Em entrevista ao 247, líder do PT na Câmara e presidente da comissão mista que aprecia a MP 579 diz que acredita em decisão política para a não adesão de São Paulo, Minas Gerais e Paraná no pacto nacional pela redução da tarifa da energia; para Jilmar Tatto, o mesmo PSDB que prega aproximação com o povo "se articula para ferrar com o povo"
¶Gisele Federicce _247 – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, acredita que houve uma "articulação política" para que os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná não aceitassem a adesão integral aos contratos de renovação das concessões de energia elétrica. "Os estados que o PSDB governa são justamente os que não concordaram com a proposta", declarou ao
Brasil 247.
"No momento em que o PSDB diz que precisa se aproximar do povo, esses mesmos líderes se articulam para ferrar com o povo brasileiro", afirmou Jilmar Tatto, que é presidente da comissão mista que aprecia a Medida Provisória 579 no Congresso. De acordo com ele, a "cara do PSDB" é justamente "a cara dos mais abastados, que ganham mais dinheiro". Por essa razão, defende o líder petista, "o povo acredita cada vez mais no PT".
Segundo o deputado, a presidente Dilma Rousseff tem feito um grande esforço para baixar a energia, uma das mais caras do mundo, lembra o deputado, mas a decisão das estatais Cesp, Cemig e Copel veio no sentido de prejudicar a indústria e o povo brasileiro. Além das três, confirmaram posteriormente a não renovação as estatais de Goiás (Celg) e de Santa Catarina (Celesc). "Uma maneira elitista que o PSDB tem de pensar o Brasil e por isso não tem a confiança do povo, tendo cada vez menos votos nas eleições".
Como presidente da comissão do Congresso, o deputado afirma que haverá um esforço conjunto para votar a MP na terça ou na quarta-feira da próxima semana. "Todo nosso esforço é no sentido de manter o desconto prometido inicialmente, de 20%. Faremos esse esforço junto à comissão e acompanharemos também juto à oposição", concluiu.
Em reunião nesta quarta-feira 5, Jilmar Tatto afirmou que a edição do Diário Oficial desta quinta publicará a relação das emendas que foram inadmitidas. A publicação abre prazo de 24 horas para a interposição de recursos pelos parlamentares. Na próxima terça, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentará seu relatório, quando começará a ser contado o prazo para apresentação e votação de destaques.
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