sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Para Simon corrupto bom é o que é aliado dele

Pedro Simon se tornou um político muito hábil para defender corrupto ligado a ele. Primeiro, defendeu, até a cloaca peluda, a corrupção do governo Yeda Cruzes.Agora, na maior cara de pau, defende outro aliado seu supostamente envolvido com corrupção.Que sujeitinho mais ridículo!

CPI gaúcha volta-se contra Fogaça

Autor(es): Sérgio Bueno
Valor Econômico - 04/12/2009



Nome mais cotado do PMDB para disputar o governo do Rio Grande do Sul em 2010, o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, virou alvo da presidente da CPI da Assembleia Legislativa que apura denúncias de corrupção no Executivo estadual, a deputada Stela Farias (PT). Segundo a parlamentar, áudios e documentos sob segredo de Justiça repassados à comissão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região revelam indícios de fraudes em uma licitação da prefeitura para obras do Programa Integrado Socioambiental (Pisa), que prevê o aumento do índice de tratamento de esgotos da cidade e a despoluição do rio Guaíba.

Feita poucos dias depois que o ex-governador Germano Rigotto renunciou à disputa pela indicação do PMDB para concorrer ao governo e deixou o prefeito praticamente como a única opção do partido, a acusação irritou os pemedebistas. O presidente estadual da sigla, senador Pedro Simon, publicou nota hoje nos jornais locais defendendo a prefeitura e em entrevista ao Valor disse que a denúncia é uma tentativa "grotesca e vulgar" de fragilizar Fogaça para 2010. Outros dirigentes interpretaram a manobra como uma forma de prejudicar a formação de alianças, já que o PDT ainda não definiu se vai apoiar o PMDB, o PT ou se terá candidato próprio. O prefeito não se manifestou sobre o caso.

Para Simon, as denúncias partiram de quem tentou "agradar" ao ministro da Justiça, Tarso Genro, pré-candidato do PT ao governo gaúcho, mas que na verdade acabou prestando um "desserviço" ao petista. "A vulgaridade é tanta que vai acabar fortalecendo o Fogaça", afirmou. Ele descarta a participação pessoal do ministro nas acusações porque entende que Genro é uma pessoa "séria, responsável, competente e não iria fazer uma bobagem dessas". Procurado pelo Valor, o ministro não quis comentar o assunto.

Simon também criticou a atitude do superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, depois que o jornal "Zero Hora" publicou entrevista na qual o delegado diz que a Operação Solidária, que investiga fraudes em obras na região metropolitana, captou indícios de irregularidades no Pisa. Ontem à tarde, porém, a superintendência da PF no Estado divulgou nota afirmando que "até o momento não há inquérito instaurado" sobre a licitação e que na próxima semana vai analisar a documentação encaminhada pela própria prefeitura ao Ministério Público de Contas para só depois decidir se irá investigar o caso.

Os mesmos documentos foram entregues ao Tribunal de Contas do Estado que, a pedido do procurador-geral do município, João Batista Figueira, e do secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico da prefeitura, Clóvis Magalhães, fará uma auditoria especial nas obras do Pisa a partir de segunda-feira. Ontem, conforme Magalhães, a prefeitura também pediu que o Ministério Público Estadual (MPE) acompanhe a inspeção. Segundo o secretário, a deputada petista fere a ética ao fazer "uso político" de uma informação sigilosa.

De acordo com Stela, os áudios aos quais a CPI teve acesso incluem diálogos entre "empreiteiros e agentes públicos" da prefeitura que indicam pagamento de propinas e "combinação prévia" dos termos de um edital para as obras do emissário de esgotos previsto no Pisa. Questionada se o material, originário da Operação Solidária da PF, teria condições de abalar a candidatura Fogaça ao governo, ela respondeu apenas que "ainda não se sabe o que vai aparecer".

Um dos principais projetos da administração Fogaça (elaborado originalmente em 2000, durante o governo do PT), o Pisa prevê investimentos de R$ 586 milhões de 2007 a 2012, incluindo recursos da prefeitura e financiamentos da Caixa Econômica Federal e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, para ampliar de 27% para 77% o índice de tratamento dos esgotos da cidade. Conforme o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flávio Presser, dois editais foram lançados para a construção do emissário.

No primeiro, em dezembro de 2008, os dois consórcios pré-qualificados, liderados pelas construtoras Odebrecht e OAS, contestaram o preço máximo de R$ 138 milhões fixado pelo Dmae e não apresentaram propostas. O segundo, lançado neste ano, dividiu a obra em dois lotes, um de R$ 100 milhões (subaquático) e outro de R$ 38 milhões (terrestre), que foram arrematados por outros grupos de empresas, liderados pela paulista Saenge e pela gaúcha Archel, com deságios de e 15% e 5%, respectivamente, informou Presser.

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