PALMÉRIO DORIA
De Gustavo para Gustavo, futurólogos do passado ensinam o caminho das pedras
Gustavo Patu, da Folha, gosta da companhia de Gustavo Franco. Problema dele. O problema passa a ser nosso quando tenta vender Gustavo Franco como homem credenciado a apontar opções de saída para o Brasil em meio à crise mundial.
Um resumo da carreira do eminente pensador com matriz e filial no coração de Gustavo Patu:
Todos lembram que, com Gustavo Franco à frente do BC, havia uma festa de consumo de importados, viagens anuais a Miami e à Disney, com o real tão valioso quanto o dólar. Franco, homem forte do governo e teórico mor até janeiro de 1999, estava por trás da mágica.
Mesmo quando o país já havia perdido US$ 40 bilhões de suas reservas, seguia nessa política no Banco Central, junto com Malan na Fazenda. Os dois também trabalharam para Fernando Collor. Coincidência? Deixa pra lá. Isso é outra história.
Ao deixar o governo em 2000, foi para a empresa Rio Bravo oferecer consultoria para os gringos interessados na privataria. Ninguém pode negar: Gustavo é homem de visão. Planta aqui e recebe ali. Tudo dentro da maior legalidade.
Já disse que Gustavo Patu considera Gustavo Franco o homem certo para dar o caminho das pedras. Não é só ele. Veja e o grosso da mídia o trata como iluminado. Veja, como se sabe, é aquela revista que tem outro iluminado como colunista: Maílson da Nóbrega, um dos recordistas mundiais de inflação.
Bom. Confesso que também tenho os meus heróis. Um deles é Mauro Santayana. Aquele que me deu uma luz sobre gente como Gustavo Franco: "Se ainda continuam aqui é porque é mais fácil ganhar o dinheiro que investirão em sua pátria de escolha."
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