A oposição ao governo Lula já é incompetente, e, agora, com a perda de 17% de sua bancada vai ficar muito mais.O governo Lula vai nadar de braçada.
Folha de S.Paulo, em Brasília
O encerramento hoje da atual temporada de troca-troca de políticos entre os partidos deve consolidar na Câmara dos Deputados o crescimento em quase 100% de duas legendas: o PSC (Partido Social Cristão) e o PR (Partido da República). Em sentido contrário, a oposição vai encolher, em média, 17%.
Apesar de a Justiça Eleitoral ter criado uma regra anti-infidelidade em 2007, nas últimas semanas ao menos 46 deputados federais, senadores e figuras de projeção nacional abandonaram ou estão para trocar suas legendas por outras.
O número deve crescer, já que o prazo para que os candidatos às eleições de 2010 estejam devidamente filiados termina hoje. Ontem, as principais lideranças partidárias estavam nos Estados acertando as últimas composições. O deputado federal Jefferson Campos (SP), por exemplo, acertou a troca do PTB pelo PSB.
Na Câmara dos Deputados, PSC e PR foram os que mais incharam desde as eleições de 2006. Criado em 1990, o PSC havia conseguido nove cadeiras nas urnas, mas deve entrar na semana que vem com 17 deputados, um crescimento de 89%.
"O único atrativo que o PSC oferece é o trabalho que faz na Câmara. Além do fato de não ter dono", declarou o líder da bancada, deputado Hugo Leal (RJ). Entre outros, entraram na legenda os deputados Marcondes Gadelha (PB), ex-PSB, Laerte Bessa (DF), ex-PMDB, e Sérgio Brito (BA), ex-PDT.
Já o PR nasceu no final de 2006 como resultado da fusão do PL (Partido Liberal) com o Prona -legenda criada por Enéas Carneiro (1938-2007).
PL e Prona haviam eleito 25 deputados. Agora, o PR deve encerrar o período do troca-troca com 44, sendo cinco novos integrantes só nas últimas semanas. Seguindo os passos do ex-governador Anthony Garotinho, o deputado Geraldo Pudim (RJ), ex-PMDB, foi um dos que ingressou na legenda.
"O PR é uma sigla nova, que ainda está se organizando nos Estados. Ou seja, o deputado que entra geralmente passa a ter o controle do diretório. Tem força política para negociar com o governo e um maior poder de barganha", afirma Luciano Castro (RR), que liderou a bancada no ano passado.
Oposição
Já os três maiores partidos de oposição, DEM, PSDB e PPS, elegeram 153 deputados em 2006, mas agora devem somar apenas 127, 26 cadeiras a menos. A queda da oposição nesta legislatura (17%) é similar à ocorrida em igual período da legislatura anterior (2003-2006), quando encolheu 22%.
"É claro que os partidos que apoiam o presidente sempre levam vantagem. Em uma país como o nosso, onde os partidos políticos são tão fragilizados, onde as fronteiras partidárias são tão diluídas, é mais fácil estar na base", diz o líder tucano na Câmara, José Aníbal (SP).
Em 2007, o TSE decidiu que o mandato pertence à legenda, não ao político. Com isso, restringiu a legalidade do troca-troca aos casos de fusão ou criação de partido, desvio reiterado do programa partidário ou grave perseguição interna. Fora dessas situações, o "infiel" corre o risco de perder o mandato.
Mas até agora isso não tem ocorrido, já que o TSE só condenou um dos 18 políticos cujos casos foram analisados, além de partidos como PMDB e PT terem aberto mão de pedir os mandatos de volta na Justiça. E como a atual legislatura caminha para o final, os casos de condenação daqui para frente tendem a ameaçar apenas uma pequena parte do mandato.
O encerramento hoje da atual temporada de troca-troca de políticos entre os partidos deve consolidar na Câmara dos Deputados o crescimento em quase 100% de duas legendas: o PSC (Partido Social Cristão) e o PR (Partido da República). Em sentido contrário, a oposição vai encolher, em média, 17%.
Apesar de a Justiça Eleitoral ter criado uma regra anti-infidelidade em 2007, nas últimas semanas ao menos 46 deputados federais, senadores e figuras de projeção nacional abandonaram ou estão para trocar suas legendas por outras.
O número deve crescer, já que o prazo para que os candidatos às eleições de 2010 estejam devidamente filiados termina hoje. Ontem, as principais lideranças partidárias estavam nos Estados acertando as últimas composições. O deputado federal Jefferson Campos (SP), por exemplo, acertou a troca do PTB pelo PSB.
Na Câmara dos Deputados, PSC e PR foram os que mais incharam desde as eleições de 2006. Criado em 1990, o PSC havia conseguido nove cadeiras nas urnas, mas deve entrar na semana que vem com 17 deputados, um crescimento de 89%.
"O único atrativo que o PSC oferece é o trabalho que faz na Câmara. Além do fato de não ter dono", declarou o líder da bancada, deputado Hugo Leal (RJ). Entre outros, entraram na legenda os deputados Marcondes Gadelha (PB), ex-PSB, Laerte Bessa (DF), ex-PMDB, e Sérgio Brito (BA), ex-PDT.
Já o PR nasceu no final de 2006 como resultado da fusão do PL (Partido Liberal) com o Prona -legenda criada por Enéas Carneiro (1938-2007).
PL e Prona haviam eleito 25 deputados. Agora, o PR deve encerrar o período do troca-troca com 44, sendo cinco novos integrantes só nas últimas semanas. Seguindo os passos do ex-governador Anthony Garotinho, o deputado Geraldo Pudim (RJ), ex-PMDB, foi um dos que ingressou na legenda.
"O PR é uma sigla nova, que ainda está se organizando nos Estados. Ou seja, o deputado que entra geralmente passa a ter o controle do diretório. Tem força política para negociar com o governo e um maior poder de barganha", afirma Luciano Castro (RR), que liderou a bancada no ano passado.
Oposição
Já os três maiores partidos de oposição, DEM, PSDB e PPS, elegeram 153 deputados em 2006, mas agora devem somar apenas 127, 26 cadeiras a menos. A queda da oposição nesta legislatura (17%) é similar à ocorrida em igual período da legislatura anterior (2003-2006), quando encolheu 22%.
"É claro que os partidos que apoiam o presidente sempre levam vantagem. Em uma país como o nosso, onde os partidos políticos são tão fragilizados, onde as fronteiras partidárias são tão diluídas, é mais fácil estar na base", diz o líder tucano na Câmara, José Aníbal (SP).
Em 2007, o TSE decidiu que o mandato pertence à legenda, não ao político. Com isso, restringiu a legalidade do troca-troca aos casos de fusão ou criação de partido, desvio reiterado do programa partidário ou grave perseguição interna. Fora dessas situações, o "infiel" corre o risco de perder o mandato.
Mas até agora isso não tem ocorrido, já que o TSE só condenou um dos 18 políticos cujos casos foram analisados, além de partidos como PMDB e PT terem aberto mão de pedir os mandatos de volta na Justiça. E como a atual legislatura caminha para o final, os casos de condenação daqui para frente tendem a ameaçar apenas uma pequena parte do mandato.
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