terça-feira, 15 de junho de 2010

Centrais comemoram decisão de Lula de confirmar aumento dos aposentados


A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical divulgaram notas para comemorar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de confirmar o aumento aos aposentados.

Nesta terça-feira, Lula sancionou o reajuste de 7,7% para os aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima de um salário mínimo. Ele, no entanto, vetou o fim do fator previdenciário.

Para a Força Sindical, o reajuste é uma demonstração de sensibilidade social. "O aumento é uma conquista do movimento sindical e uma derrota para os tecnocratas de alguns setores do governo que desejavam um reajuste bem menor.", afirma nota da central.

A Força diz que o aumento irá beneficiar 8,35 milhões de aposentados e colocará R$ 6,7 bilhões na economia este ano.



Para a CUT, o aumento é positivo. "Já a manutenção do fator previdenciário, a nosso ver negativa, faz a CUT continuar na luta e pela extinção desse perverso mecanismo."

A central, no entanto, lembra que o aumento 7,7% se limita a este ano. "É preciso ficar claro que o acordo anteriormente fechado com as centrais é amplo, e não se restringe a um reajuste pontual como o aprovado hoje", diz nota da entidade.

No lugar do fato previdenciário, a CUT propõem a fórmula 85/95. Nesse sistema, os homens se aposentam quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 95 e as mulheres, 85.

A entidade também pede outras mudanças como considerar tempo de contribuição o período que o trabalhador estiver desempregado recebendo seguro-desemprego.

O reajuste de 7,7% aos aposentados e pensionistas do INSS será processado na folha de pagamento de julho, que será paga em agosto. Segundo nota do Ministério da Previdência, o valor retroativo a janeiro também será pago no mesmo mês dependendo da disponibilidade de recursos.

Desde janeiro eles vinham recebendo 6,14% de reajuste.

Contrariando a equipe econômica do governo, Lula concedeu no reajuste aos aposentados. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o impacto sobre as contas públicas será de R$ 1,6 bilhão neste ano.

Mantega informou que, para manter o equilíbrio fiscal, haverá cortes em custeio e emendas parlamentares. "O presidente Lula nos liberou para fazer os cortes necessários, que vão compensar os 7,7%", disse.

A MP (medida provisória) enviada pelo Executivo ao Congresso concedeu o aumento de 6,14%, mas, pressionado por partidos aliados e com medo de uma derrota ainda maior, o governo cedeu e aceitou mudar o índice para 7% --o que corresponde à inflação de 2009 mais dois terços da alta do PIB de 2008. Uol.

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