quarta-feira, 10 de março de 2010

IPEA:Brasil vai gerar 2 milhões de empregos em 2010



O Brasil deve criar 2 milhões de novos postos de trabalho em 2010, segundo o estudo "Emprego e oferta qualificada de mão de obra no Brasil: impactos do crescimento econômico pós-crise", divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Segundo o Ipea, a economia brasileira deverá apresentar uma demanda de 18,6 milhões de ocupações a serem preenchidas por mão de obra qualificada e com experiência profissional. A perspectiva leva em conta um ritmo de expansão econômica estimado em 5,5% no ano de 2010.

Dos 2 milhões de novos postos em todo o país, São Paulo deve responder por 700 mil empregos criados. O setor de comércio deve gerar a maior parte das novas oportunidades, com 314 mil postos. Com isso, São Paulo deverá ser, em 2010, o Estado com maior abertura de novos postos, mas também será a unidade da federação com maior rompimento de contratos de trabalho (5,4 milhões de demitidos).

Qualificação

Para 2010, a estimativa, segundo o Ipea, é que existam 19,3 milhões de pessoas disponíveis, com qualificação e experiência profissional adequada para responder à demanda potencial de 18,6 milhões de trabalhadores. Ou seja, entre aqueles com qualificação, haverá um excedente de 653 mil trabalhadores qualificados e com experiência, mas que não encontrarão emprego.

Desses trabalhadores, a maior parte está no Estado de São Paulo: serão 6,1 milhões de trabalhadores disponíveis com qualificação e experiência. A maior parte deles será de um contingente de empregados demitidos. Esses trabalhadores estão concentrados no setor de comércio e reparação.

Serviços sociais, coletivos e pessoais será o segmento econômico com maior excesso de mão de obra qualificada, com 612,2 mil trabalhadores.

Em contrapartida, segundo o Ipea, a massa de trabalhadores sem qualificação (22,2% do total de trabalhadores disponíveis) requer políticas públicas de combate a essa exclusão, visto que constitui-se um exército que não se encontra nas mesmas condições de competitividade no mercado de trabalho.

Uol

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