Vereador Sandro Silva sofre novo desgaste
Sergio Sestrem
Do lado de dentro da Câmara de Vereadores, o presidente da Casa, Sandro Silva (PPS) proibiu que a imprensa e a comunidade participassem da reunião na tarde da última sexta-feira que confirmou a licitação para o aluguel de 22 veículos (um Prisma para cada vereador, uma Meriva para o presidente e mais carros reservas) ao custo de R$ 298 mil anuais. Do lado de fora, o advogado Ismael Alves dos Santos fez questão de manifestar sua indignação com o que classificou como uma tremenda imoralidade patrocinada pelo vereador.
Com uma faixa que estampava a mensagem: "Empresários usam carros comprados ou alugados com recursos próprios. Vereadores querem o mesmo benefício com o dinheiro do povo, o advogado falou que se sentiu indignado como cidadão. "Queria reunir as pessoas e bater panela em frente a Câmara de Vereadores. Queria lembrar aos vereadores que em Joinville teve familias que perderam tudo com as enchentes, que vão ter que recomeçar do zero e não terão as regalias que eles estão se autoconcedendo", justificou o advogado.
"O Sandro comparou um vereador com um executivo de uma empresa. Eles não são administradores. Eles têm que fazer leis que beneficiem a população, e não administrar em causa própria", continuou.
"Me senti indignado e lesado como cidadão. Afinal uma coisa é você gozar de privilégios com o seu próprio dinheiro. Outra coisa é você fazer uso do dinheiro público. Na verdade o homem público é o guardião da coisa pública. O guardião não esbanja, ele não gasta desnecessariamente, ele não usurpa. Ele cuida", arremata.
O advogado Ismael Alves dos Santos pensa em reunir o maior número de adesão para, aí sim, segundo ele, tentar impedir que essa "barbaridade" siga adiante. "Minha idéia é mobilizar a sociedade. Se eu tiver apoio para que esta mobilização tenha bom eco, eu pretendo encampar uma ação civil pública para anular esta licitação", prometeu.
Levando em consideração que o próprio Ministério Público Estadual dispõe de apenas um veículo para um quadro de 17 promotores, o advogado entende que cinco veículos seriam suficientes. "Cinco veículos para 19 vereadores, dá quatro vereadores por veículo", calcula. "Claro que eles não ficam em serviço externo o tempo todo e a semana toda. Eles poderiam fazer um rodízio de quatro vereadores por dia, com veículo próprio. Manutenção de carro popular é a coisa mais simples do mundo", analisa o advogado.
Bancada do PT não aceitará carros
A bancada do PT na Câmara de Vereadores foi a única que fechou questão sobre a contraditória iniciativa patrocinada pela presidência da Câmara de manter a licitação de 22 veículos ao custo de R$ 300 mil anuais. Nenhum dos quatro vereadores vai aceitar os carros novos que serão alugados.
"Decidimos pelo não aluguel dos veículos por entendermos que o momento que a cidade está passando é de muita dificuldade, com o povo mais humilde ainda sofrendo as consequências das enchentes e agora com o hospital municipal sobrecarregado", explicava ao fim da reunião o vereador Manoel Francisco Bento.
O petista criticou a manutenção do gasto mensal com o aluguel de veículos e comparou a polêmica atual com a própria construção da sede da Câmara, inaugurada em agosto de 2006. Antes disso, a o Legislativo gastava cerca de R$ 12,4 mil mensais com aluguel de três pavimentos no prédio central do Banco do Brasil. "Na época o discurso usado para a construção da nova Câmara era a economia. Por que esse discurso não foi usado agora pelo presidente?", questionou o vereador.
O vereador também estranhou o fato de o presidente da Câmara, Sandro Silva (PPS) convocar os vereadores para decidir sobre a licitação dos veículos. "Isso é prerrogativa do presidente, que ganha – além dos R$ 8,7 um adicional de aproximadamente R$ 4 mil para administrar a casa", lembra. "Na verdade, o que ele quis foi apenas tentar dividir o desgaste com os demais vereadores. A decisão apoiada pelos vereadores da oposição já estava tomada", completou.
Sergio Sestrem
Do lado de dentro da Câmara de Vereadores, o presidente da Casa, Sandro Silva (PPS) proibiu que a imprensa e a comunidade participassem da reunião na tarde da última sexta-feira que confirmou a licitação para o aluguel de 22 veículos (um Prisma para cada vereador, uma Meriva para o presidente e mais carros reservas) ao custo de R$ 298 mil anuais. Do lado de fora, o advogado Ismael Alves dos Santos fez questão de manifestar sua indignação com o que classificou como uma tremenda imoralidade patrocinada pelo vereador.
