Em dois anos, só a firma ligada ao deputado que guardou dinheiro na meia cresceu 2.278%
Josie Jeronimo, do R7
.Empresas citadas no inquérito do Ministério Público Federal como financiadoras do chamado mensalão do DEM ganharam até 4.572% a mais via contratos firmados com o GDF (Governo do Distrito Federal) durante a gestão do governador José Roberto Arruda, acusado de chefiar um suposto esquema de arrecadação e pagamento de propinas. Os valores constam no Siggo (Sistema Integrado de Gestão Governamental do Distrito Federal).
Apenas uma empresa da holding TBA, pertencente à empresária Cristina Boner, saltou de um contrato avaliado em R$ 856 mil em 2007 para repasses de R$ 40 milhões em 2009. A B2BR de Cristina é citada no inquérito como participante do esquema de corrupção e teria negociado o direito de fechar contratos emergenciais com o GDF como acordo por ter doado R$ 1 milhão para a campanha de Arruda em 2006. A B2BR e outras empresas atuam no Na Hora, serviço semelhante ao Poupatempo, de São Paulo, que oferece emissão de documentos.
Procurado pela reportagem, o grupo TBA respondeu ao R7 que os dados presentes no Siggo estão "equivocados" e que todos os contratos mantidos com o governo foram estabelecidos por meio de concorrência.
O levantamento do sistema financeiro do governo - feito pelo presidente do PT-DF, Chico Vigilante, e assessores parlamentares a pedido do R7 – também mostra que a G6, empresa de segurança fundada pelo presidente licenciado da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), ganhava R$ 2,3 milhões no início do governo Arruda e agora recebe R$ 54,4 milhões, um aporte de R$ 2.265%. Prudente foi flagrado em vídeo escondendo dinheiro de suposta propina na meia.
.Outra empresa que o governo Arruda ajudou a “levantar” foi a Danluz, que recebia R$ 1,7 milhão do GDF e ampliou seu contrato em 488%, passando a receber R$ 10 milhões pelos serviços de engenharia. Delator do mensalão do DEM, o ex-secretário Durval Barbosa disse à PF que a empresa pertence a Arruda, que é representado por um laranja.
Responsável por grande parte dos trabalhos gráficos e desenvolvimento de programas tecnológicos do GDF, os contratos da Uni Repro com a administração pública cresceram 3.400%, saltando de R$ 1,2 milhão para R$ 42 milhões.
Ainda na área de informática, a empresa Linknet também teve seus contratos turbinados. A empresa de Gilberto Lucena, que aparece nos vídeos sendo reclamando por pagar "pedágio" a integrantes do esquema de corrupção, ampliou sua participação na folha do governo em 741%. De acordo com o inquérito da Polícia Federal, a quadrilha condicionava o aumento e manutenção dos contratos ao pagamento de propina. A Linknet recebia R$ 17 milhões em 2007 do governo e este ano recebeu R$ 143 milhões.
Mesmo após o escândalo, os contratos com as empresas citadas no inquérito continuam vigorando e são investigadas pelo Ministério Público e pela CGU (Controladoria Geral da União). O Ministério Público Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) investigam os contratos das empresas com o governo.
A reportagem pesquisou o CNPJ de 21 empresas e 16 delas tinham contratos já saldados pelo GDF, as outras cinco apareciam na modalidade de "empenho", quando a despesa é prevista, mas o dinheiro ainda não saiu dos cofres públicos. Em dois anos, as empresas citadas no inquérito como financiadoras do mensalão do DF receberão R$ 546 milhões em contratos.
O R7 entrou em contato com as empresas e a assessoria do governo do GDF, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem. Prudente está fora da cidade e não foi localizado para comentar o assunto.
Josie Jeronimo, do R7
.Empresas citadas no inquérito do Ministério Público Federal como financiadoras do chamado mensalão do DEM ganharam até 4.572% a mais via contratos firmados com o GDF (Governo do Distrito Federal) durante a gestão do governador José Roberto Arruda, acusado de chefiar um suposto esquema de arrecadação e pagamento de propinas. Os valores constam no Siggo (Sistema Integrado de Gestão Governamental do Distrito Federal).
Apenas uma empresa da holding TBA, pertencente à empresária Cristina Boner, saltou de um contrato avaliado em R$ 856 mil em 2007 para repasses de R$ 40 milhões em 2009. A B2BR de Cristina é citada no inquérito como participante do esquema de corrupção e teria negociado o direito de fechar contratos emergenciais com o GDF como acordo por ter doado R$ 1 milhão para a campanha de Arruda em 2006. A B2BR e outras empresas atuam no Na Hora, serviço semelhante ao Poupatempo, de São Paulo, que oferece emissão de documentos.
Procurado pela reportagem, o grupo TBA respondeu ao R7 que os dados presentes no Siggo estão "equivocados" e que todos os contratos mantidos com o governo foram estabelecidos por meio de concorrência.
O levantamento do sistema financeiro do governo - feito pelo presidente do PT-DF, Chico Vigilante, e assessores parlamentares a pedido do R7 – também mostra que a G6, empresa de segurança fundada pelo presidente licenciado da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), ganhava R$ 2,3 milhões no início do governo Arruda e agora recebe R$ 54,4 milhões, um aporte de R$ 2.265%. Prudente foi flagrado em vídeo escondendo dinheiro de suposta propina na meia.
.Outra empresa que o governo Arruda ajudou a “levantar” foi a Danluz, que recebia R$ 1,7 milhão do GDF e ampliou seu contrato em 488%, passando a receber R$ 10 milhões pelos serviços de engenharia. Delator do mensalão do DEM, o ex-secretário Durval Barbosa disse à PF que a empresa pertence a Arruda, que é representado por um laranja.
Responsável por grande parte dos trabalhos gráficos e desenvolvimento de programas tecnológicos do GDF, os contratos da Uni Repro com a administração pública cresceram 3.400%, saltando de R$ 1,2 milhão para R$ 42 milhões.
Ainda na área de informática, a empresa Linknet também teve seus contratos turbinados. A empresa de Gilberto Lucena, que aparece nos vídeos sendo reclamando por pagar "pedágio" a integrantes do esquema de corrupção, ampliou sua participação na folha do governo em 741%. De acordo com o inquérito da Polícia Federal, a quadrilha condicionava o aumento e manutenção dos contratos ao pagamento de propina. A Linknet recebia R$ 17 milhões em 2007 do governo e este ano recebeu R$ 143 milhões.
Mesmo após o escândalo, os contratos com as empresas citadas no inquérito continuam vigorando e são investigadas pelo Ministério Público e pela CGU (Controladoria Geral da União). O Ministério Público Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) investigam os contratos das empresas com o governo.
A reportagem pesquisou o CNPJ de 21 empresas e 16 delas tinham contratos já saldados pelo GDF, as outras cinco apareciam na modalidade de "empenho", quando a despesa é prevista, mas o dinheiro ainda não saiu dos cofres públicos. Em dois anos, as empresas citadas no inquérito como financiadoras do mensalão do DF receberão R$ 546 milhões em contratos.
O R7 entrou em contato com as empresas e a assessoria do governo do GDF, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem. Prudente está fora da cidade e não foi localizado para comentar o assunto.
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