quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Globo põe a culpa nos índios e no MST. Se Zé Pedágio mandasse na Energia, isso não aconteceria

Do Portal Conversa Afiada

Assisti ao “Bom (?) Dia Brasil” para entender as causas da queda de energia de ontem.

A urubóloga Miriam Leitão sabia tanto quanto eu sobre o que aconteceu.

O interessante, porém, era observar o tom da narração dos atores globais.

O tom nervoso, aflito, entrecortado pela respiração forte, como que se narrassem o fim do mundo.

Seria bom tomar cuidado com o emprego da palavra “apagão”.


A urubóloga tentou imprensar o competente professor Luis Pinguelli Rosa e não conseguiu botar a culpa no presidente Lula.

A previsora do tempo disse que não choveu ontem à noite em Itaipu.

Não tem importância.

A urubóloga demonstrou que, com o aquecimento global e a desorganização do meio ambiente, chuvas torrenciais voltarão a cair durante o Governo Lula e daqui para frente isso vai acontecer toda terça-feira.

O mais fascinante de tudo foi o Alexandre Maluf Garcia.

Ele fez uma pergunta que levaria o espectador que mal acordasse a pensar que os índios e o MST foram os responsáveis pela queda da energia.

Já, já a Globo vai botar a culpa no presidente Lula.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: uma secretaria da energia do (des)governo Serra foi ao ar para dizer que falta investimento do Lula no Estado de São Paulo. A culpa dessa vez não é da Marta – é do Lula. E que é um absurdo o centro de gestão ficar no Rio e, não, em São Paulo. Porque no Rio fica tudo “muito concentrado”. Porque se o Ministério da Energia ficasse em São Paulo nada aconteceria. Esses paulistas não conseguem esconder. Ou seja, Zé Pedágio quer tomar conta do Ministério das Minas e Energia. Ele não aguenta.

Quando houve a tragédia da TAM em Congonhas foi a mesma coisa: Zé Pedágio correu ao PiG (*) para extrair dividendos políticos e uma grana do governo federal. Ele não aguenta.

Em tempo 2: para enfatizar a gravidade da crise, a Globo esticou o horário do Bom (?) Dia Brasil e avançou na Ana Maria Braga. É provável que o Ali Camel (**) tenha instruído apresentadores e repórteres para usar a palavra “apagão” o tempo todo. O spalla dessa orquestra aterrorizada e aterrorizante era o renomado enólogo Renato Machado, que entende de vinho, e olhe lá.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Ali Camel é aquele que se utiliza da Globo para povoar mentes desérticas e disseminar idéias conservadoras e golpistas (sem muito sucesso).

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