Pior da crise passou e País acelera no 2º semestre, diz Mantega
Segundo ministro, os impactos da recessão foram registrados basicamente no quarto trimestre do ano passado
Agência Estado
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira, 13, que "o pior dos efeitos da crise mundial sobre o Brasil já passou". Segundo Mantega, os impactos da recessão foram registrados basicamente no quarto trimestre do ano passado, provocados em boa parte pela abrupta retração do crédito internacional, o que também afetou o sistema financeiro nacional.
De acordo com o ministro, a economia apresenta um desempenho melhor do que o registrado nos últimos três meses do ano passado. "Eu acredito que gradualmente o País vai recuperando o seu dinamismo. Mas só no segundo semestre vai acelerar", comentou.
Mantega ressaltou que o Brasil vai crescer em 2009 e classificou como pessimistas as avaliações de alguns analistas, segundo as quais o País não apresentará crescimento este ano. O ministro ressaltou que o governo continua trabalhando com a meta de expansão do PIB de 4%.
Em palestra para 300 dirigentes de companhias no seminário Lide/Abap, em São Paulo, Mantega chegou a afirmar que o país deve crescer acima de 3% este ano. Ele tomou como referência o piso de expansão real da Nestlé para o Brasil, segundo o presidente da companhia no país, Ivan Zurita.
O ministro também afirmou que já há indicadores de antecedentes da indústria que apresentaram resultados favoráveis em fevereiro, mas não detalhou quais eram tais índices.
'Coragem e ousadia'
O ministro instou os empresários a terem "ousadia e coragem" para que o País saia ainda mais forte da crise do que quando entrou. "O Brasil está em condições muito melhores do que as economias mundiais. Temos de aproveitar essas vantagens que dão maior solidez e não nos intimar. Temos de ser ousados na crise e sair dela ainda mais fortes de quando entramos", comentou.
O ministro pediu para que a sociedade, especialmente os dirigentes de companhias e trabalhadores, evite o que chamou de "armadilha da parcimônia". "Numa situação de crise, pode haver uma reação dos empresários de postergar os investimentos, ficar com caixa alto e observar sem se expor a riscos. Se todos agirem assim, vamos de fato desacelerar a economia", afirmou. "O mesmo vale para o consumidor. Se ele tomar uma atitude parcimoniosa de excessiva prudência, como postergar contas da casa própria e de eletrodomésticos, ele estará contribuindo para a crise. Mas acredito que o setor privado, os consumidores e o governo vão trabalhar junto na direção contrária, que é fazer a economia crescer", completou.
O empresário Abílio Diniz, presidente do grupo Pão de Açúcar, fez um discurso muito harmonioso de que a sociedade deve continuar investindo e consumindo para evitar um desaquecimento intenso da economia. "É preciso, sobretudo neste momento, confiança no País, investimento e garantia de emprego", comentou. Segundo o empresário, os agentes econômicos são movidos principalmente por expectativas relativas às perspectivas da economia, e não por fatos já consumados. "Precisamos continuar acreditando no Brasil e manter nossos projetos de expansão, pois, ao final da crise, o País vai se mostrar com fundamentos macroeconômicos muito mais sólidos do que os atuais, tornando-se uma das nações mais favoráveis para investimentos."
Mantega ressaltou que o País crescerá de acordo com o empenho da sociedade para que supere a crise e avance em desenvolvimento econômico e social. Ele afirmou que o governo trabalha com a meta de expansão do PIB de 4%, mas reconheceu que uma parte expressiva do incremento da economia doméstica nos próximos trimestres dependerá do sucesso dos governos dos países desenvolvidos, sobretudo dos EUA.
"Se o presidente (Barack) Obama conseguir dar uma resposta objetiva em relação aos créditos imobiliários e ativos tóxicos, nós poderemos acelerar a resolução dessa crise. E nós esperamos que ele o faça", afirmou o ministro. "Rezamos, torcemos para o presidente Obama e o secretário do Tesouro (dos Estados Unidos), para acelerar a resolução. E aí será mais fácil para (avançar) o comércio internacional e retomar o crescimento da economia global."
