De dengue José Serra entende muito.Todos estão lembrados que, em 2001, como Ministro da Saúde, que segundo a propaganda, era o “melhor Ministro da Saúde, da história”, gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas de combate à dengue. Todos estão lembrados também que, como parte do plano econômico, Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar os focos do Aedes Aegypti (transmissor da dengue), que resultou, no ano de 2002, no registro de 207.521 casos de dengue, com 63 mortes no Estado do Rio de Janeiro.
Agora, no ano de 2010, a história se repete.
Notificações de dengue quadruplicam no Estado de SP
São Paulo - O número de casos de dengue no Estado de São Paulo em janeiro deste ano quadruplicou em relação ao registrado no ano passado. De acordo com o primeiro balanço de 2010 sobre a doença, divulgado na sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde, o número absoluto de casos chega a 1.383, contra 323 em janeiro de 2009. A cidade de São José do Rio Preto, com 502 casos, lidera o ranking de municípios com o maior número absoluto de doentes, seguida por Araçatuba (267) e Ribeirão Preto (246).
Na capital paulista, a secretaria registrou apenas um caso no mês passado. No entanto, os dados dos governos estaduais são tradicionalmente defasados em relação aos das prefeituras. Até ontem, por exemplo, só a prefeitura de Ribeirão Preto já confirmava 804 casos e outros 1.187 sob suspeita, que aguardam resultados de exames laboratoriais feitos no próprio município. Do total de ocorrências confirmadas, 769 são de janeiro e 35, dos primeiros dias de fevereiro. A secretaria estadual recomenda ações de contenção da doença a partir dos casos suspeitos.
O aumento da doença em São Paulo já era previsto pelo Ministério da Saúde, principalmente em razão da volta do vírus tipo 1 da doença no Estado. Segundo divulgou a pasta na semana passada, o sorotipo 1, que circulou pela última vez no País há dez anos, já é predominante no Estado - ele substituiu o sorotipo 2. Isso influencia o aumento do número de afetados, pois muitas pessoas, principalmente crianças, nunca tiveram contato com o agente causador e não estão imunizadas.
Além disso, avaliou o Ministério da Saúde, a alta pluviosidade e as condições de limpeza e saneamento favorecem epidemias. O mosquito transmissor da doença prefere água parada e limpa e o calor atual facilita sua procriação. Procurada ontem, a Secretaria de Estado da Saúde não se manifestou até o fechamento desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
AE
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