Com uma faixa que estampava a mensagem: "Empresários usam carros comprados ou alugados com recursos próprios. Vereadores querem o mesmo benefício com o dinheiro do povo, o advogado falou que se sentiu indignado como cidadão. "Queria reunir as pessoas e bater panela em frente a Câmara de Vereadores. Queria lembrar aos vereadores que em Joinville teve familias que perderam tudo com as enchentes, que vão ter que recomeçar do zero e não terão as regalias que eles estão se autoconcedendo", justificou o advogado.
"O Sandro comparou um vereador com um executivo de uma empresa. Eles não são administradores. Eles têm que fazer leis que beneficiem a população, e não administrar em causa própria", continuou.
"Me senti indignado e lesado como cidadão. Afinal uma coisa é você gozar de privilégios com o seu próprio dinheiro. Outra coisa é você fazer uso do dinheiro público. Na verdade o homem público é o guardião da coisa pública. O guardião não esbanja, ele não gasta desnecessariamente, ele não usurpa. Ele cuida", arremata.
O advogado Ismael Alves dos Santos pensa em reunir o maior número de adesão para, aí sim, segundo ele, tentar impedir que essa "barbaridade" siga adiante. "Minha idéia é mobilizar a sociedade. Se eu tiver apoio para que esta mobilização tenha bom eco, eu pretendo encampar uma ação civil pública para anular esta licitação", prometeu.
Levando em consideração que o próprio Ministério Público Estadual dispõe de apenas um veículo para um quadro de 17 promotores, o advogado entende que cinco veículos seriam suficientes. "Cinco veículos para 19 vereadores, dá quatro vereadores por veículo", calcula. "Claro que eles não ficam em serviço externo o tempo todo e a semana toda. Eles poderiam fazer um rodízio de quatro vereadores por dia, com veículo próprio. Manutenção de carro popular é a coisa mais simples do mundo", analisa o advogado.
Bancada do PT não aceitará carros
A bancada do PT na Câmara de Vereadores foi a única que fechou questão sobre a contraditória iniciativa patrocinada pela presidência da Câmara de manter a licitação de 22 veículos ao custo de R$ 300 mil anuais. Nenhum dos quatro vereadores vai aceitar os carros novos que serão alugados.
"Decidimos pelo não aluguel dos veículos por entendermos que o momento que a cidade está passando é de muita dificuldade, com o povo mais humilde ainda sofrendo as consequências das enchentes e agora com o hospital municipal sobrecarregado", explicava ao fim da reunião o vereador Manoel Francisco Bento.
O petista criticou a manutenção do gasto mensal com o aluguel de veículos e comparou a polêmica atual com a própria construção da sede da Câmara, inaugurada em agosto de 2006. Antes disso, a o Legislativo gastava cerca de R$ 12,4 mil mensais com aluguel de três pavimentos no prédio central do Banco do Brasil. "Na época o discurso usado para a construção da nova Câmara era a economia. Por que esse discurso não foi usado agora pelo presidente?", questionou o vereador.
O vereador também estranhou o fato de o presidente da Câmara, Sandro Silva (PPS) convocar os vereadores para decidir sobre a licitação dos veículos. "Isso é prerrogativa do presidente, que ganha – além dos R$ 8,7 um adicional de aproximadamente R$ 4 mil para administrar a casa", lembra. "Na verdade, o que ele quis foi apenas tentar dividir o desgaste com os demais vereadores. A decisão apoiada pelos vereadores da oposição já estava tomada", completou.
Gazeta de Joinville.
Comentário.
Como se vê, os políticos do PPS de Roberto Freire, o guardião da honestidade e da contenção de gastos públicos, agora deram para fazer cortesia com chapéu alheio.
Um comentário:
Terror, saudações pernambucanas! Para piorar a situação do nosso conterrâneo, braço direito do tucanato-demista, deu no blog "Amigos do Presidente Lula" que o ex-comunista recebe R$ 12 mil dos conselhos administrativos da EMURB-SP e SP TURIS... Por indicação do Kassab.... Ele pode ser do Conselho Administrativo de São Paulo em Recife? Tem até defesa da Soninha - Ex-candidata a prefeita pelo PPS - nos comentários do Blog!
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