Agência Estado
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira, 13, que "o pior dos efeitos da crise mundial sobre o Brasil já passou". Segundo Mantega, os impactos da recessão foram registrados basicamente no quarto trimestre do ano passado, provocados em boa parte pela abrupta retração do crédito internacional, o que também afetou o sistema financeiro nacional.
De acordo com o ministro, a economia apresenta um desempenho melhor do que o registrado nos últimos três meses do ano passado. "Eu acredito que gradualmente o País vai recuperando o seu dinamismo. Mas só no segundo semestre vai acelerar", comentou.
Mantega ressaltou que o Brasil vai crescer em 2009 e classificou como pessimistas as avaliações de alguns analistas, segundo as quais o País não apresentará crescimento este ano. O ministro ressaltou que o governo continua trabalhando com a meta de expansão do PIB de 4%.
Em palestra para 300 dirigentes de companhias no seminário Lide/Abap, em São Paulo, Mantega chegou a afirmar que o país deve crescer acima de 3% este ano. Ele tomou como referência o piso de expansão real da Nestlé para o Brasil, segundo o presidente da companhia no país, Ivan Zurita.
O ministro também afirmou que já há indicadores de antecedentes da indústria que apresentaram resultados favoráveis em fevereiro, mas não detalhou quais eram tais índices.
'Coragem e ousadia'
O ministro instou os empresários a terem "ousadia e coragem" para que o País saia ainda mais forte da crise do que quando entrou. "O Brasil está em condições muito melhores do que as economias mundiais. Temos de aproveitar essas vantagens que dão maior solidez e não nos intimar. Temos de ser ousados na crise e sair dela ainda mais fortes de quando entramos", comentou.
O ministro pediu para que a sociedade, especialmente os dirigentes de companhias e trabalhadores, evite o que chamou de "armadilha da parcimônia". "Numa situação de crise, pode haver uma reação dos empresários de postergar os investimentos, ficar com caixa alto e observar sem se expor a riscos. Se todos agirem assim, vamos de fato desacelerar a economia", afirmou. "O mesmo vale para o consumidor. Se ele tomar uma atitude parcimoniosa de excessiva prudência, como postergar contas da casa própria e de eletrodomésticos, ele estará contribuindo para a crise. Mas acredito que o setor privado, os consumidores e o governo vão trabalhar junto na direção contrária, que é fazer a economia crescer", completou.
O empresário Abílio Diniz, presidente do grupo Pão de Açúcar, fez um discurso muito harmonioso de que a sociedade deve continuar investindo e consumindo para evitar um desaquecimento intenso da economia. "É preciso, sobretudo neste momento, confiança no País, investimento e garantia de emprego", comentou. Segundo o empresário, os agentes econômicos são movidos principalmente por expectativas relativas às perspectivas da economia, e não por fatos já consumados. "Precisamos continuar acreditando no Brasil e manter nossos projetos de expansão, pois, ao final da crise, o País vai se mostrar com fundamentos macroeconômicos muito mais sólidos do que os atuais, tornando-se uma das nações mais favoráveis para investimentos."
Mantega ressaltou que o País crescerá de acordo com o empenho da sociedade para que supere a crise e avance em desenvolvimento econômico e social. Ele afirmou que o governo trabalha com a meta de expansão do PIB de 4%, mas reconheceu que uma parte expressiva do incremento da economia doméstica nos próximos trimestres dependerá do sucesso dos governos dos países desenvolvidos, sobretudo dos EUA.
"Se o presidente (Barack) Obama conseguir dar uma resposta objetiva em relação aos créditos imobiliários e ativos tóxicos, nós poderemos acelerar a resolução dessa crise. E nós esperamos que ele o faça", afirmou o ministro. "Rezamos, torcemos para o presidente Obama e o secretário do Tesouro (dos Estados Unidos), para acelerar a resolução. E aí será mais fácil para (avançar) o comércio internacional e retomar o crescimento da economia global."
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