nada sobre essa história”, disse Miriam ao jornalista de Caros Amigos. “Eu não sou uma pessoa pública. Se vocês têm algo para perguntar, não é para mim. Perguntem para a pessoa pública”, afirmou ela.
 
 
Nenhum grande jornal, revista ou TV repercutiu a reportagem de Caros Amigos.
 
 
Em 2003, FHC deixou a Presidência. E a história do filho parecia ter voltado para a esfera privada.
 
 
Em 2009, contudo, um ano após a morte de Ruth Cardoso, Fernando Henrique reconheceu a paternidade de Tomás, conforme noticiou em primeira mão a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. O caso então passou a ser tratado abertamente na imprensa. O tabu não existia mais.
 
 
Na semana passada, uma nova reviravolta. A coluna Radar, da Veja, informou que, pressionados por filhos que FHC tiveram com Ruth Cardoso, o ex-presidente e Tomás, hoje com 19 anos, finalmente se dispuseram a fazer um teste de DNA. O primeiro exame deu negativo. O segundo, também. Para espanto de todos, inclusive de ambos, Fernando Henrique não é o pai de Tomás.
 
 
Todos, sem exceção, estávamos errados.
 
 
Fonte:Blog do Lucas Figueiredo

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